- A antiga Srta. Pereira era tão inatingível, mas agora se humilha publicamente beijando o subordinado de um plebeu para implorar perdão. Se o velho Lucas Pereira ficar sabendo disso, não terá mais coragem de mostrar a cara em público. – disse Rafael.Lucas Pereira era o pai de Jane.Jane estremeceu e seu rosto ficou instantaneamente pálido. Mas no segundo seguinte, ela se lembrou de algo e respondeu a ele com lábios pálidos:- A família Pereira não tem Jane. Eu sou apenas uma criminosa. - olhando para o rosto bonito e próximo do homem, que costumava estar em seus sonhos, agora ela o evitava como se fosse uma cobra venenosa.- Sr. Gomes, eu sou apenas uma criminosa. Por favor, tenha piedade de mim. - ela tentou reprimir seu medo por ele e se esforçou para parecer humilde. Ela só queria sobreviver em paz.A dignidade não significava nada? Após sair daquele sombrio cárcere e finalmente poder ver a luz do sol, ela não queria desistir desse calor conquistado duramente.Rafael estreitou os
Do lado oposto do condomínio, havia um banco. Jane caminhou rapidamente até lá e encontrou um caixa eletrônico. Ao inserir o cartão na máquina e olhar para o valor exibido na tela, ela mordeu o lábio e tomou a decisão de retirar dois mil reais. Esse dinheiro representava uma grande parte de suas economias, já que ela sempre havia vivido frugalmente, economizando sempre que podia. Mas agora, ela não tinha escolha, precisava fugir da cidade.Com o dinheiro em mãos, ela saiu do banco e acenou para um táxi na rua.- Motorista, me leve para... - foi só após entrar no táxi que Jane percebeu que, apesar de estar desesperada para fugir, não sabia para onde ir. O mundo era grande demais e não havia nenhum lugar para ela se esconder. Ela caiu em tristeza e desespero.- Para onde? - o motorista do táxi perguntou em um tom impaciente.Para onde... Jane ficou perplexa. De repente, ela percebeu que o mundo era tão grande, mas ela não tinha para onde ir.- Vamos ou não? Se não, desça do carro, tenho
Um segundo depois, dois leves toques soaram da janela do táxi do motorista, e imediatamente Jane ouviu uma voz impessoal e burocrática do lado de fora da janela:- Senhor, por favor, abra a porta do táxi do passageiro.A voz era formal, sem nenhum traço de emoção. Embora usando a palavra "por favor", a atitude era extremamente inflexível... Todos os subordinados de Rafael pareciam ter aprendido com o próprio Rafael.Nervosa, Jane gritou para o motorista:- Não abra a porta! Eu te pago...De repente, com um estrondo, a janela de vidro do lado do motorista se estilhaçou. Este evento repentino assustou não apenas Jane, mas também o motorista.- Eu... Eu vou chamar a polícia! Não há mais lei... Agora?Um maço de notas novinhas em folha foi jogado no motorista. À primeira vista, pareciam cerca de dez mil. O segurança de cabeça raspada e terno preto do lado de fora da janela perguntou de cara inexpressiva:- Agora, pode abrir a porta?- Sim, sim, claro, sem problema! - o motorista, vendo o d
Ela falara seriamente com ele:- Rafael, você é forte e excelente. Você tem muitos inimigos, então não deve ter pontos fracos. Primeiro e principalmente, sua mulher não deve ser sua fraqueza. Xaviana Antônio é muito fraca, ela não serve. Eu, Jane Pereira, sou a mulher adequada!Cada vez que ela era repreendida com palavras como “Sua mulher indigna, cobiçando até mesmo a namorada de um amigo!”, ela levantava a cabeça e rebatia:- Rafael, você está solteiro agora. Quando Xaviana se tornar sua namorada, eu, Jane Pereira, vou sair do seu caminho!Que mulher orgulhosa!...- Por favor, devolva meu dinheiro.Em seu ouvido, a voz humilde de uma mulher implorando fez Rafael ficar pálido... Essa era realmente Jane Pereira? Aquela mulher orgulhosa e confiante que ele conhecia?Ele agarrou o pulso de Jane e a arrastou em direção ao seu carro.- Dinheiro, meu dinheiro! Sem dinheiro não posso ir, me solte!A voz da mulher ecoava em seus ouvidos, e os olhos de Rafael ficaram ainda mais frios... Ela
