O despertar de Antonella

O despertar de AntonellaPT

Lobisomem
Lucy Avi  concluído
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Resumo
Índice

Ela desperta entre sombras, não se lembra de nada do seu passado, apenas sabe que se sente diferente e definitivamente não é humana, pelo menos não mais. Uma crise de agonia a leva às raízes de seu ser e ela descobrirá as necessidades que a consomem; ela deve decidir se vai se conter ou se deixar levar por elas. O desejo principal: o sangue, será a maior tentação. Ileana, uma jovem de vinte e um anos, que adora a natureza e os animais, além de viajar e seu namorado Velkan, um fotógrafo de vinte e cinco anos, amante de veículos e comida; ambos adoram percorrer o mundo, a ponto de passar o tempo capturando momentos inesquecíveis com sua câmera fotográfica. Ao fazerem um tour pela Itália, suas vidas darão uma reviravolta que nunca imaginaram. Aqueles olhos brilhantes não param de espreitar nos arredores da antiga casa da ruiva. O passado de Antonella esconde amizades e inimizades que, no presente, continuarão tendo suas repercussões. O hospital da velha cidade abriga sete segredos e mil inimigos esperando para buscar vingança. O diário de Antonella e seu livro mágico mais precioso mudarão sua perspectiva e reviverão todas as suas motivações nela; finalmente ela pode voltar a ser ela mesma. Quando esses tesouros mudam de portador, aquela meta toma um novo rumo e cria um desequilíbrio em todos os seus planos. Pecados capitais e virtudes divinas ressurgirão depois de um século para reviver uma batalha inconclusa que definirá o destino dos vampiros. Qual clã será o vencedor no final?

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Prefácio
A estrada parecia deserta, aparentemente já estava esquecida há algum tempo pela maioria das pessoas na Itália, e esse era um assunto sobre o qual ninguém falava nas vilas vizinhas. De acordo com breves comentários infundados de pessoas esporádicas, fazia muito tempo que ela havia chegado a esse estado. Naquela antiga rota, uma caminhonete conversível com dois passageiros a bordo seguia seu caminho por esse trecho de concreto. —Sim, sim, mãe, estamos bem. —A garota parou para ouvir—. Sim, Velkan está dirigindo, já comemos e a viagem está indo bem. Só paramos para colocar gasolina, nada a relatar. Amo vocês, entrarei em contato depois. Tchau.A ligação terminou, ela ajeitou uma mecha de cabelo liso atrás da orelha, enquanto um sorriso iluminava seu rosto e virou para olhar seu companheiro, que já estava sorrindo ao vê-la feliz. Ela corou ao perceber que Velkan a observava naquela ação tão cotidiana. —Você sabe —ela riu nervosamente—, minha mãe não consegue parar de ligar com frequênc
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Preguiça mortal
Quando abriu os olhos, a escuridão reinava, sentiu como se tivesse acordado de um longo sonho que mais parecia morte. Sua cabeça girava, não sabia quem era ou como tinha chegado ali. Depois de algum tempo de silêncio, ouviu passos, murmúrios e barulhos. Ficou alerta quando alguém mexeu naquele lugar sombrio. Seus olhos verdes avistaram duas figuras humanas olhando fixamente para ela e também uma luz quase ofuscante de uma vela. Imediatamente se assustou. "Quem são eles? O que querem? Por que estão aqui?" Foram muitas perguntas de uma só vez, até que sentiu o toque de algo em sua pele. Ainda não conseguia distinguir claramente com sua visão o que estava acontecendo, mas as vozes soavam em um idioma desconhecido para ela. A voz suave transmitia paz, mas a voz mais rouca a fez estremecer em um arrepio. Ela tinha dificuldade em se mover, como se seu corpo não estivesse funcionando direito, e apenas a ideia a enchia de uma sensação incômoda que ela mal conseguia suportar. De repente, sen
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Alívio Súbito
