Antonella ainda não conseguia entender completamente o que havia acontecido. Velkan havia ficado enfurecido depois de ter mostrado ser uma pessoa pacífica, embora mal-humorada, desde que o conhecera. A parte mais intensa disso tudo foi quando ele tentou agredir a namorada dele, e ela não pôde evitar ter um colapso emocional ou algo do tipo. Ileana ainda estava desacordada sobre as duas cadeiras; sua pele parecia papel, quase da mesma cor da dela quando acordou daquele sono profundo. A desacordada também tinha um leve suor em seu rosto. Antonella colocou a mão na bochecha dela, depois na testa, e percebeu que sua temperatura havia caído; ela estava gelada. Ela começou a agir, verificou seus sinais vitais e algo a alertou: ela não estava respirando. Imediatamente, ela afastou alguns destroços que haviam sobrado da mesa que Velkan destruiu. Com muito cuidado, abaixou a paciente no chão e aplicou os primeiros socorros. Colocou suas duas mãos no peito da garota e começou a fazer compress
Velkan saiu apressadamente daquela casa antiga, mergulhado em desespero. Sua testa estava coberta de suor e suas mãos tremiam devido à enxurrada de emoções negativas que estava experimentando. Sentir-se assim o atormentava sobremaneira.O que diabos estava acontecendo com ele? Ele esteve prestes a bater em sua namorada. O pior de tudo era que ainda sentia o desejo de machucar e talvez até de destruir qualquer um que ficasse em seu caminho. Se a situação envolvesse a pessoa errada, ele tinha certeza de que não responderia pelo que pudesse fazer.Velkan caiu, olhando para o chão, com a mente confusa e as emoções à flor da pele. Suas mãos permaneciam tensas e cerradas devido ao estresse que estava enfrentando. Logo algo fez com que ele erguesse o olhar e percebesse que tudo parecia um pouco diferente lá fora:O céu escurecido, as estrelas brilhando no ponto mais distante, a lua redonda parecia estar observando-o, e aquelas rajadas suaves, gélidas, que carregavam o fino sereno da madrugad
Ali estavam, frente a frente. Besta e homem desafiavam-se com olhares, conduzindo um debate silencioso. Isso não durou muito, pois mais uma vez a voz áspera do lobo ecoava na mente de Velkan, como se fosse uma rajada estridente fazendo estragos em seus ouvidos internos."Ah, não. Isso não é uma piada. Nós realmente podemos nos comunicar mentalmente," falou o lobo na mente de Velkan com um tom áspero. "Ouça... agora você e eu somos semelhantes. Podemos unir forças para sair daqui."—Semelhantes? —Velkan riu com ironia —Nunca seremos semelhantes! —ele exclamou em voz alta. —Eu sei que você nos trouxe até aqui, tenho certeza disso, e nunca vou esquecer isso."Você ainda não percebeu que pode enxergar claramente na escuridão? Ou que sua força muscular e temperamento mudaram drasticamente? Você também não notou que está com mais fome do que o normal? Além disso... Aposto que está com muita fome neste momento. Você pode ser honesto, eu não vou te julgar.""Maldita criatura", protestou Velka
Ileana estava lá, na frente de Velkan e do lobo gigante. O jovem estava consternado e, por um momento, sua raiva havia diminuído significativamente. Só de ver que sua amada estava bem, era suficiente para esquecer todas as coisas ruins e focar em seu principal objetivo: sair de lá vivo junto com ela.—Eu procurei por você em todos os lugares, meu querido —Ileana falou com a voz trêmula e a respiração pesada, talvez pelo medo que a situação lhe provocava—. Eu só... —Ela não pôde continuar falando, porque a besta soltou um rugido forte, enquanto seus olhos cintilavam de raiva, e sem piedade ou aviso, se lançou sobre ela.—Não! —exclamou o jovem desesperado e com medo de perdê-la.Velkan sentiu o mundo desabando sobre ele quando viu Ileana tão vulnerável, debaixo do enorme corpo canino, que parecia mais do que disposto a tirar sua vida como faria com uma presa, que ele alegou ter caçado momentos antes. Não havia razão, não existia nada que justificasse o ataque, exceto a sede de matar; n
