Elliot Garden
Começo o dia na empresa analisando os novos projetos para construção das filiais.
Os negócios já estavam em quase todo o país, e eu estava pensando em abrir filiais em outros países, e também investir em outros negócios.
Logo que cheguei fui informado pela minha secretária que alguém chamada Theresa Clark gostaria de marcar um horário para falar a respeito das terras que comprei.
Mas comprei tantas nos últimos dias que será difícil saber qual foi.
E esse nome não me era estranho.
E como sendo óbvio, pedi para Albert investigar, e ela era filha do ex-proprietário das terras, que perdeu elas em uma aposta.
Patético, e muito bom para mim.
Os Clarks.
Dei um sorriso.
Um plano sorrateiro começa a surgir em minha mente, mudando meus planos iniciais.
Isso só poderia ser os ventos soprando a meu favor.
Como não pensei nisso antes?
Aceitei a reunião com ela, para saber o que ela quer falar, então estava marcada para depois do almoço.
Meu pai tinha apresentado uma pequena melhora, era pouca, mas qualquer coisa já era bom.
Contratei um fisioterapeuta para fazer alguns exercícios com ele em casa, o médico recomendou e eu achei uma boa ideia.
Mesmo com ele sendo bem cuidado, a preocupação não passa, então eu estou agora ligando novamente para Lídia, para saber.
— Oi Lídia.— falo assim que ela atende.
— Elliot, essa já é a sexta vez filho,— ela fala rindo.— A última foi a dez minutos. Admiro sua preocupação, mas está tudo bem, trabalhe tranquilo.
E desliga.
Acho que o medo de perder alguém está me enlouquecendo antecipadamente, é como dizem, mesmo que um dia todos iremos morrer, ninguém está pronto para perder quem ama. E eu sou uma delas.
Mortes esperadas sofremos antecipadamente, a cada dia.
Mortes repentinas, a ocorrência nos tira o chão.
A sensação que senti quando minha mãe morreu não desejo a ninguém.
Não se preocupe mãe, eu vou cuidar de tudo, como eu prometi.
Saio dos pensamentos com batidas na porta.
— Sr. Garden — Vivian, minha secretária entra na sala. — Vim trazer esses documentos para o senhor assinar.
E debruça exageradamente para frente me entregando os documentos, e a visão esclarecedora do seu decote.
— Obrigada Vivian, pode se retirar.
Porém ela permanece no mesmo lugar.
Encaro ela esperando que fale alguma coisa.
— O senhor tem certeza que não precisa de mais nada? — pergunta lambendo os lábios.
— Não Vivian, pode sair.— a decepção toma conta do seu rosto, mas ela se vira e sai rapidamente.
Já tive um caso com Vivian, apenas uma noite, mas foi o suficiente para ela ficar no meu pé desde então.
Era um saco.
Alguém b**e à porta novamente, não vou terminar esse relatórios nunca, só pode ser os secretários do diabo.
— Cara,— e não é que realmente era? Albert entra pela minha sala, em seu habitual terno.— Você está sabendo?
— Não?— falo ainda com os olhos nos documentos que estava revisando.
— O acionista McCal passou tudo para seu filho.— Agora eu infarto.
— É o'que?— perguntei sem acreditar.
— Você não recebeu o e-mail? — fala e eu rapidamente abri meu notebook e entro em meu e-mail.
A bomba está lá.
McCal é um dos acionistas da minha empresa. Um excelente profissional, totalmente diferente do irresponsável do filho. Que eu odiava com todas as minhas forças.
— Será se ele não aceita vender as suas ações? — Pergunto a Albert.— Faça uma proposta.
— Posso até fazer Elliot, mas acho difícil. — ele fala e vai até o sofá da minha sala e se deita. — O que o filho dele mais quer é atrasar sua vida.
Isso é verdade com toda certeza.
Nossa raiva um com o outro não é de agora, estudamos juntos e desde já a rivalidade já existia.
— Como ele faz uma coisa dessa de uma hora para outra? — pergunto indignado, ele estava em uma reunião comigo semana passada.
