Tessa Clark
Já é segunda novamente.
Mais um dia de luta, aguardando seriamente os dias de Glória que prometeram.
Levanto na força do ódio.
O final de semana foi maravilhoso, aquele cara, o Elliot, foi maravilhoso.
Além de muito educado, atencioso, era bom de cama.
Cheguei em casa às 07:00 da manhã no dia seguinte. E ele ainda pegou meu número, e não, não falei meu nome verdadeiro.
Deixa ele pensar.
Dou risada sozinha enquanto me arrumo.
Visto uma calça jeans, uma camiseta branca, calço um sapato e estou pronta. Sendo sincera, não consigo ir chique, mais pareço uma aluna que uma professora.
Coloco meu óculos de grau e pego minha mochila, como não conseguir fazer nada no sábado, o domingo todo foi corrigindo provas e fazendo o planejamento semanal.
E ainda respirando fundo, e pedindo aos céus paciência, já imaginado a indaga dia alunos que tiraram notas baixas.
Eu não me considero uma professora ruim, na verdade sou muito elogiada pela maior parte dos alunos.
Mas sempre tem aqueles, e sempre também tem professores ruins, e existem muitos. Mas com meus alunos tento ser o melhor possível.
Especialmente quando dou aula aos alunos da Creche. Ali são os meus bebês, meu Deus eu amo crianças!
Quando eu for mãe, com toda certeza serei uma mãe muito babona.
— Bella! Estou saindo.— grito na porta do seu quarto. Ela ainda chegou depois de mim no outro dia. Respeitando a todo momento que tinha cometido um erro.
Quando perguntei o que tinha acontecido.
Ela disse que tinha cometido um erro muito gostoso. E riu.
Vai entender essa doida.
— Está certo! — Grita atrás da porta.— Venha para o almoço.
Bella sabia cozinhar qualquer coisa. Parecia mais de fada, e salvava eu, que sabia cozinhar, mas a comida tinha um gosto duvidoso.
Cheguei no ponto de ônibus bem na hora que ele vai parando! Graças a Deus.
Táxis estão mais caros que tudo, e a privacidade de eu ser demitida depois dessas notas nós queridinhos era bem grande. Eu recebia bem, mas nem por isso, me dava luxo.
Quando o ônibus para , eu ainda caminho um pouco e chego em frente ao grande colégio, ao todo, ele atende desde a creche, que pega alunos de 03 anos acima, até o ensino médio.
Era um colégio bem grande, e as áreas eram divididas de acordo com os ensinos. Junto era somente a área que ficava a diretoria e sala dos professores, e sala de reunião.
E caminho em direção a fala dos professores, às vezes era impossível evitar passar lá. Então era o jeito, chego e abro a porta devagar, quando constato que não tem ninguém eu entro e vou até meu armário.
Enquanto pego algumas coisas no armário sinto um vento bater e meus pêlos se arrepiam.
E descubro o porque segundos depois.
— Olha que beleza logo pela manhã.— escuto e me viro rapidamente para ver Jess atrás de mim. — Gostaria mesmo de ver você.
Meu estômago revira com repulsa só em ver ele.
Quando ele fala então, parece que estou já vomitando.
E para completar, ele está a poucos passos de mim.
— O que você quer? — falo com firmeza.
Ele dá um sorriso, se fosse em outra época, esse sorriso teria sido lindo, mas hoje? Nojo total.
Mas ele só tinha beleza por fora, os cabelos castanhos em um corte militar, os olhos encantadores, encantava qualquer uma, menos eu. Não mais. Por dentro ele não tinha nada de bonito.
— Você é tão linda! — fala e passa a língua pelos lábios. — Sonho com você às vezes Tessa.
Vou vomitar.
— Não te dei essa liberdade de me chamar assim. — falo para ele. — Fale o que quer e me deixe em paz!
— Calma, e só queria ver você e .......— ele fecha rapidamente aí ver que a professora de História, Sra Figueiredo entrou, elas nos encara, mas disfarça rapidamente.— Bom dia Sra Figueiredo, como eu ia dizendo Theresa, quero a participação dos seus alunos de matemática na olimpíada.
— O quê? — desgraçado muda completamente o que fala.
— Como eu falei anteriormente,— ele não tem nem vergonha na cara.— Mando para seu e-mail todas as informações.
Ele dá tchau para mim e para a Sra Figueiredo e sai da sala, me deixando atômica no lugar.
Eu mereço, era só o que faltava.
Respiro fundo tentando não surtar, termino de pegar minhas coisas e saio da sala. Só aquele encontro com ele e alguém ter visto, já era motivo para um grande rebuliço de fofocas.
Vou em direção a sala, quando entro Sarah já está na sala.
— Bom dia professora! — ela fala animada. — Vai entregar as provas hoje? Estou ansiosa.
— Bom dia! Sim Sarah — falo sorrindo. — Não sei porque a ansiedade, você sempre se sai bem.
Sarah era uma menina muito doce, vinha de uma família humilde, era bolsista, e umas das, senão a mais inteligente da turma, e não só na minha matéria, em quase todas.