Os segundos passavam em completo silêncio. Apenas o assobio do vento reinava naquele lugar escuro. A euforia prazerosa de Velkan ao quase ter engolido seu oponente estava cobrando um preço atormentador. A consciência havia começado a causar estragos em sua mente, embora Velkan realmente tivesse muito pelo que culpar aquele lobo maligno à sua frente. Uma parte lhe dizia que ele agira corretamente, mas a maioria perfurava sua mente, dizendo que ele era um maldito assassino. Antes de chegar a esse lugar infernal, ele sempre estivera a favor da vida e contra a violência e agora... ele se transformara naquilo que tanto detestava. Aquele jovem viajante, agora quase um lobo, estava agachado diante dos restos de Bardou, aquele lobo feroz e sinistro que ele acabara de devorar pedaço por pedaço e que tentara convencê-lo de algo, mas não conseguira, pois ele simplesmente não quis mais ouvir. Ele praticamente deixara apenas alguns ossos e muito do pelo negro espalhado pela rua de pedra que cerc
Aviso: Conteúdo +18!! Leia por sua própria conta e risco. Não houve mais palavras, porque naquele exato momento um profundo beijo, iniciado por Ileana, os envolveu por completo, provocando um formigamento de paixão no ventre do jovem. Com um movimento ágil e sem separar suas bocas, ele a deitou no chão, um ato que arrancou um sorriso da moça. Ele estava realmente avançando a passos largos; algo o impelia a não parar. Velkan espalhou uma série de beijos descendentes no pescoço dela, que soltou um suspiro enquanto acariciava suavemente seu cabelo escuro. Esse aparentemente pequeno ato o enlouqueceu de tal maneira que, sem perceber, já estava tirando a blusa e o sutiã de Ileana, ambos de uma vez, deixando à mostra os seios macios dela, que, ao sentirem o frio, reagiram, erguendo as duas protuberâncias rosadas e sensíveis que ela tinha nessas partes tão íntimas. —Veja o que você está fazendo comigo, Velkan —acrescentou Ileana, com malícia—. Você vai ter que me ajudar aqui —disse enquan
Não podia acreditar... Aquilo definitivamente tinha funcionado, e Antonella, deitada lá e ainda despida, estava dando pulos internos de felicidade, se é que o que ela estava sentindo poderia ser classificado como tal. Velkan tinha acreditado totalmente que ela era sua amada Ileana; ele tinha caído direitinho, nem precisou fingir ser ela de forma alguma. O lobinho tinha deixado tudo como um presente em bandeja de prata; e ela também precisava reconhecer que esse rapaz tinha habilidades incríveis na intimidade. Antonella afastou esses pensamentos e se concentrou no que era importante. Finalmente, ela tinha conseguido colocar em prática um de seus feitiços, e não era qualquer um. Oh, não... Este era definitivamente um dos de alta qualidade, e o melhor de tudo era que ainda mantinha o poder dentro dela. Seu encanto estava voltando pouco a pouco, mas não tinha parado de progredir. Isso só significava que, mais cedo do que esperava, ela voltaria a ser ela mesma para se sentir livre e dona
Quando abriu os olhos, não reconheceu nada ao seu redor; a rua estava deserta e a luz fraca do dia começava a se infiltrar por todo o lugar. Sentiu um cheiro forte e percebeu que alguém estava em pé em frente a uma fogueira, pleno luz do dia. Ergueu seu focinho para farejar o ambiente. A fumaça cheirava deliciosamente a carne cozinhando sobre a brasa. Imediatamente sua boca começou a salivar incontrolavelmente. Quem diria que sua primeira sensação seria a de estar faminto? A figura encapuzada parou de atiçar o fogo com um pedaço de madeira, virou-se e dirigiu-se a ele com passos descontraídos para observá-lo de cima. Não conseguia reconhecer quem era. A conhecia? Quem sabe! Ele nem sequer sabia quem ele próprio era. A única coisa que conseguiu notar foi que aquela pessoa sorria calorosamente para ele enquanto afastava um pouco o capuz, só para que pudesse ver melhor seu rosto. O rosto dela não lhe parecia familiar de forma alguma. Era pálido, com bochechas e lábios rosados, algumas s