Um segundo depois, dois leves toques soaram da janela do táxi do motorista, e imediatamente Jane ouviu uma voz impessoal e burocrática do lado de fora da janela:- Senhor, por favor, abra a porta do táxi do passageiro.A voz era formal, sem nenhum traço de emoção. Embora usando a palavra "por favor", a atitude era extremamente inflexível... Todos os subordinados de Rafael pareciam ter aprendido com o próprio Rafael.Nervosa, Jane gritou para o motorista:- Não abra a porta! Eu te pago...De repente, com um estrondo, a janela de vidro do lado do motorista se estilhaçou. Este evento repentino assustou não apenas Jane, mas também o motorista.- Eu... Eu vou chamar a polícia! Não há mais lei... Agora?Um maço de notas novinhas em folha foi jogado no motorista. À primeira vista, pareciam cerca de dez mil. O segurança de cabeça raspada e terno preto do lado de fora da janela perguntou de cara inexpressiva:- Agora, pode abrir a porta?- Sim, sim, claro, sem problema! - o motorista, vendo o d
Ela falara seriamente com ele:- Rafael, você é forte e excelente. Você tem muitos inimigos, então não deve ter pontos fracos. Primeiro e principalmente, sua mulher não deve ser sua fraqueza. Xaviana Antônio é muito fraca, ela não serve. Eu, Jane Pereira, sou a mulher adequada!Cada vez que ela era repreendida com palavras como “Sua mulher indigna, cobiçando até mesmo a namorada de um amigo!”, ela levantava a cabeça e rebatia:- Rafael, você está solteiro agora. Quando Xaviana se tornar sua namorada, eu, Jane Pereira, vou sair do seu caminho!Que mulher orgulhosa!...- Por favor, devolva meu dinheiro.Em seu ouvido, a voz humilde de uma mulher implorando fez Rafael ficar pálido... Essa era realmente Jane Pereira? Aquela mulher orgulhosa e confiante que ele conhecia?Ele agarrou o pulso de Jane e a arrastou em direção ao seu carro.- Dinheiro, meu dinheiro! Sem dinheiro não posso ir, me solte!A voz da mulher ecoava em seus ouvidos, e os olhos de Rafael ficaram ainda mais frios... Ela
Jane se sentia inquieta diante de Rafael. Logo, alguém bateu na porta, e a voz grave dele soou calmamente:- Entre.Jane olhou ansiosa para a pessoa que entrou. Era Cristina, a mesma mulher que a entrevistou há três meses.- Cristina. – exclamou Jane.Nervosa e cautelosa, ela lançou um olhar para Rafael, que estava sentado confortavelmente no sofá, e depois para a recém-chegada Cristina. Ela estava se sentindo um pouco agitada, sem saber que tipo de truque esse homem de aparência enigmática estava planejando.- Presidente Gomes. – disse Cristina respeitosa diante de Rafael. Ela estava vestindo um terno branco bem cortado que não diminuía em nada seu charme. - O senhor precisa de alguma coisa?Jane achou a atitude de Cristina para com Rafael um pouco estranha, como se ele fosse seu benfeitor... O que Jane não sabia era que Rafael era realmente o grande chefe de Cristina. Ela havia passado três anos na prisão, e quando saiu, o mundo já havia mudado drasticamente.- Você a conhece? – perg
Cada vez mais nervosa, Jane balançou a cabeça veementemente:- Eu não quero, Presidente Gomes, eu não quero ir para o departamento de relações públicas. - Jane Pereira implorou em pânico. - Eu sei que errei, Presidente Gomes. Por favor, me deixe em paz. Já passei três anos na prisão, já paguei o preço. Devolva-me o meu cartão bancário, eu desaparecerei imediatamente, irei para bem longe. Prometo, nunca mais aparecerei na sua frente nesta vida.Jane estava tão focada em implorar que não percebeu o espanto nos olhos de Cristina ao ouvir que ela havia passado três anos na prisão. Cristina chegou a Cidade S há apenas dois anos e não era daqui, então não sabia da história de Jane Pereira.Se você perguntasse a alguém que trabalhou com Rafael por um longo tempo, eles saberiam tudo sobre Jane Pereira.Os olhos de Rafael se estreitaram perigosamente... Ela ainda queria fugir?Ela nunca mais apareceria na frente dele nesta vida?Com um leve sorriso, o homem retirou seu celular e ordenou a um su