— Vai que dessa vez eu fui mal.— fala roendo a unha.
— Você sabe que não Sarah! Você é muito esforçada — falo para ela. — Como foi o final de semana?
Ela murcha um pouco.
— Foi bom.— fala já não tão animada. Eu desconfiava que Sarah tinha sérios problemas familiares em casa. Eu tentando não me meter, mas eu gostava muito dela.
Coloco minhas coisas na mesa, e vou em direção a ela.
— Está tudo bem Sarah? — pergunto olhando nos seus olhos, vejo a mesma vacilar.
— Eu queria te contar uma coisa, mas.... — Ela começa meio hesitante — Eu...— mas antes que ela termine vários alunos entram na sala, então ela fica quieta novamente.
— Depois conversamos — falo para ela. — Bom dia turma!
Ela balança a cabeça concordando.
Então eu vou recebendo uma enxurrada de bons dias.
Toda escola tem seus grupos, eu observo os grupos se formando, à medida que os alunos entram.
Apesar dos pesares, eu amava o que fazia, e não trocava por nada.
Dou um sorriso a todos, e início a aula.
O dia já não tinha começado muito bom, mas mal sabia eu que mais tarde era que as coisas iriam piorar.
Não imaginava nada disso, quando recebi do meu pai, que eu não falava a meses a seguinte mensagem:
"Thereza, preciso da sua ajuda. Me ligue assim que puder."
Nem um "Como você está filha."
Mas devia esperar.
Ela não mandaria uma mensagem daquela por nada.
A coisa era séria.
E eu não imaginava como iria encontrar uma saída.
Elliot GardenEu só podia ter jogado pedra na cruz em outra vida. Estava tudo ruindo. E o pior e a preocupação, a preocupação me domina assim que falo com o médico só de o estado do meu pai. Já estava antes e agora piorou mil vezes. Meu estava internado, passou mal na tarde de domingo. — Ele não quer o transplante.— falo ao médico.— Não tem outra coisa que poderia ser feito? Algo que pudesse melhorar? Estou praticamente desesperado. — Sinto muito.— ele fala me confortando.— O que é possível fazer além do transplante já estamos fazendo. Estamos dando o nosso melhor para a recuperação do seu pai.— ele continua.— Mas a condição dele é preocupante e delicada, e a idade não contribui. — Ele vai poder ir para casa? — pergunto, minha vontade era chorar, mas precisava ser forte. — Vou liberar ele, ficar em casa com a família é muito melhor, já que os medicamentos são orais não irá afetar o tratamento.— fala e vai saindo, mas antes que dê muitos passos volta.— Mas a qualquer sinal de
Tessa ClarkEu devia estar parecendo uma louca correndo pelas ruas, as buzinas fazendo uma festa.Eu só espero que eles não me atropelem, eu posso parecer louca, mas tenho amor à minha vida.Os óculos de grau já devem ter caído umas 20 vezes. Mas era necessário, meu pai se encontrava na lanchonete que eu acabei de para em frente. Aproveitei o horário de almoço para ir falar com ele, e só precisaria retornar à escola nas últimas duas aulas da tarde.Respiro fundo e entro procurando ele, o vejo sentado em uma mesa no canto, lendo um jornal.Caminho até ele meio hesitante. Parecia vários anos mais velho, que da última vez. — Oi pai.— falo assim que chegou à mesa. Ele tira os olhos do jornal e me olha com seus óculos. — Como vai? — Theresa, sente-se — fala, e eu sinto falta de outras palavras de carinho. — Aconteceu alguma coisa? — pergunto me sentando à sua frente. Ele coloca o jornal de lado.— Eu caí em um golpe.— ele fala como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Como? — a
Elliot Garden Começo o dia na empresa analisando os novos projetos para construção das filiais. Os negócios já estavam em quase todo o país, e eu estava pensando em abrir filiais em outros países, e também investir em outros negócios.Logo que cheguei fui informado pela minha secretária que alguém chamada Theresa Clark gostaria de marcar um horário para falar a respeito das terras que comprei.Mas comprei tantas nos últimos dias que será difícil saber qual foi.E esse nome não me era estranho.E como sendo óbvio, pedi para Albert investigar, e ela era filha do ex-proprietário das terras, que perdeu elas em uma aposta. Patético, e muito bom para mim.Os Clarks.Dei um sorriso.Um plano sorrateiro começa a surgir em minha mente, mudando meus planos iniciais. Isso só poderia ser os ventos soprando a meu favor. Como não pensei nisso antes? Aceitei a reunião com ela, para saber o que ela quer falar, então estava marcada para depois do almoço. Meu pai tinha apresentado uma pequena me