Jane se sentia inquieta diante de Rafael. Logo, alguém bateu na porta, e a voz grave dele soou calmamente:- Entre.Jane olhou ansiosa para a pessoa que entrou. Era Cristina, a mesma mulher que a entrevistou há três meses.- Cristina. – exclamou Jane.Nervosa e cautelosa, ela lançou um olhar para Rafael, que estava sentado confortavelmente no sofá, e depois para a recém-chegada Cristina. Ela estava se sentindo um pouco agitada, sem saber que tipo de truque esse homem de aparência enigmática estava planejando.- Presidente Gomes. – disse Cristina respeitosa diante de Rafael. Ela estava vestindo um terno branco bem cortado que não diminuía em nada seu charme. - O senhor precisa de alguma coisa?Jane achou a atitude de Cristina para com Rafael um pouco estranha, como se ele fosse seu benfeitor... O que Jane não sabia era que Rafael era realmente o grande chefe de Cristina. Ela havia passado três anos na prisão, e quando saiu, o mundo já havia mudado drasticamente.- Você a conhece? – perg
Cada vez mais nervosa, Jane balançou a cabeça veementemente:- Eu não quero, Presidente Gomes, eu não quero ir para o departamento de relações públicas. - Jane Pereira implorou em pânico. - Eu sei que errei, Presidente Gomes. Por favor, me deixe em paz. Já passei três anos na prisão, já paguei o preço. Devolva-me o meu cartão bancário, eu desaparecerei imediatamente, irei para bem longe. Prometo, nunca mais aparecerei na sua frente nesta vida.Jane estava tão focada em implorar que não percebeu o espanto nos olhos de Cristina ao ouvir que ela havia passado três anos na prisão. Cristina chegou a Cidade S há apenas dois anos e não era daqui, então não sabia da história de Jane Pereira.Se você perguntasse a alguém que trabalhou com Rafael por um longo tempo, eles saberiam tudo sobre Jane Pereira.Os olhos de Rafael se estreitaram perigosamente... Ela ainda queria fugir?Ela nunca mais apareceria na frente dele nesta vida?Com um leve sorriso, o homem retirou seu celular e ordenou a um su
Três dias se passaram desde que Jane foi transferida para o departamento de relações públicas e ela ainda não ganhou um centavo.Ela levantou os olhos para ver a hora. Eram 23:07, o momento em que a noite se tornaria mais animada.O departamento de relações públicas estava vazio, apenas ela permanecia na sala de descanso. Todos os seus colegas de departamento haviam saído para cumprir suas tarefas. Na verdade, todos no Clube Internacional do Imperador ganhavam bastante. Aqueles que frequentavam o Clube Internacional do Imperador não eram pessoas comuns, eram todos nobres e comerciantes ricos muito generosos.Embora Jane estivesse aqui apenas há três dias, ela já ouviu falar de uma situação. Isabella, que já havia flertado com alguém na escada, estava se gabando ontem. Um rico estrangeiro, muito generoso, deu-lhe uma gorjeta de cinquenta mil reais.Dez vezes cinquenta mil seriam quinhentos mil, cem vezes cinquenta mil seriam cinco milhões... Assim, ela poderia cumprir o pedido daquele h
- Eu... - Jane abriu a boca, instintivamente querendo dizer não.Na escuridão, Rafael esboçou um sorriso satisfeito, pensando consigo mesmo que a Srta. Pereira, orgulhosa como ele conhecia, não seria capaz de suportar tal humilhação.- Eu... Realmente posso pegar todo o dinheiro do chão em um minuto, e esse dinheiro será meu? Você também me dará um prêmio adicional de cinquenta mil?No fim, Jane não conseguiu dizer a palavra "não". Em sua mente, ela visualizou a prisão, aquela única garota que foi gentil com ela, e o desejo profundo que essa garota tinha de realizar seus sonhos. Enquanto esses pensamentos corriam pela sua mente, Jane mudou seus planos...Dignidade? Ela ainda tinha alguma?A Jane Pereira de agora, não tinha nada, nem família, nem amigos, nem passado, só restava ela mesma.Qual dignidade?O jovem riu e disse:- Claro, eu sempre cumpro a minha palavra. - seus olhos revelaram um traço de zombaria enquanto observava de cima a mulher patética no chão.- Ok. – respondeu Jane.