— Isso já é fofoca — ele fala — Ouvi dizer que ele vai se casar com a ex-namorada do filho.
Ele me encara e eu encaro ele.
— Sério que ele não percebeu esse golpe? — falo.
— Aparentemente não, já que as ações vão ser divididas entre os dois, e agora o que ele vai deixar para o filho mais novo é muito menor que o esperado.
— Meu deus — falo e passo a mão na cabeça.
— Existe de tudo nesse mundo.
— Com essa bomba é que eu sei que não vou me concentrar. — fala suspirando.
— Cara, relaxa, ele só tem 5% das ações.— ele fala e se levanta e vem até mim.
— Só em vê-lo já me irritarei — falo, mas volto às meus documentos.
— Você vai almoçar? — ele me pergunta já na porta.
— Não, pedi para entregarem aqui.
— Certo, qualquer coisa me chama.
E vai embora.
Depois do almoço volto até usar os contratos, até que Vivian liga avisando que a Theresa Clark já está aguardando, autorizo ela entrar e aguardo.
E a maior surpresa eu tenho quando ela passa pela porta.
Theresa era nada mais, nada menos que Bella.
A Feiticeira da balada.
Esses últimos dias estiveram tão corridos que nem pude procurar por ela, mas o destino é muito bom, porque a trouxe até mim. Porra!
— Theresa Clark, ou devo dizer Bella? — falo sorrindo.
Ela ainda se encontra me encarando atômica.
— Vo..Você? — pergunta — Meu Deus.
Como o mundo é pequeno.
— Sente-se Theresa — falo apontando para a cadeira na frente da minha mesa. — Esse é seu nome mesmo né?
— Sim — ela fala baixo — Eu....me...
— Vamos deixar essa questão para lá por enquanto — falo, mas sua cara estava hilária.
Ela respira fundo.
— Certo,— ele fala mais calma agora — Você sabe por que estou aqui?
— Desconfio. — mentira, eu sabia exatamente, além da pesquisa, o cara que me vendeu ligou avisando que o pai dela ligou desesperado.
— Certo.— começa ainda nervosa, apertando a alça da sua bolsa.— O meu pai fez uma aposta, uma estúpida aposta e perdeu todas as suas terras, ele está juntando dinheiro para recuperar, mas descobriu que já tinham vendido elas.
— Sim,— falo, mas estou mais concentrado em sua boca se movendo. — Continue.
— Eu vim aqui, ver se teria alguma maneira de você nos vender de volta? — fala apreensiva.
Uma ideia começou a surgir na minha cabeça.
Ia lançar meu encanto.
— Você tem o dinheiro? — pergunto apoiando minhas mãos na mesa e lhe encarando. — Eu vendo de volta por 1 milhão de dólares.
Ela arregala os olhos imediatamente.
— Isso tudo? Eu não… — ela se cala e respira fundo — Teria alguma maneira de você dividir? Não temos tudo isso, mas podemos conseguir pelo menos alguma coisa, não precisa ser o terreno todo.
— Infelizmente não posso. O que planejo ocupa toda a área, se eu for vendê-la, venderei toda ou nenhuma. — falo encarando ela.
Vejo seu rosto se desanimar na hora.
— Certo — se levanta da cadeira — Obrigada pelo seu tempo.
E se vira para ir embora, mas antes que ela alcance a porta, eu jogo o meu próprio feitiço.
— Eu tenho uma proposta para você.— falo e ela se vira rapidamente. — Case-se comigo, e dentro de um ano as terras serão suas novamente.
