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Capítulo 6 Há quanto tempo! Não deu sinal de vida, né?
A raiva deles passou para ela! Ela não deveria ter se intrometido para ajudar Luísa! Jane estava muito arrependida.

- Ei, você, faxineira. - disse a voz zombeteira. Jane teve que concordar com a cabeça.

A voz zombeteira riu alegremente e disse para Luísa:

-Você ouviu? Uma faxineira sabe melhor como agir e mostrar respeito. – – o homem daa voz cínica disse, pegando a garrafa de vinho e a colocando com força na mesa. - Beba tudo. Se não, chamaremos Cristina.

Cristina era a mulher que entrevistou Jane no começo.

Quando Cristina foi mencionada, Luísa ficou um pouco assustada. Ela era pobre e trabalhava como garçonete no Clube Internacional do Imperador porque o salário de lá era alto. Se chamarem Cristina, ela perderá o emprego.

- Não chamem a Cristina! - Luísa pegou a garrafa de vinho de cristal e disse. - Eu vou beber!

Antes de beber o vinho, as lágrimas escorreram pelo seu rosto.

- Espere um momento. - Uma voz grave veio da escuridão. Jane estava de costas para o canto escuro, e quando ela ouviu a voz, seu corpo começou a tremer violentamente.

Ela estava com medo e sua respiração ficou pesada.

- Vire-se. - a pessoa na escuridão ordenou.

As pernas de Jane já estavam dormentes e não conseguiam se mover. Ela se disse para si mesma com urgência:

- Não estão falando comigo...

- Eu vou dizer de novo, vire-se, fa-xi-nei-ira. – disse a voz pausadamente.

O coração de Jane parou, ela estava apavorada, mas sabia que tinha que obedecer. Seus dentes tremiam enquanto, com dificuldade, se virava vestindo roupas grossas.

O clima era muito estranho e, nesse momento, todos perceberam que algo estava errado.

O jovem arrogante colocou o dedo nos lábios e assobiou alegremente:

-Algo interessante está prestes a acontecer.

Um homem sentado no sofá gritou:

-Tiago, cale a boca e me deixe assistir.

- Tudo bem, Bruno, você é muito malvado. - respondeu Tiago.

Jane estava aterrorizada e queria fugir! Ela passou três anos na prisão, um total de 1.095 dias, vivendo em condições extremamente difíceis. Após escapar da prisão aterrorizante, ela não sentia mais amor por Rafael. Em vez disso, sentia apenas medo e terror profundos em relação a ele. Se ela ainda tinha algum amor e obsessão por ele, ela havia enterrado profundamente em seu coração e nunca mais mencionaria isso.

- Olhe para cima. - ordenou Rafael calmamente. Jane estava agindo sob as ordens de Rafael, como uma marionete.

A iluminação estava fraca, e aquele homem estava escondido no canto escuro. Ela não se atreveu a olhar com atenção quando entrou, por isso não é era de surpreender que não tenha percebido.

Sentado no sofá como um imperador, Rafael parecia um cavalheiro elegante com seu longo braço apoiado no braço do sofá e o queixo apoiado nas costas da mão. Ele usava óculos com armação de ouro e seus olhos afiados fitavam-na intensamente, como se pudesse devorá-la a qualquer momento.

Três anos não deixaram muitas marcas em seu rosto, pelo contrário, o polimento dos anos o tornou ainda mais masculino. Seus traços ficaram mais refinados, suas linhas faciais mais definidas, seus olhos profundos brilhavam com sabedoria e serenidade, parecendo capazes de ver tudo.

Sua elegância e confiança natural aumentaram, habilmente manipulando cada detalhe e exibindo seu charme maduro. Sua voz era baixa e poderosa, um leve sorriso podia fazer o coração das pessoas tremer.

Sentado ali, ele exalava um charme irresistível, atraindo as pessoas ao seu redor. Seu rosto parecia ainda mais brilhante sob a luz amarelada, como se estivesse coberto de uma camada de luz dourada, fazendo as pessoas serem atraídas inconscientemente.

No entanto, ela não se atreveu a olhar para ele novamente. Seu coração acelerou, suas bochechas ficaram vermelhas e ela só pôde abaixar a cabeça e enfiar o rosto no colarinho de suas roupas. Para ela, o charme dele era simplesmente forte demais, deixando-a sem saber o que fazer.

Rafael riu com desdém e ameaçou:

- Há tanto tempo sem nos vermos, você não vai me cumprimentar?

