Há três meses, Jane trabalhava no Clube Internacional do Imperador. Quando a noite chegava, as luzes vermelhas e as bebidas alcoólicas eram tão ofuscantes que a cidade se tornava mais viva. Jane acabou de limpar o vômito de uma garota bêbada. Ela agia de forma lenta, mas seus movimentos ainda eram habilidosos. No fim, acendeu um incenso e o colocou em um canto.Com um balde de água e um esfregão na mão, ela passou pelos banheiros, chegando ao último cubículo. Este era um lugar onde ela guardava as ferramentas de limpeza e onde ela descansava quando tinha tempo livre. Tudo parecia estar em ordem.O garçom que a trouxe para cá já havia desaparecido há muito tempo, mas Jane não se importava. Ela organizou tudo, pegou o balde e o esfregão e sentou-se no cubículo vazio.- Jane, tudo é vontade do Sr. Rafael.- Jane, você já não é nada. Sua família de prestígio não é mais nada, sua beleza deslumbrante não é mais nada, sua excelente formação acadêmica não é mais nada, agora você é apenas uma
Jane sentiu um medo persistente. Ela ainda não tinha comemorado o fato de não ter se machucado quando de repente percebeu que estava sendo abraçada por um estranho.- Aaaaaahhhhhh! - Jane entrou em pânico. Ela nunca tinha sido abraçada tão intimamente por um homem além do seu irmão.Xavier Henrique ficou com o rosto negro, estendeu a outra mão e rapidamente cobriu a boca de Jane, dizendo: - Cala a boca! Para de gritar! Você é uma mulher estranha! Uma pessoa normal que cai irá gritar instintivamente, mas você não. Você não gritou quando caiu, agora você grita por quê?!- Você... Solte-me primeiro!Xavier percebeu a atitude suspeita dela e teve um lampejo de ideia: - Ei, você não está gritando porque eu te abracei, está?Ao ver a expressão momentânea de Jane que não estava muito normal, o canto da boca de Xavier não pôde deixar de se contrair um pouco:- Parece que é isso mesmo. - ele girou os olhos e sorriu de forma estranha. - Ei, mulher, você nunca foi abraçada por um homem antes, c
A raiva deles passou para ela! Ela não deveria ter se intrometido para ajudar Luísa! Jane estava muito arrependida.- Ei, você, faxineira. - disse a voz zombeteira. Jane teve que concordar com a cabeça.A voz zombeteira riu alegremente e disse para Luísa:-Você ouviu? Uma faxineira sabe melhor como agir e mostrar respeito. – – o homem daa voz cínica disse, pegando a garrafa de vinho e a colocando com força na mesa. - Beba tudo. Se não, chamaremos Cristina.Cristina era a mulher que entrevistou Jane no começo.Quando Cristina foi mencionada, Luísa ficou um pouco assustada. Ela era pobre e trabalhava como garçonete no Clube Internacional do Imperador porque o salário de lá era alto. Se chamarem Cristina, ela perderá o emprego.- Não chamem a Cristina! - Luísa pegou a garrafa de vinho de cristal e disse. - Eu vou beber!Antes de beber o vinho, as lágrimas escorreram pelo seu rosto.- Espere um momento. - Uma voz grave veio da escuridão. Jane estava de costas para o canto escuro, e quando
- Jane, quando sair da prisão, o que você quer fazer? Eu quero ir para a praia, sempre quis ver a beleza do mar, com suas águas cristalinas e limpas. Os pássaros marítimos são muito bonitos, os peixes e camarões no mar são deliciosos, o céu é mais azul, a água mais clara, até mesmo o sol é mais quente do que nesta cidade.- Eu vou trabalhar duro, ganhar muito dinheiro e abrir um pequeno hotel lá. Não é para ganhar dinheiro, apenas quero enfrentar o mar todos os dias e ver a maré subir e descer. Apenas ter comida suficiente e segurança financeira, ocasionalmente vendo turistas indo e vindo.- Jane, eu acho que estou quase morta. O que devo fazer? Ainda não tive a chance de ver a beleza do mar.Era uma voz triste, como uma canção celestial, que Jane nunca se esqueceria em sua vida. Ela abraçou a menina e continuou a aquecer o corpo da garota, usando sua própria temperatura corporal para aquecer o corpo que estava gradualmente ficando frio.No último momento, a menina em seus braços, com