Tessa Clark Ele só poderia estar louco. Não tinha cabimento. Será que os parafusos dele eram a menos? O idiota na cara dura me oferece um absurdo desse. Certo, claro, que eu queria as terras de volta, me oferecer como moeda de troca por conta da estupidez do meu pai? Nunca! — Você está louco? — pergunto indignada. — Como tem coragem de me oferecer uma coisa dessas? Pela sua cara ele não esperava uma reação diferente. — Você é do jeito que eu imaginava — ele ri. Rir. Como pode uma coisa dessas? — Qual a graça? — pergunto mais indignada ainda. — Você achou que eu ia me vender? — Longe de mim,— ele encontra na sua grande cadeira. — Imaginava que sua reação seria exatamente essa. Bem Thereza, você tem uma semana para me dar uma resposta. Apenas uma semana. Aguardo ansiosamente sua resposta. Nem me dou ao trabalho de responder ele, dou as costas e saio de sua sala, passo voando por sua secretária que me encara, e entro no elevador. Minha cabeça estava a mil, n
Tessa ClarkJá tinha mais de uma hora que Sarah dormia, então aproveitei para fazer alguma coisa para quando ela acordar comer.Estou seriamente preocupada, ela deu até febre depois que dormiu. E falava coisas desconexas durante o sono.Pensei em ligar para escola e pedir o número da casa dela para falar com a mãe.Só que pensei melhor e decidi aguardar ela, para me falar direito o que houve. Sarah é uma boa menina, ela não iria fugir de casa atoa. Quanto mais eu penso, mas minha cabeça dois.Espero realmente que não seja o que estou pensando. Ela não merece, ninguém merece isso.Estou escorado no balcão que divide a sala e a cozinha, observando ela.Vejo ela se mexer e abrir os devagar.— Oi, como está se sentindo? — pergunto e vejo seus olhos confusos focaram em mim.Ela me encarou, então arregalou os olhos se sentando rapidamente.— Professora, eu, eu — ela começa a ficar agitada, vou para o seu lado e seguro em seus ombros.— Sarah! Fica calma, por favor — falo e ela me encara.—
Elliot Garden O que um bom CEO não faz por um belo contrato? Não é? Pois é, porque cá estou eu há três dias, três longos dias enfiado onde Judas perdeu as botas, e nem wi-fi nesse lugar tem. Um calor dos infernos. Será a primeira coisa que farei, colocar uma wi-fi e um sistema de ar condicionado. O sacrifício dos homens devem ser exaltados. Mas graças a Deus tá chegando, só precisamos achar o caminho correto para voltar para o hotel e assinar o maldito contrato. Quando resolvi comprar o hotel Sharma eu não imaginava que ia ter que passar por tudo isso. — Calma, vamos achar o caminho certo!— ele fala rindo, sempre rindo. — Assim espero.— falo baixo. — Frescura homem! — ele fala balançando a mão. — Até parece que nunca andou em uma floresta. Tenho vontade de esganar o homem à minha frente. É claro que nunca andei. Se tivesse, com certeza estaria menos suado e fedido. Preciso urgente de um banho. Ah, se eu não precisasse desse contrato. — Pense em algo que te mo
Theresa Clark Já faz 2 dias que aquele ser respondeu meu email marcando para hoje o nosso "encontro" para tratar de negócios. Porque era isso que era, negócios. E cá estava eu me arrumando para encontrar ele às 19 horas. Sim, ele quis um jantar para "acertamos", apesar de minha insistência para resolvermos tudo na sua empresa, mas não, o bonito quer lá. Mas se é ele que vai pagar, quem sou eu para falar nada.E ele me enviou o absurdo do contrato dele, onde eu fiz questão de riscar a maior parte das cláusulas. Filho de uma mãe daquele.Como ele ousa dizer que se não quiser passar a ideia de chifruda devo satisfazer ele? Louco. Ele não disse exatamente com essas palavras, mas quis dizer isso. Ah mais eu ia esfregar sua cara no hoje. Ou não me chamo Theresa!Vesti um vestido simples preto, um salto baixo, não passei maquiagem e vamos lá. Queria estar vestida para matar, porém estou sem uma gota de ânimo. Sarah ainda me preocupa, ela anda calada, não está indo a escola, e eu
Elliot Garden Mulher era um ser que deveria ser estudado. E ela principalmente. Feiticeira do cão!Mulher do gênio forte, e ainda por cima era muito inteligente. Mas também era um desastre em pessoa. Dou risada só de lembrar. Ela quebrou três taças no restaurante, e quase que caia de cara no chão, se não tivesse batido na parede. Não sei qual dos dois seria pior.Deve ter doido, pra cacete.Ainda bem que o restaurante fazia parte dos meus investimentos, se não ela seria cobrada por tudo.Mas também, aquela criatura quase bota o prédio abaixo.Dou gargalhada só de lembrar daquela cena. E ela ficou vermelha como um pimentão.Mas me surpreendeu ao saber analisar o contrato.Eu enviei, para provocar ela, um contrato absurdo, sabia que ela iria vir como uma onça para cima de mim.Uma bela onça.Eu iria gostar, não nego.Mas ela agiu muito bem.Porque na verdade não me importei em pesquisar muito sobre o que ela era. Simplesmente era filha dele, e já era suficiente.Mas naquela noite a