- Não fui eu, acredite em mim! - insistiu Jane Pereira teimosamente olhando para a pessoa no carro.A chuva caía forte e a janela do carro estava encharcada pela chuva, a face fria e séria da pessoa no interior do veículo podia ser vagamente vista através do vidro molhado. Jane tremia de frio do lado de fora do carro, gritando alto através da janela: - Rafael Gomes! Pelo menos me ouça!De repente, a porta do carro se abriu, sem que Jane tivesse tempo de se animar, uma grande força a arrastou para dentro do carro, fazendo com que ela caísse sobre ele, sua camisa branca e limpa instantaneamente encharcada.- Rafael, por favor, confie em mim! Eu não contratei aqueles bandidos que machucaram Xaviana! - Jane tentou explicar, mas um longo e forte dedo agarrou brutalmente seu queixo, enquanto uma voz profunda e magnética ecoava em sua cabeça: - Você gosta tanto assim de mim?Aquela voz fria trazia um leve odor de tabaco, era o cheiro dele. - O quê? - Jane ficou confusa, todo o mundo sabia
A expressão de surpresa passou pelos olhos de Rafael... - Será que ainda é necessário manter a dignidade dela agora que a situação chegou a este ponto?Bem, ela era a Jane, afinal. Essa mulher sempre foi arrogante e presunçosa, cheia de orgulho.Mesmo quando ele rejeitou sua declaração de amor, ela não perdeu sua atitude convencida.Rafael agiu com rapidez e, como um raio, segurou seu queixo delicado.- Ugh~ Isso dói! A mão que segurava seu queixo parecia uma tenaz de ferro, aplicando pressão cada vez mais forte, quase esmagando o queixo de Jane, que estava chorando de dor.Mas ele não mostrou nenhuma misericórdia, apertando cada vez mais forte: - Quem poderia imaginar que debaixo desse rosto bonito se esconde um coração tão malicioso?- Eu realmente não fiz nada contra Xaviana! - Jane mordeu os lábios, com o rosto branco de dor. - Você não pode me mandar para a prisão sem provas.- Sim, eu posso. - Rafael riu friamente e disse cruelmente, palavra por palavra. - Bem, então, Srta. Ja
Três anos depois...As portas da prisão feminina da cidade S se abriram. Logo, uma mulher saiu lentamente de dentro.A mulher estava extremamente magra e usava o vestido branco que vestia três anos atrás quando foi enviada para a prisão feminina. Agora, vestindo-o, parecia que estava usando um saco grande.Ela caminhou lentamente em direção à plataforma de ônibus a mais de cem metros de distância. Ela segurava uma sacola plástica preta que continha trinta e uma moedas de cinquenta centavos e um cartão de identificação.Era verão quente e as pedras da estrada pareciam rolar sob uma onda branca de calor. A temperatura do dia era de pelo menos 33-34 graus. A mulher caminhava debaixo do sol forte, mas não transpirava nada.Sua pele pálida estava marcada com hematomas verdes e roxos. Até em seu rosto, perto da linha do cabelo, no canto da testa, havia uma cicatriz de cerca de três centímetros de comprimento que parecia muito desconfortável.O ônibus chegou e a mulher entrou. Ela cuidadosame
Há três meses, Jane trabalhava no Clube Internacional do Imperador. Quando a noite chegava, as luzes vermelhas e as bebidas alcoólicas eram tão ofuscantes que a cidade se tornava mais viva. Jane acabou de limpar o vômito de uma garota bêbada. Ela agia de forma lenta, mas seus movimentos ainda eram habilidosos. No fim, acendeu um incenso e o colocou em um canto.Com um balde de água e um esfregão na mão, ela passou pelos banheiros, chegando ao último cubículo. Este era um lugar onde ela guardava as ferramentas de limpeza e onde ela descansava quando tinha tempo livre. Tudo parecia estar em ordem.O garçom que a trouxe para cá já havia desaparecido há muito tempo, mas Jane não se importava. Ela organizou tudo, pegou o balde e o esfregão e sentou-se no cubículo vazio.- Jane, tudo é vontade do Sr. Rafael.- Jane, você já não é nada. Sua família de prestígio não é mais nada, sua beleza deslumbrante não é mais nada, sua excelente formação acadêmica não é mais nada, agora você é apenas uma
