Epílogo

Epílogo

Alguns dias depois

O sol brilhava com intensidade sobre as alamedas que constituíam o cemitério.

Luís seguia oferecendo ajuda ao amigo, que manquitolava com o apoio das muletas.

-Eu preciso fazer isso, cara. Preciso me virar sozinho – insistia Bernardo.

-Tudo bem. Não está mais aqui quem falou.

-E se me chamar de saci de novo...

-Não fui eu quem disse isso, foi você mesmo – defendeu-se Luís.

Quando se aproximaram do túmulo de Bárbara, a alegria de ambos cessou, pontuada pela dor ainda latente de sua enorme perda.

Havia mais alguém por ali, de costas para eles. Luís reconheceu a silhueta alta e esguia de Pedro.

-Então era isso. Aposto que você armou esse encontro – disse Luís.

-Vocês precisam conversar – Bernardo falou alto o suficiente para chamar a atenção do cirurgião, que desviou o olhar da lápide de Bárbara e se voltou para os dois. Sua expressão era de pura tri
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