Tessa Clark Ele só poderia estar louco. Não tinha cabimento. Será que os parafusos dele eram a menos? O idiota na cara dura me oferece um absurdo desse. Certo, claro, que eu queria as terras de volta, me oferecer como moeda de troca por conta da estupidez do meu pai? Nunca! — Você está louco? — pergunto indignada. — Como tem coragem de me oferecer uma coisa dessas? Pela sua cara ele não esperava uma reação diferente. — Você é do jeito que eu imaginava — ele ri. Rir. Como pode uma coisa dessas? — Qual a graça? — pergunto mais indignada ainda. — Você achou que eu ia me vender? — Longe de mim,— ele encontra na sua grande cadeira. — Imaginava que sua reação seria exatamente essa. Bem Thereza, você tem uma semana para me dar uma resposta. Apenas uma semana. Aguardo ansiosamente sua resposta. Nem me dou ao trabalho de responder ele, dou as costas e saio de sua sala, passo voando por sua secretária que me encara, e entro no elevador. Minha cabeça estava a mil, n
Tessa ClarkJá tinha mais de uma hora que Sarah dormia, então aproveitei para fazer alguma coisa para quando ela acordar comer.Estou seriamente preocupada, ela deu até febre depois que dormiu. E falava coisas desconexas durante o sono.Pensei em ligar para escola e pedir o número da casa dela para falar com a mãe.Só que pensei melhor e decidi aguardar ela, para me falar direito o que houve. Sarah é uma boa menina, ela não iria fugir de casa atoa. Quanto mais eu penso, mas minha cabeça dois.Espero realmente que não seja o que estou pensando. Ela não merece, ninguém merece isso.Estou escorado no balcão que divide a sala e a cozinha, observando ela.Vejo ela se mexer e abrir os devagar.— Oi, como está se sentindo? — pergunto e vejo seus olhos confusos focaram em mim.Ela me encarou, então arregalou os olhos se sentando rapidamente.— Professora, eu, eu — ela começa a ficar agitada, vou para o seu lado e seguro em seus ombros.— Sarah! Fica calma, por favor — falo e ela me encara.—
Elliot Garden O que um bom CEO não faz por um belo contrato? Não é? Pois é, porque cá estou eu há três dias, três longos dias enfiado onde Judas perdeu as botas, e nem wi-fi nesse lugar tem. Um calor dos infernos. Será a primeira coisa que farei, colocar uma wi-fi e um sistema de ar condicionado. O sacrifício dos homens devem ser exaltados. Mas graças a Deus tá chegando, só precisamos achar o caminho correto para voltar para o hotel e assinar o maldito contrato. Quando resolvi comprar o hotel Sharma eu não imaginava que ia ter que passar por tudo isso. — Calma, vamos achar o caminho certo!— ele fala rindo, sempre rindo. — Assim espero.— falo baixo. — Frescura homem! — ele fala balançando a mão. — Até parece que nunca andou em uma floresta. Tenho vontade de esganar o homem à minha frente. É claro que nunca andei. Se tivesse, com certeza estaria menos suado e fedido. Preciso urgente de um banho. Ah, se eu não precisasse desse contrato. — Pense em algo que te mo
Theresa Clark Já faz 2 dias que aquele ser respondeu meu email marcando para hoje o nosso "encontro" para tratar de negócios. Porque era isso que era, negócios. E cá estava eu me arrumando para encontrar ele às 19 horas. Sim, ele quis um jantar para "acertamos", apesar de minha insistência para resolvermos tudo na sua empresa, mas não, o bonito quer lá. Mas se é ele que vai pagar, quem sou eu para falar nada.E ele me enviou o absurdo do contrato dele, onde eu fiz questão de riscar a maior parte das cláusulas. Filho de uma mãe daquele.Como ele ousa dizer que se não quiser passar a ideia de chifruda devo satisfazer ele? Louco. Ele não disse exatamente com essas palavras, mas quis dizer isso. Ah mais eu ia esfregar sua cara no hoje. Ou não me chamo Theresa!Vesti um vestido simples preto, um salto baixo, não passei maquiagem e vamos lá. Queria estar vestida para matar, porém estou sem uma gota de ânimo. Sarah ainda me preocupa, ela anda calada, não está indo a escola, e eu