Três dias se passaram desde que Jane foi transferida para o departamento de relações públicas e ela ainda não ganhou um centavo.Ela levantou os olhos para ver a hora. Eram 23:07, o momento em que a noite se tornaria mais animada.O departamento de relações públicas estava vazio, apenas ela permanecia na sala de descanso. Todos os seus colegas de departamento haviam saído para cumprir suas tarefas. Na verdade, todos no Clube Internacional do Imperador ganhavam bastante. Aqueles que frequentavam o Clube Internacional do Imperador não eram pessoas comuns, eram todos nobres e comerciantes ricos muito generosos.Embora Jane estivesse aqui apenas há três dias, ela já ouviu falar de uma situação. Isabella, que já havia flertado com alguém na escada, estava se gabando ontem. Um rico estrangeiro, muito generoso, deu-lhe uma gorjeta de cinquenta mil reais.Dez vezes cinquenta mil seriam quinhentos mil, cem vezes cinquenta mil seriam cinco milhões... Assim, ela poderia cumprir o pedido daquele h
- Eu... - Jane abriu a boca, instintivamente querendo dizer não.Na escuridão, Rafael esboçou um sorriso satisfeito, pensando consigo mesmo que a Srta. Pereira, orgulhosa como ele conhecia, não seria capaz de suportar tal humilhação.- Eu... Realmente posso pegar todo o dinheiro do chão em um minuto, e esse dinheiro será meu? Você também me dará um prêmio adicional de cinquenta mil?No fim, Jane não conseguiu dizer a palavra "não". Em sua mente, ela visualizou a prisão, aquela única garota que foi gentil com ela, e o desejo profundo que essa garota tinha de realizar seus sonhos. Enquanto esses pensamentos corriam pela sua mente, Jane mudou seus planos...Dignidade? Ela ainda tinha alguma?A Jane Pereira de agora, não tinha nada, nem família, nem amigos, nem passado, só restava ela mesma.Qual dignidade?O jovem riu e disse:- Claro, eu sempre cumpro a minha palavra. - seus olhos revelaram um traço de zombaria enquanto observava de cima a mulher patética no chão.- Ok. – respondeu Jane.
Fora do camarote, Cristina apareceu de repente. Levantando a cabeça, seus olhos brilharam, e ela caminhou silenciosamente até a porta do camarote, sussurrando:- Gabriela, o que você está fazendo?Ouvindo o súbito sussurro vindo de trás, Gabriela deu um pulo na porta do camarote e virou a cabeça. Depois de ver claramente a pessoa atrás dela, seu rosto bonito tornou-se desconfortável:- Não, não estou vendo nada...Gabriela era a anfitriã do camarote 606. Esses jovens não queriam que ela os atendesse, mas pediram que Cristina levasse pessoalmente até eles uma nova faxineira.Após ser expulsa do camarote, era claro que Gabriela não estava feliz com isso. Não havia ninguém por perto, então Gabriela silenciosamente abriu a porta do camarote e olhou para dentro através da fresta. Quando viu, seus olhos se arregalaram e ela zombou de Jane mentalmente.Cristina riu friamente, perguntando:- O que você está fazendo? Não, devo perguntar, o que você está vendo?Gabriela, sem dúvida, estava escon
Rafael era o patrão de Cristina, que, apesar de tudo, não conseguia encontrar falhas em Gomes. No entanto, ao olhar para Jane, sentiu uma tristeza profunda por ela. Que tipo de erro essa mulher teria cometido para receber um tratamento tão cruel?Com um olhar complexo, Cristina observou Jane se afastar apoiando-se na parede, mancando com um passo irregular. O dinheiro e o cartão bancário em suas mãos pareciam uma batata quente.Rapidamente, Cristina se retirou, correndo para o seu escritório como se estivesse voando. Ela enfiou o cartão bancário e todo o dinheiro no cofre do seu escritório, e só então sentiu que a palma da sua mão já não queimava como um ferro em brasa.Quando Cristina retornou ao camarote 606, quase colidiu com Rafael ao abrir a porta.- Presidente Gomes. - disse Cristina com respeito.Ele respondeu com um leve aceno de cabeça e passou por ela.Quando Cristina entrou na sala, os rapazes ricos ainda estavam comentando:- A mulher de agora há pouco era realmente repugna