Elliot Garden
Como sempre, um dia mais estressante que o outro.Ultimamente meus dias estão todos assim. Não me lembro a última vez que fiz qualquer outra coisa senão ficar enfurnado nessa empresa.Quando penso que está indo tudo bem, a bomba estoura de vez, atingindo quem estiver na área.Isso inclui eu e porra toda.Esfrego as mãos pelo meu rosto, frustrado, e em seguida passo a mão no meu cabelo, o bagunçando, os fios estão precisando de um bom corte, a muito tempo o estilo social não aparenta nele. Tento, juro que tento não me estressar no trabalho, mas é quase impossível.Antes de vir morar em NY, a vida era só flores, mas depois que meu pai adoeceu não podia mais ficar no Brasil. Meu pai é uma boa pessoa, mas muito exigente, e depois do falecimento da minha mãe piorou, tudo para ele era só trabalho, para suprir a falta dela, e assim acabou adoecendo, e está cada vez mais necessitando de cuidados. Me pergunto como pode um ser humano amar assim, amar tanto, tanto, que daria sua vida pelo outro, que largaria tudo por amor, e que quando a pessoa se fosse a vida perdesse o sentido.Deus me livre passar por isso! As pessoas cometem loucuras pelo chamado amor. Se nunca sentir não acredito. Sou filho único, então tudo dobra de valor, os problemas dobram, os objetivos dobram, as expectativas dobram, absolutamente tudo. Ele espera tudo de mim, então dou meu melhor, faço o que posso para ser seu filho perfeito.E agora que eu praticamente ordenei que ele parasse de trabalhar e ficasse em casa, eu tento fazer com que os problemas não cheguem a ele. Meu pai, Enrico Garden, criou uma rede de hotéis, que agora estão espalhados por vários países. Hotéis famosos, de luxo, uma arquitetura de dar inveja. Ele me passou o comando da empresa a 2 anos, e faço tudo que posso para ser tão bem sucedido no comando, quanto ele foi.Meu pai tinha descoberto da pior maneira que estava com insuficiência cardíaca grave, e só poderia ser tratada através de um transplante de coração. O qual ele recusou, da mesma maneira que recusou morar comigo. Então além da preocupação com a empresa, a preocupação era triplicada com ele.O sobrenome dele deveria ser teimoso. Tentei convencê-lo a fazer o transplante, mas de acordo com ele tinha pessoas jovens que necessitavam mais do que ele, que já era um velho, além do que o transplante, se desse certo, não era uma certeza da melhora. Até na mesa de cirurgia corria sérios riscos de vim a morrer, e juntando isso ao desgaste de uma fila de espera de órgãos, gosto nem de pensar. Então desde essa descoberta, tenho fazer o melhor para ele ser feliz e ter uma vida tranquila. Incluindo nisso, que antes dele partir eu ia felicita-lo com um neto, e um casamento, vê se isso vai dar certo? Nunca.Mas concordei, é o sonho dele. Eu farei um jeito de realizá-lo.Só precisava ver como.É claro que existiam várias mulheres interesseiras que gostariam de ser mãe de um filho meu. E era exatamente disso que eu estava correndo, então precisa analisar bem minhas propostas. Também não era a qualquer pessoa que se propõem uma coisa dessa, imagina chegar na primeira pessoa que ver e falar: "Gere um filho meu, te dou dinheiro" eu deveria receber no mínimo um tapa na cara. Apesar de ser por fins de interesse, a criança ainda precisaria de amor, carinho e atenção. Existem mães que amam seus filhos, e existem as mães que apenas carregam o título. Do mesmo modo, se não pior, é com os pais. E nós meu 30 anos, não havia encontrado ninguém que fosse o suficiente para isso, ou conhecia alguém que poderia me ajudar a realizar.Olho as horas, e decido ir para casa.Quando estou no carro meu celular toca, conecto no transporte. — Oi — falo vendo o nome de Albert. — A gente se encontra lá que horas? — eu já tinha esquecido totalmente do convite dele para a nova boate.