O olhar fixo do rapaz de cabelos escuros havia petrificado Antonella, mas a tempo Ileana, a namorada dele, acordou para examiná-lo com preocupação, de maneira quase automática. De repente, seu olhar se fixou nela; a garota parecia sonolenta, mas o desespero era mais forte e, com seu último fôlego, a ruiva se lançou em direção à viajante. Tentou mordê-la desesperadamente, mas depois disso só restou a escuridão, pois seus olhos se turvaram. Já haviam se passado algumas horas. O amanhecer estava próximo e Antonella podia sentir como aquele sopro de vida havia retornado a seu corpo. Teria realmente consumido sangue? Não tinha ideia, já que havia perdido a consciência por um longo período de tempo após a tentativa de obter seu combustível para sobreviver. Ela pensava que havia falhado, mas tudo indicava o contrário. "Claro que bebi sangue, tive que... Se não o fizesse, tudo estaria perdido", ponderou a jovem ruiva. Deu um tapa mental em si mesma, recusando-se a ficar parada buscando pr
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Inveja Corrosiva
"Sou um vampiro, não posso acreditar." Durante o restante da madrugada, depois de dar uma rápida olhada na intimidade de seu diário, tudo começou a fazer sentido. Antonella não aguentava mais, parou para analisar a situação, parada diante dos jovens que haviam salvado sua vida, e se perguntou com pesar: Como ela poderia olhar nos olhos daqueles que deveriam ser suas presas imediatas? Bem, o ragazzo merecia um pouco que ela tirasse a vida dele, mas isso ainda estava em dúvida. É claro que ela não leu tudo, era impossível naquele momento, já que o documento era muito extenso para ser lido de uma vez. Ela tinha avançado apenas um pouco além da metade e pulado algumas páginas para se inteirar do inevitável. Agora ela sabia as razões por trás de quase tudo, pelo menos compreendia seu ódio pela raça humana. Ela ainda não queria chegar às últimas páginas, não agora que tinha tão pouco tempo para ler com devoção; pelo menos era assim que ela via, e ainda tinha que explorar aquele outro liv
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Pésima assistente
Aquele desconforto continuava causando estragos no estômago, no peito e na mente de Ileana. Mil pensamentos negativos se amontoavam e não a deixavam respirar direito. Ela nem conseguiu tomar um gole a mais da sua infusão de camomila. Apenas colocou a velha xícara na beira da janela, onde a cortina a cobria, e cruzou os braços, observando com um certo desespero cada movimento de Velkan e Antonella. Ela estava muito perto dele, e Ileana poderia até jurar que, se antes Velkan estava desconfortável, com o passar dos segundos, essa sensação havia suavizado um pouco nele; ela não tinha certeza absoluta, mas podia ver uma expressão relaxada e até um leve sorriso por parte dele que estava realmente testando a paciência dela. Ileana não conseguiu suportar mais aquela cena. Ela deu alguns passos na direção da enfermeira e do paciente e se agachou para que Velkan a visse nos olhos, mas não foi o que aconteceu. Ele estava como... hipnotizado? Olhando para Antonella, enquanto ela tirava a improvi
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Avareza mesquinha
Ileana não poderia se sentir mais arrependida pelo conflito interno que havia acabado de causar. Antonella estava com uma queimadura bastante dolorosa por ter se intrometido na cura que a ruiva estava fazendo em seu namorado.— Desculpe por ter interferido, sou desajeitada. Eu não deveria...— Não se preocupe, você só queria ajudar — disse Antonella com um sorriso que a acalmou um pouco imediatamente.Mas Ileana sabia que era mais do que querer ajudar, que agiu por essa emoção que atravessou como uma faca afiada em seu estômago quando se sentiu inútil, e mais ainda quando viu Antonella tão próxima de Velkan, não conseguiu controlar o impulso de querer intervir, e isso era o que a fazia sentir culpa.— É que... eu deveria ter prestado atenção e deixado minha xícara longe para evitar que caísse em você — lamentou-se a jovem, abaixando o olhar.— Já... já passou, foi um acidente — Antonella se aproximou para acariciar os cabelos curtos e lisos de Ileana —. Olhe, já apliquei uma solução d
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Antigo Inimigo