O rosto de Jane ficou pálido ao responder:

- Sr. Gomes.

Jane tentou controlar seu medo e ansiedade, apertando o dedo na coxa com força e mantendo uma aparência calma o máximo possível. Mas todos os seus movimentos foram percebidos pelo homem no sofá em frente.

Rafael olhou para cima e para baixo paraanalisou Jane de cima a baixo com seu olhar. Se não a tivesse visto hoje no Clube Internacional do Imperador, teria quase esquecido dessa pessoa.

A mudança nela era grande. Se não fosse pela garçonete ter mencionado casualmente o nome “Jane”, ele não a teria reconhecido.

A iluminação na sala privada estava fraca, ele estava observando Jane, mas não conseguia ver claramente o rosto dela,mas m mesmo assim, Rafael teve que admitir que a mudança de Jane era maior do que ele esperava.

- Quando você saiu? - Rafael perguntou sem muito interesse.

Jane estava muito ansiosa, sem cor no rosto. Ela levantou a cabeça de repente e implorou ao homem na frente dela com olhos suplicantes: “Por favor, não diga nada sobre minha prisão na frente de tanta gente, por favor!”. O olhar dela está contando essaEssa frase estava escrita em seu olhar.

Rafael levantou as sobrancelhas em surpresa. De repente, levantou o dedo e apontou para a garrafa de bebida nas mãos de Luísa, esboçando um sorriso sarcástico para Jane:

:- Eu sei o que você quer dizer, posso concordar com isso... Contanto.... Contanto que você beba toda essa garrafa de vodca.

Jane olhou para a garrafa de vodca nas mãos de Luísa com o rosto pálido.

Vodca russa era uma das mais famosas do mundo, com cerca de 40% de teor alcoólico. Jane olhou para a bebida com o rosto pálido e abriu a boca para dizer algo.

O homem no sofá a provocava como um caçador brincando com sua presa. Seus olhos estavam zombeteiros ao encarar Jane:

- Minha paciência tem limites.

Ouvindo aquela voz familiar, Jane ficou ainda mais pálida.

- Eu não bebo álcool.

Jane mentiu. Na verdade, ela sabia beber álcool. Assim que a mentira de Jane saiu de sua boca, sentiu um formigamento no couro cabeludo e quase foi queimada pelo olhar que parecia substancial de Rafael. A palma da mão de Jane se fechou em punho em algum lugar fora da vista dele... Ela parecia um condenado à morte esperando sua sentença final, aguardando o veredicto final..

- Sr. Gomes, por favor, tenha piedade de mim. - para sobreviver, Jane podia abandonar sua dignidade e se curvar diante dele. - Por favor, deixe-me ir, eu farei qualquer coisa, desde que eu não tenha que beber álcool.

Ela só queria viver. Só se estivesse viva, ela poderia pagar suas dívidas.

Ela tinha uma grande dívida, mas não era com Xaviana.

Um lampejo de surpresa passou pelo rosto lateral do homem escondido na penumbra, mas Rafael disse impassível:

- É apenas uma garrafa de vinho, você se ajoelhou tão facilmente para não bebê-loo beber? Jane, onde está a arrogância que você costumava ter, a dignidade que você defendia firmemente?

Dignidade?

Jane abaixou a cabeça profundamente, com um toque de zombaria e amargura.

O que era dignidade? A dignidade não podia lhe trazer benefícios. A dignidade não podia fazê-la permanecer viva.

Ela se ajoelhou, não para evitar beber uma garrafa de vinho, mas para sobreviver!

Quando Jane fechou os olhos com dor, assim que ela fecha os olhos, rostos humilhantes apareceram em sua mente. Não havia amigos ao seu redor, todos zombavam dela. A única exceção era uma garota que, no final, morreu em uma prisão escura e úmida por causa dela!

Uma vida jovem de 20 anos, numa idade de florescimento, murchou naquele lugar escuro e úmido.

Tudo por causa dela, Jane!

Isso era pecado, era uma dívida que nunca poderia ser paga.

Ela não devia nada a Xaviana.

Ela devia àquela garota corajosa que a protegeu na prisão e acabou morrendo lá de uma forma inexplicável!

O corpo inteiro de Jane tremia incontrolavelmente, como se ela estivesse vendo a garota ensanguentada deitada em seus braços novamente, gritando “Jane” e contando coisas sobre a sua cidade natal e seus sonhos com a voz mais bonita que Jane já ouviu em sua vida.
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