— Cara, eu…— Sem desculpas Elliot — ele me corta já prevendo que eu negaria — Nós nos encontramos às 22:00, na boate. Tchau!E desliga na minha cara. Belo amigo. Mas decido aceitar o convite de Albert, não tinha nada a perder em ir a uma boate na noite de sexta-feira. Ou tinha? Depois do trânsito me segurar, acelero o carro ao ver que tinha apenas uma hora para me arrumar, então passo rápido na minha casa para tomar um banho e trocar de roupa. Minha casa era grande e vazia, mas era uma bela casa.No quarto visto uma camisa preta e uma calça jeans. Assim que termino de me arrumar desço para a garagem e entro no meu carro para ir para o endereço que ele me enviou, e sendo informado que ele já está me aguardando na entrada para uma noite "quente" de acordo com ele. Quando estaciono o carro de longe já vejo Albert, os cabelos loiros perfeitamente penteados, de longes os olhos castanhos como os meus refletiam, junto com o sorriso cafajeste. O desgraçado era um grande cafajeste, e por isso era o meu melhor amigo e nomeado vice-presidente da minha empresa quando assumi.— Até que fim — Albert fala assim que chego perto dele A fila da boate estava enorme, dobrando a esquina, e olha que a estrutura dela era muito bem trabalhada. — Contratempos — falo e vamos em direção a entrada, vejo na mão dele entradas VIP — Como conseguiu essa entrada VIP? Ele ri. — Dormi com a irmã do dono — fala rindo. — E espero que ela não esteja aí, estou atrás de gente nova.Revirou os olhos, e seguiu para entrada. — Você não presta mesmo, né? — falo sorrindo.— Não sei para o que prestar — ele ri alto — Ninguém dá valor quando você presta irmão.Ele cumprimenta o segurança, entregando as entradas VIPs, o segurança coloca em nós uma pulseira dourada e passamos. Dentro está super lotado, estamos tendo dificuldade até de passar para subir para a área VIP. Depois de muito sufoco, alcançamos escadas e subimos para a área VIP, me jogo em um sofá que dava a vista lá para baixo, pela a grande parede de vidro, enquanto Albert vai buscar bebidas para nós. De cima era ainda mais perceptível a lotação, mas mesmo no meio de toda a multidão de pessoas, ela me chamou atenção assim que entrou. Porra! Que mulher era aquela.Linda para caralho. Encantadora. E gostosa.O vestido preto parecia abraçar seu corpo, e mesmo no meio da multidão ela se destacava, os lábios com aquela cor vermelha que eu queria tirar deles. Ela estava acompanhada de uma mulher morena que me era familiar.— Terra chamando Elliot — volto o olhar para Albert — Aqui sua bebida. Estava viajando? Me entrega o copo de uísque com gelo. — Acho que fui encantado com uma Feiticeira — falo e volto a encarar a bela mulher enquanto dou um gole na minha bebida. Ela agora estava sentada nas cadeiras do balcão, e porra, quando ela cruzou as pernas e olhou na minha direção eu tomei uma decisão. Ela seria minha está noite, ela me faria esquecer os problemas que me rodeavam.E ela queria me enlouquecer com aquele sorriso, que eu retribui ao meu melhor modo. — Ela tá aqui? Como… — escuto Albert falar e me viro para ele. — O que? — pergunto ao ver seus olhos arregalados. — Nada, vou descer lá embaixo. — e sem esperar eu falar nada vai em direção as escadas e some do alcance das minhas vistas. Doido.Bem eu também vou descer, tenho um objetivo para cumprir.Tenho que descobrir como encantar de volta uma Feiticeira.Tessa ClarkJá é segunda novamente.Mais um dia de luta, aguardando seriamente os dias de Glória que prometeram. Levanto na força do ódio. O final de semana foi maravilhoso, aquele cara, o Elliot, foi maravilhoso. Além de muito educado, atencioso, era bom de cama. Cheguei em casa às 07:00 da manhã no dia seguinte. E ele ainda pegou meu número, e não, não