Com apenas aquela sinistra presença, Antonella havia perdido todo interesse em seu momento de leitura e reflexão sobre sua vida. O som do rosnado quase lhe provocou uma dor de cabeça, mas ela não daria o gosto de baixar os olhos para que ele se sentisse superior. Ela deixou seu diário sobre uma superfície empoeirada de madeira, que costumava ser uma mesa talvez, e começou a percorrer onde os destroços permitiam, sem tirar os olhos daquele que a espreitava do lado de fora. Era evidente que a magia que ela mesma havia deixado há cem anos ainda a protegia dentro daquela casa. Bem, ela havia pensado bem e se precavido contra um possível despertar como o que acabara de acontecer com esses viajantes. E, é claro, ela reconheceu aquela criatura. Não era nada menos que um de seus antigos inimigos. Aqueles que conspiraram com outros para se livrar dela tempos atrás. Por que ele ainda estava ali? Ele estava a vigiando? Ou será que ele também havia despertado com algum tipo de feitiço semelhan
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Mudanças estranhas
O casal de viajantes havia terminado suas refeições da manhã, ou melhor, Velkan havia terminado ambos os cafés da manhã, já que aparentemente Ileana havia perdido o apetite e seu estômago estava fraco.Lá fora, nuvens cinzentas começaram a cobrir delicadamente o manto celeste, um vento suave, mas gelado soprava, e nem mesmo o som dos pássaros podia ser ouvido ao redor.—E... você está cheio? —perguntou Ileana, com o cotovelo apoiado na mesa e a mão segurando o queixo, surpresa com o quanto seu namorado havia comido.—Você se divertiu muito me vendo comer? —Velkan sorriu divertido—. Porque parece que você nunca me viu comer antes —sussurrou, como se não quisesse ser ouvido por mais ninguém.—Mas é claro que sim, tenho viajado contigo há dois anos, é só que te vi comer com certa ansiedade, além disso, você nunca comeu quase duas porções seguidas —Ileana sorriu.—E você nunca deixou comida no prato —Velkan sorriu, colocou a mão na bochecha da garota e acariciou suavemente com o polegar, e
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Soberba jactanciosa
Ileana não conseguia articular uma palavra após o que havia acontecido com seu namorado há um momento. Seu coração quase parou de medo quando as pupilas de Velkan se dilataram e se moveram rapidamente em direção ao interior da casa, enquanto suas unhas arranharam a madeira da moldura da janela pela qual estavam observando o exterior da casa. Num piscar de olhos e diante das perguntas de Ileana, Velkan começou a caminhar naquela direção, sem dizer nada, e subiu as escadas; ela não pôde fazer nada além de se preparar para segui-lo, enquanto seu coração disparava. "Mas o que está acontecendo? Definitivamente, Velkan está me deixando muito preocupada," pensou alertada. "Parece que ele está em outro mundo, não sei explicar... é como se ele não se importasse com uma única palavra que eu digo. Como se nem me considerasse; como se eu não existisse para ele." Após alguns segundos, ela teve que parar por um momento, pois um peso em sua cabeça a impediu de avançar. Ela levou as mãos às têmpora
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Ira Compartilhada
Ileana tinha vontade de chorar naquele exato momento e não sabia como se comunicar com Velkan. Seu mau humor havia evoluído para algo maior e se transformou em algo que o fazia parecer uma pessoa completamente diferente. Alguém irracional que não ouvia a sua voz. —Para começar, você precisa controlar seu mau temperamento, eu não quero confusão aqui e eu juro que você não quer brigar comigo —disse Antonella com serenidade. —Eu não vou me acalmar! —bateu em uma das portas, causando um rangido na madeira velha— Agora mesmo você vai nos explicar quem diabos é você! —disse Velkan com uma voz profunda. O coração de Ileana não podia bater mais rápido e sua cabeça não podia sentir mais dor diante daquela situação. Apesar da sua má reação há alguns momentos, ela se aproximou de Velkan para tentar acalmá-lo mais uma vez. —Amor, é melhor você se acalmar, estou certa de que há uma explicação para tudo isso, dê a ele tempo para esclarecer. Velkan não podia acreditar que ela estivesse do lado
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