Clara é uma jovem universitária que em uma de suas idas matinais à cafeteria, acaba conhecendo por acidente um lindo homem chamado Dante. Ela nem pode imaginar a gravidade dos segredos que seu novo amigo esconde de todos que estão ao seu redor. Será que ela pode transformar alguém que odeia o amor a ponto de matar uma pessoa friamente?
Ler maisHoje faz cinco anos que Denis morreu, e também que minha filha linda nasceu. Minha vida neste período de tempo mudou completamente. Pois a quatro anos atrás eu finalmente me casei com a mulher que eu tanto amo. Acabei ficando no lugar de Denis, a pedido de seu pai, de acordo com ele não tinha pessoa melhor para ficar no lugar de seu filho. Hoje é o aniversário da minha pequena, então arrumo minhas coisas para ir almoçar com elas. Chego em casa na hora do almoço. Abro a porta e percebo que a casa está um silêncio. Estranho, sempre quando chego elas vêm me receber, mas estranho ainda e não escutar nenhum barulho. — Clara! — chamo. Logo consigo escutar os passos de minha pequena correr pela casa. Ela aponta na sala e quando me vê vem correndo pros meus braços. — Papai! — diz toda animada. — Oi princesa! Eu a abraço forte e a encho de beijos. Ela sorri. Ela é um anjo assim como a mãe. As únicas coisas que ela tinha em comum com aquele mostro eram os olhos azuis e o cabelo loiro. Tir
Abro os olhos com dificuldade por causada da claridade. Aos poucos percebo que estou em um quarto de hospital. Vejo que tem uma pessoa sentada na cadeira. É Marcos. Como uma avalanche as lembranças surgem em minha cabeça. Por extinto levo minha mão sobre minha barriga. Só que meu bebê, não mais está aqui dentro. — Marcos! — ele levanta a cabeça e olha na minha direção. Ao constatar que já acordei, ele se levanta abruptamente e vem para meu lado. — Nossa filha! Onde ela está? — Ela está bem, está na incubadora por ter nascido de sete meses. — diz e alisa meu rosto. Fecho meus olhos por um instante para sentir seu carinho, mas logo os abro. — Você me assustou. Pensei que desta vez tinha realmente lhe perdido. — Eu estou bem. Mas nossa menina corre algum perigo. — De acordo com a Mia, ela é uma bebezinha muito forte. Ela vai superar. — Escuto suas palavras e sinto um alívio imenso. Minha pequena estava bem. — Você já a viu? — Sim! Ela é linda apesar de ser tão pequena, mas ela é tã
Quando eles disseram que estavam perdendo-a, simplesmente entrei em desespero. Não posso perdê-la, a amo de mais para permitir que ela me deixe. — CLARA? Volta, por favor, volta você não pode fazer isso comigo. — A máquina mostrava que o coração não estava mais batendo. — Senhor se acalme. — disse um enfermeiro me afastando dela. — Não, vocês têm que salvá-la. — Senhor! — Tire-o daqui. — diz Mia, então o homem que estava me segurando até então me levou para fora da sala. Onde fiquei relutantemente andando de um lado para o outro. Os minutos foram passando e nada de notícias. Nada de Clara e nem de minha filha. Meu Deus a minha menininha, ela nasceu roxa devido à falta de ar. Tomara que ela fique bem. Nem Clara, nem eu, suportaríamos a morte dela. Eu sei que ela não vai morrer. Ela é muito forte. Tenho certeza que as duas vão ficar bem. Em meio aos meus pensamentos não percebo que a Mia se aproxima. — Marcos! — Mia! Como elas estão? — quebro a distância entre nós dois. — Estã
Abro os olhos e dou de cara com Denis em minha frente, seu corpo caído no chão. Eu me abaixo. — Denis!?… o que você fez? — ele abriu um sorriso. — Eu consegui proteger vocês duas, como disse, eu daria minha vida por você e foi isso que fiz. Agora posso partir em paz pois sei que cumpri meu propósito na terra, ser seu eterno anjo da guarda. — Então ele fecha os olhos. — Abre os olhos Denis, reage. — Fico tentando fazê-lo reagir, mas não funciona. Olho para Marcos, vejo que ele está apontando a arma para Dante. Sem tirar os olhos de Dante ele pergunta: — Você está bem? — Estou, mas ele tá sangrando muito. — Com a mão livre Marcos pega seu celular e o jogou para mim. — Ligue para o socorro rápido. Com o celular em mãos ligo para a delegacia, falo que Denis foi ferido, a pessoa que me atendeu diz que o reforço já deve estar chegando e que tem uma ambulância com eles. Desligo o celular. — Eles disseram que estão a caminho. — Falo chorando ao abraçar o corpo inerte de Denis. — Denis