falei meu nome verdadeiro. Deixa ele pensar. Dou risada sozinha enquanto me arrumo. Visto uma calça jeans, uma camiseta branca, calço um sapato e estou pronta. Sendo sincera, não consigo ir chique, mais pareço uma aluna que uma professora. Coloco meu óculos de grau e pego minha mochila, como não conseguir fazer nada no sábado, o domingo todo foi corrigindo provas e fazendo o planejamento semanal. E ainda respirando fundo, e pedindo aos céus paciência, já imaginado a indaga dia alunos que tiraram notas baixas. Eu não me considero uma professora ruim, na verdade sou muito elogiada pela maior parte dos alunos. Mas sempre tem a
Elliot GardenEu só podia ter jogado pedra na cruz em outra vida. Estava tudo ruindo. E o pior e a preocupação, a preocupação me domina assim que falo com o médico só de o estado do meu pai. Já estava antes e agora piorou mil vezes. Meu estava internado, passou mal na tarde de domingo. — Ele não quer o transplante.— falo ao médico.— Não tem outra coisa que poderia ser feito? Algo que pudesse melhorar? Estou praticamente desesperado. — Sinto muito.— ele fala me confortando.— O que é possível fazer além do transplante já estamos fazendo. Estamos dando o nosso melhor para a recuperação do seu pai.— ele continua.— Mas a condição dele é preocupante e delicada, e a idade não contribui. — Ele vai poder ir para casa? — pergunto, minha vontade era chorar, mas precisava ser forte. — Vou liberar ele, ficar em casa com a família é muito melhor, já que os medicamentos são orais não irá afetar o tratamento.— fala e vai saindo, mas antes que dê muitos passos volta.— Mas a qualquer sinal de
Tessa ClarkEu devia estar parecendo uma louca correndo pelas ruas, as buzinas fazendo uma festa.Eu só espero que eles não me atropelem, eu posso parecer louca, mas tenho amor à minha vida.Os óculos de grau já devem ter caído umas 20 vezes. Mas era necessário, meu pai se encontrava na lanchonete que eu acabei de para em frente. Aproveitei o horário de almoço para ir falar com ele, e só precisaria retornar à escola nas últimas duas aulas da tarde.Respiro fundo e entro procurando ele, o vejo sentado em uma mesa no canto, lendo um jornal.Caminho até ele meio hesitante. Parecia vários anos mais velho, que da última vez. — Oi pai.— falo assim que chegou à mesa. Ele tira os olhos do jornal e me olha com seus óculos. — Como vai? — Theresa, sente-se — fala, e eu sinto falta de outras palavras de carinho. — Aconteceu alguma coisa? — pergunto me sentando à sua frente. Ele coloca o jornal de lado.— Eu caí em um golpe.— ele fala como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Como? — a
Elliot Garden Começo o dia na empresa analisando os novos projetos para construção das filiais. Os negócios já estavam em quase todo o país, e eu estava pensando em abrir filiais em outros países, e também investir em outros negócios.Logo que cheguei fui informado pela minha secretária que alguém chamada Theresa Clark gostaria de marcar um horário para falar a respeito das terras que comprei.Mas comprei tantas nos últimos dias que será difícil saber qual foi.E esse nome não me era estranho.E como sendo óbvio, pedi para Albert investigar, e ela era filha do ex-proprietário das terras, que perdeu elas em uma aposta. Patético, e muito bom para mim.Os Clarks.Dei um sorriso.Um plano sorrateiro começa a surgir em minha mente, mudando meus planos iniciais. Isso só poderia ser os ventos soprando a meu favor. Como não pensei nisso antes? Aceitei a reunião com ela, para saber o que ela quer falar, então estava marcada para depois do almoço. Meu pai tinha apresentado uma pequena me
