Capítulo 17

Capítulo 17

A planície pontuada por uma miríade de lápides, alinhadas com esmero, era banhada pelas luzes carmim do crepúsculo, que, filtradas pelas copas das árvores, desenhavam sombras tristes que se moviam conforme os rumos imprevisíveis do vento. Gotas morosas de chuva se precipitavam preguiçosamente das folhagens rumo ao chão, aumentando a sensação de melancolia naquela tarde fria, de corações gélidos.

O cheiro de terra, grama molhada e dos crisântemos organizados em coroas contribuía para reafirmar a certeza de que uma vida tinha se extinguido.

O choro constante e lamurioso de dona Rafaela e seu Eustáquio, pais de Bárbara, que seguiam perto do caixão, marcava os passos daqueles que acompanhavam o cortejo fúnebre até a vala sulcada na terra, que esperava para receber a jovem, enclausurada na caixa amadeirada, cheirando a verniz recém-pintado, que seria agora sua eterna morada.

Amigos e parentes se misturavam, unidos por seus pesares e lamentos.
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App