Capítulo 171

Priscila Barcella

Acordei com aquele chorinho que eu já conhecia de longe. Nina. Era suave, manhoso, mas insistente — como se estivesse me chamando de volta pro mundo. E, de certa forma, estava mesmo.

Me espreguicei devagar, ainda com o corpo pesado da madrugada, e fui até o berço. Assim que me viu, seus olhinhos brilharam, e os bracinhos se agitaram no ar, como se dissessem: "Você demorou, mamãe."

— Bom dia, meu amor — sussurrei, pegando-a nos braços com o cuidado de quem carrega o próprio coração fora do peito.

Ela se aconchegou em mim com aquele cheirinho de leite morno e tranquilidade, e eu fechei os olhos por um instante, sentindo aquele pequeno milagre respirando contra o meu pescoço. Era nesses segundos que eu lembrava por que ainda aguentava tudo.

— Mamãe... — a voz sonolenta da Belinha me alcançou, meio engolida pelo travesseiro.

Me aproximei da cama dela e me sentei com Nina no colo. A luz da manhã ainda era tímida no q
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