CAPÍTULO DOZE

O CORPO ESQUECIDO.

Havia algo sobre seus olhos que o fazia enxergar tão além do comum, talvez o constante delírio ou realmente fosse parte de algo maior. Muito maior. Durante as primeiras noites de inverno, costumava acordar entre pinheiros e corujas acinzentadas de grandes olhos cor de Sol. Enquanto seu corpo parecia emergir entre o grande lençol natural de folhas caídas e tão úmidas do frio, pequenos insetos pousavam sobre si, caracóis do tamanho de uma unha mediana, formigas vermelhas que gostavam de pica-lo entre os dedos da mão e os braços, algumas vezes alguns pássaros perdidos pousavam sobre si e essa era sua parte preferida.

Era uma figura pequena essa que pousou sobre si, suas patinhas mantinham a cor rosada contrastando com cada pena branca que ali residia. A ave fora movendo a cabeça para o lado onde bicou uma minhoca acertando o antebraço do rapaz qu

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