Jane sentiu um medo persistente. Ela ainda não tinha comemorado o fato de não ter se machucado quando de repente percebeu que estava sendo abraçada por um estranho.- Aaaaaahhhhhh! - Jane entrou em pânico. Ela nunca tinha sido abraçada tão intimamente por um homem além do seu irmão.Xavier Henrique ficou com o rosto negro, estendeu a outra mão e rapidamente cobriu a boca de Jane, dizendo: - Cala a boca! Para de gritar! Você é uma mulher estranha! Uma pessoa normal que cai irá gritar instintivamente, mas você não. Você não gritou quando caiu, agora você grita por quê?!- Você... Solte-me primeiro!Xavier percebeu a atitude suspeita dela e teve um lampejo de ideia: - Ei, você não está gritando porque eu te abracei, está?Ao ver a expressão momentânea de Jane que não estava muito normal, o canto da boca de Xavier não pôde deixar de se contrair um pouco:- Parece que é isso mesmo. - ele girou os olhos e sorriu de forma estranha. - Ei, mulher, você nunca foi abraçada por um homem antes, c
A raiva deles passou para ela! Ela não deveria ter se intrometido para ajudar Luísa! Jane estava muito arrependida.- Ei, você, faxineira. - disse a voz zombeteira. Jane teve que concordar com a cabeça.A voz zombeteira riu alegremente e disse para Luísa:-Você ouviu? Uma faxineira sabe melhor como agir e mostrar respeito. – – o homem daa voz cínica disse, pegando a garrafa de vinho e a colocando com força na mesa. - Beba tudo. Se não, chamaremos Cristina.Cristina era a mulher que entrevistou Jane no começo.Quando Cristina foi mencionada, Luísa ficou um pouco assustada. Ela era pobre e trabalhava como garçonete no Clube Internacional do Imperador porque o salário de lá era alto. Se chamarem Cristina, ela perderá o emprego.- Não chamem a Cristina! - Luísa pegou a garrafa de vinho de cristal e disse. - Eu vou beber!Antes de beber o vinho, as lágrimas escorreram pelo seu rosto.- Espere um momento. - Uma voz grave veio da escuridão. Jane estava de costas para o canto escuro, e quando
- Jane, quando sair da prisão, o que você quer fazer? Eu quero ir para a praia, sempre quis ver a beleza do mar, com suas águas cristalinas e limpas. Os pássaros marítimos são muito bonitos, os peixes e camarões no mar são deliciosos, o céu é mais azul, a água mais clara, até mesmo o sol é mais quente do que nesta cidade.- Eu vou trabalhar duro, ganhar muito dinheiro e abrir um pequeno hotel lá. Não é para ganhar dinheiro, apenas quero enfrentar o mar todos os dias e ver a maré subir e descer. Apenas ter comida suficiente e segurança financeira, ocasionalmente vendo turistas indo e vindo.- Jane, eu acho que estou quase morta. O que devo fazer? Ainda não tive a chance de ver a beleza do mar.Era uma voz triste, como uma canção celestial, que Jane nunca se esqueceria em sua vida. Ela abraçou a menina e continuou a aquecer o corpo da garota, usando sua própria temperatura corporal para aquecer o corpo que estava gradualmente ficando frio.No último momento, a menina em seus braços, com
Tiago estava prestes a falar quando Bruno o interrompeu sem se fazer notar. Um brilho faiscou em seus olhos finos enquanto ele apontava casualmente para a garrafa de uísque em cima da mesa de café.- Ela irritou o Sr. Gomes. Está vendo isso? O Sr. Gomes disse que ou ela bebe toda a garrafa de uísque, ou faz um show público de beijos para entreter todos. - disse Bruno.- Agora entendi! - Xavier finalmente entendeu a situação e caminhou preguiçosamente em direção a Jane, olhando de relance para Rafael no sofá e passando a mão no queixo com um ar de despreocupação. - A ideia do Sr. Gomes é realmente boa. Já que ele quer ver um show de beijos, talvez eu possa ser o protagonista. Não é que eu esteja me gabando, mas minhas habilidades de beijo são definitivamente as melhores.Dizendo isso, com uma rapidez surpreendente, ele esticou os braços e puxou Jane, que ainda estava atordoada, para dentro de seus braços.Jane não conseguiu reagir a tempo e acabou colidindo com o corpo de Xavier. No seg