CAPÍTULO DEZENOVE

SPENCER.

Estando deitado abaixo do chão, Spencer conseguia ouvir a morte trabalhando gradualmente ao seu redor. Milhares de corpos adormecidos e esquecidos naquele chão úmido e fétido. Todos sós. Cada partícula de seu corpo morreu sozinho, não havia ninguém para apreciar.

Seus olhos se moveram e a figura estava ali. Era grande para a idade, rechonchudo e coberto por pelos amarronzados, uma única e solitária fita branca como uma nuvem manchava sua pele deixando um aspecto menos comum entre a face. O fitava em seus pequenos e redondos olhos negros, brilhosos pela luz do Luar. Spencer moveu os dedos sentindo enfim a paralisia se tornando maior e maior e mesmo que tentasse se levantar, não poderia.

O animal fora se aproximando curioso, sentindo-se ameaçado pela grande e esguia figura à sua frente. O focinho era gelado e grande, era possível encarar a pe

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