Tessa Clark Ele só poderia estar louco. Não tinha cabimento. Será que os parafusos dele eram a menos? O idiota na cara dura me oferece um absurdo desse. Certo, claro, que eu queria as terras de volta, me oferecer como moeda de troca por conta da estupidez do meu pai? Nunca! — Você está louco? — pergunto indignada. — Como tem coragem de me oferecer uma coisa dessas? Pela sua cara ele não esperava uma reação diferente. — Você é do jeito que eu imaginava — ele ri. Rir. Como pode uma coisa dessas? — Qual a graça? — pergunto mais indignada ainda. — Você achou que eu ia me vender? — Longe de mim,— ele encontra na sua grande cadeira. — Imaginava que sua reação seria exatamente essa. Bem Thereza, você tem uma semana para me dar uma resposta. Apenas uma semana. Aguardo ansiosamente sua resposta. Nem me dou ao trabalho de responder ele, dou as costas e saio de sua sala, passo voando por sua secretária que me encara, e entro no elevador. Minha cabeça estava a mil, n
Tessa ClarkJá tinha mais de uma hora que Sarah dormia, então aproveitei para fazer alguma coisa para quando ela acordar comer.Estou seriamente preocupada, ela deu até febre depois que dormiu. E falava coisas desconexas durante o sono.Pensei em ligar para escola e pedir o número da casa dela para falar com a mãe.Só que pensei melhor e decidi aguardar ela, para me falar direito o que houve. Sarah é uma boa menina, ela não iria fugir de casa atoa. Quanto mais eu penso, mas minha cabeça dois.Espero realmente que não seja o que estou pensando. Ela não merece, ninguém merece isso.Estou escorado no balcão que divide a sala e a cozinha, observando ela.Vejo ela se mexer e abrir os devagar.— Oi, como está se sentindo? — pergunto e vejo seus olhos confusos focaram em mim.Ela me encarou, então arregalou os olhos se sentando rapidamente.— Professora, eu, eu — ela começa a ficar agitada, vou para o seu lado e seguro em seus ombros.— Sarah! Fica calma, por favor — falo e ela me encara.—
Elliot Garden O que um bom CEO não faz por um belo contrato? Não é? Pois é, porque cá estou eu há três dias, três longos dias enfiado onde Judas perdeu as botas, e nem wi-fi nesse lugar tem. Um calor dos infernos. Será a primeira coisa que farei, colocar uma wi-fi e um sistema de ar condicionado. O sacrifício dos homens devem ser exaltados. Mas graças a Deus tá chegando, só precisamos achar o caminho correto para voltar para o hotel e assinar o maldito contrato. Quando resolvi comprar o hotel Sharma eu não imaginava que ia ter que passar por tudo isso. — Calma, vamos achar o caminho certo!— ele fala rindo, sempre rindo. — Assim espero.— falo baixo. — Frescura homem! — ele fala balançando a mão. — Até parece que nunca andou em uma floresta. Tenho vontade de esganar o homem à minha frente. É claro que nunca andei. Se tivesse, com certeza estaria menos suado e fedido. Preciso urgente de um banho. Ah, se eu não precisasse desse contrato. — Pense em algo que te mo
Theresa Clark Já faz 2 dias que aquele ser respondeu meu email marcando para hoje o nosso "encontro" para tratar de negócios. Porque era isso que era, negócios. E cá estava eu me arrumando para encontrar ele às 19 horas. Sim, ele quis um jantar para "acertamos", apesar de minha insistência para resolvermos tudo na sua empresa, mas não, o bonito quer lá. Mas se é ele que vai pagar, quem sou eu para falar nada.E ele me enviou o absurdo do contrato dele, onde eu fiz questão de riscar a maior parte das cláusulas. Filho de uma mãe daquele.Como ele ousa dizer que se não quiser passar a ideia de chifruda devo satisfazer ele? Louco. Ele não disse exatamente com essas palavras, mas quis dizer isso. Ah mais eu ia esfregar sua cara no hoje. Ou não me chamo Theresa!Vesti um vestido simples preto, um salto baixo, não passei maquiagem e vamos lá. Queria estar vestida para matar, porém estou sem uma gota de ânimo. Sarah ainda me preocupa, ela anda calada, não está indo a escola, e eu