Elliot Garden Mulher era um ser que deveria ser estudado. E ela principalmente. Feiticeira do cão!Mulher do gênio forte, e ainda por cima era muito inteligente. Mas também era um desastre em pessoa. Dou risada só de lembrar. Ela quebrou três taças no restaurante, e quase que caia de cara no chão, se não tivesse batido na parede. Não sei qual dos dois seria pior.Deve ter doido, pra cacete.Ainda bem que o restaurante fazia parte dos meus investimentos, se não ela seria cobrada por tudo.Mas também, aquela criatura quase bota o prédio abaixo.Dou gargalhada só de lembrar daquela cena. E ela ficou vermelha como um pimentão.Mas me surpreendeu ao saber analisar o contrato.Eu enviei, para provocar ela, um contrato absurdo, sabia que ela iria vir como uma onça para cima de mim.Uma bela onça.Eu iria gostar, não nego.Mas ela agiu muito bem.Porque na verdade não me importei em pesquisar muito sobre o que ela era. Simplesmente era filha dele, e já era suficiente.Mas naquela noite a
Tessa Clark Merda! Tenho vontade de arrancar meus cabelos fora! É mestria mas as vezes dá, porque o bonito não quer ficar arrumado. Estou tentando fazer um rabo de cavalo, mas está parecendo mais um ninho. Que ódio, meu cabelo sempre faz assim em dias que preciso sair. Mas respiro fundo e tento ajeitar ele mais uma vez. E mais uma vez não deu certo. Suspiro frustrada e desisto. Olho minha roupa e acho que está bom assim. Um vestido branco colado, ia até os joelhos, um salto baixo, uma bolsa simples, e uma imitação barata de um rabo de cavalo. E assim estou proenta para ir assinar aquele maldito contrato que eu só poderia esta com a cabeça enfiada no meio da bunda para pensar em aceitar uma coisa daquelas. E como de lei, antes de conseguir sair do quarto, me abaixei para pegar o meu cartão que deixei cair, e ao levantar me desequilibro e caio contra a cômoda, essa que tinha um lindo porta retrato de vidro, que vai ao chão, só podia ser eu. — Droga! Assim vou acabar c
Tessa Clark Meu corpo se encontra incendiado em partes bem insinuantes, mesmo quatro horas depois de deixar a sala com a cópia do contrato. Aquele miserável sabe como seduzir uma mulher, mas se ele pensa que eu vou cair no seu joguinho ele está muito enganado. E ainda teve a audácia de roubar um beijo. Vê se pode! Cafajeste, crapula, idiota, gostooso, cafajeste. Ah, mas ele não sabe com que está mexendo, ele não perde por esperar. Cafajeste e….. — O que você tanto pensa? — Sarah pergunta. Ela está sentada na mesa, almoçando, enquanto eu estou jogada no sofá olhando para o teto. — Várias coisas — solto um suspiro. — Eu estou sendo um incomodo, né? — ela fala — Jamais, e ainda essa semana vamos resolver a sua situação. — falo agora olhando para ela. — Você não pode faltar tanto na escola. — O que estão falando lá? — ela pergunta preocupada. — Nada que eu tenha escutado. — odeio mentir, mas como já falei, as vezes é totalmente necessário. Estão falando coisas a
Tessa Clark Não consegui nem cochilar a noite pensando em tudo o que aconteceu. Minha vida deu uma virada e eu parei no mesmo lugar. E isso não é nada bom. Mas utilizo as forças que me restam para levantar da cama e ir me arrumar. Pois tem um longo dia de aula pela frente. Pego a roupa de sempre, uma calça jeans e uma blusa de manga, e um casaco, porque hoje está frio. Os cabelos nem preciso falar nada né? Não ficam arrumados de jeito nenhum. Saio do quarto e encontro Bella e Sarah tomando café, e rapidamente me junto a elas. — Bom dia! — pego o café começo a tomar. — Bom dia Tessa — Sarah sorri para mim. — Bom dia — Bella fala desanimada. — O que aconteceu? — pergunto enquanto pego um pedaço de bolo. — Meu irmão me ligou — fico atenta na hora — Minha mãe piorou, ele quer que eu vá vê-la. — Nossa, e você já sabe o que vai fazer? — a relação entre Bella e a mãe dela não era muito boa, na verdade era horrível — Sabe que se não quiser você não precisa ir,