Capt.21

- Ei, Ó da torre! – espero, uma velhota olha-me assustada da sua soleira e entra em casa. Não deve ser costume bater a esta porta, afinal era o forte de uma força ocupante estrangeira, relembro a conversa com Sardenna: “ - como vieste parar aqui?

- Nem eu sei bem. – um dia estava a lavar o chão de mármore e fui chamada ao atrium, lá estava meu amo, um suevo e mais um padre com um cicatriz na face, discutiam em latim apontando para uma moiça luso-romana que vestia um vestido nobre, depois apontaram para mim, os da guarda real alana vieram-me buscar”.

 - Ei, ó da torre!

- Vai-te embora, que quereis daqui? aqui só entram vândalos ou desgraçados para a decapitação, vai-te embora verme!

- Cala-te macabeu! E chama o teu chefe, eu sou o filho de Boringio Langobardo.

- Nem que fosses o filho de Hermerico. Vai-te embora ou atiro-te com um dardo.

- Um zarolho como tu? Chama o teu chefe que o sol tá-me a foder a mona. – Rai

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