Tiago estava prestes a falar quando Bruno o interrompeu sem se fazer notar. Um brilho faiscou em seus olhos finos enquanto ele apontava casualmente para a garrafa de uísque em cima da mesa de café.- Ela irritou o Sr. Gomes. Está vendo isso? O Sr. Gomes disse que ou ela bebe toda a garrafa de uísque, ou faz um show público de beijos para entreter todos. - disse Bruno.- Agora entendi! - Xavier finalmente entendeu a situação e caminhou preguiçosamente em direção a Jane, olhando de relance para Rafael no sofá e passando a mão no queixo com um ar de despreocupação. - A ideia do Sr. Gomes é realmente boa. Já que ele quer ver um show de beijos, talvez eu possa ser o protagonista. Não é que eu esteja me gabando, mas minhas habilidades de beijo são definitivamente as melhores.Dizendo isso, com uma rapidez surpreendente, ele esticou os braços e puxou Jane, que ainda estava atordoada, para dentro de seus braços.Jane não conseguiu reagir a tempo e acabou colidindo com o corpo de Xavier. No seg
- A antiga Srta. Pereira era tão inatingível, mas agora se humilha publicamente beijando o subordinado de um plebeu para implorar perdão. Se o velho Lucas Pereira ficar sabendo disso, não terá mais coragem de mostrar a cara em público. – disse Rafael.Lucas Pereira era o pai de Jane.Jane estremeceu e seu rosto ficou instantaneamente pálido. Mas no segundo seguinte, ela se lembrou de algo e respondeu a ele com lábios pálidos:- A família Pereira não tem Jane. Eu sou apenas uma criminosa. - olhando para o rosto bonito e próximo do homem, que costumava estar em seus sonhos, agora ela o evitava como se fosse uma cobra venenosa.- Sr. Gomes, eu sou apenas uma criminosa. Por favor, tenha piedade de mim. - ela tentou reprimir seu medo por ele e se esforçou para parecer humilde. Ela só queria sobreviver em paz.A dignidade não significava nada? Após sair daquele sombrio cárcere e finalmente poder ver a luz do sol, ela não queria desistir desse calor conquistado duramente.Rafael estreitou os
Do lado oposto do condomínio, havia um banco. Jane caminhou rapidamente até lá e encontrou um caixa eletrônico. Ao inserir o cartão na máquina e olhar para o valor exibido na tela, ela mordeu o lábio e tomou a decisão de retirar dois mil reais. Esse dinheiro representava uma grande parte de suas economias, já que ela sempre havia vivido frugalmente, economizando sempre que podia. Mas agora, ela não tinha escolha, precisava fugir da cidade.Com o dinheiro em mãos, ela saiu do banco e acenou para um táxi na rua.- Motorista, me leve para... - foi só após entrar no táxi que Jane percebeu que, apesar de estar desesperada para fugir, não sabia para onde ir. O mundo era grande demais e não havia nenhum lugar para ela se esconder. Ela caiu em tristeza e desespero.- Para onde? - o motorista do táxi perguntou em um tom impaciente.Para onde... Jane ficou perplexa. De repente, ela percebeu que o mundo era tão grande, mas ela não tinha para onde ir.- Vamos ou não? Se não, desça do carro, tenho
Um segundo depois, dois leves toques soaram da janela do táxi do motorista, e imediatamente Jane ouviu uma voz impessoal e burocrática do lado de fora da janela:- Senhor, por favor, abra a porta do táxi do passageiro.A voz era formal, sem nenhum traço de emoção. Embora usando a palavra "por favor", a atitude era extremamente inflexível... Todos os subordinados de Rafael pareciam ter aprendido com o próprio Rafael.Nervosa, Jane gritou para o motorista:- Não abra a porta! Eu te pago...De repente, com um estrondo, a janela de vidro do lado do motorista se estilhaçou. Este evento repentino assustou não apenas Jane, mas também o motorista.- Eu... Eu vou chamar a polícia! Não há mais lei... Agora?Um maço de notas novinhas em folha foi jogado no motorista. À primeira vista, pareciam cerca de dez mil. O segurança de cabeça raspada e terno preto do lado de fora da janela perguntou de cara inexpressiva:- Agora, pode abrir a porta?- Sim, sim, claro, sem problema! - o motorista, vendo o d