O caminho até o sítio foi difícil por causa da chuva forte demorou mais que o esperado, mas chegamos. A casa estava em um breu total, o que me deixou em alerta. Agora que sabemos que Sérgio na verdade se chama Dante e é o assassino em série que procuramos, nos preocupa, pois chegar aqui e ver a casa neste estado não é um bom sinal. Tenho raiva de mim mesmo nesse momento, como não percebi que era ele o tempo todo, ele conseguiu nos enganar. E o pior foi ter deixado Clara aqui com ele. Saímos do carro. Sérgio já chegou, pois, seu carro está aqui. Fomos em direção a casa. Assim que abrimos a porta vejo um corpo perto da mesma. Ele tinha sido rápido. Nem deve ter esperado muito para atacar, aproveitou o momento que teve livre da nossa presença para pegá-la. Com arma em punho Denis e eu subimos a escada indo até o quarto de Clara na esperança de encontrá-la bem e dormindo. Porém isso era querer demais. Mas estava torcendo para que ele fosse burro o bastante para ainda não ter fugido ou
Acordo assustada, não acredito que lembrei. Era por isso que ele queria que eu me lembrasse. Foi ele, o Dante que matou a Duda e aquelas outras mulheres. Não acredito que confiei e me apaixonei por ele. O pior é estar grávida de uma filha dele, minha filha não merece um pai desse. Me levanto da cama, percebo que à casa está quieta, só escuto o barulho da chuva. Meu quarto estava digno de um filme de terror. Pois estava sendo iluminado pelos clarões vindos dos relâmpagos. As cortinas das portas da sacada balançavam conforme o vento entrava pelas portas que estavam abertas. Pude ver que chovia muito lá fora, não era atoa que estava relampeando. Vou até o interruptor, mas as lâmpadas não se acenderam. Deveríamos estar sem energia devido à chuva forte. Abro a porta e saio do quarto. Chamo pelos policiais que costumavam estar no segundo andar, mas não obtive respostas. Contínuo seguindo para a escada quando tropeço em algo. Ao conferir para saber em que bati levei um susto. Me controlo
Estava lendo um livro na sala quando vi Clara passar correndo para o escritório e pela cara dela não era boa coisa, na mesma hora parei de ler e fiquei atento a qualquer barulho vindo de lá. Não demorou muito e escutei as vozes exaltadas de Clara e Marcos. Pelo que parece logo terei que intervir, Clara não pode se estressar por causa da gravidez e nenhum dos dois percebeu isso. Sem mais demora me levanto e entro no escritório. Clara está chorando. Marcos tentava sem aproximar dela, mas era em vão. — Clara, tudo bem por aqui? — ela se virou e correu para meus braços me abraçando apertado. — Ei calma aí, assim você me sufoca. — Me tira daqui por favor. — Concordo com um aceno e guio ela para fora, mas fui interrompido. — Pequena me escuta. — Marcos agora não. Por hora ela só precisa se acalmar e perto de você isso não vai acontecer. — Mas! — Mas nada! Ela já se estressou demais por um dia, se você não se lembra a gravidez dela é de risco. Quando ela estiver mais calma vocês conve
Adivinhem o que estou fazendo. Montando a árvore de natal e decorando a casa. Pois o natal está chegando faltam apenas 5 dias. Sei que não será o meu melhor natal, mas é o que tenho. Não pude comprar os presentes, porém pedi tia Kiara que comprasse para mim. Tenho que dizer que depois que dei uma escapulida e fui para meu antigo apartamento percebi que nunca tive e nem tenho culpa pelos assassinatos. Eu como as outras sou apenas uma vítima. Depois que me livrei dessa culpa minha saúde até melhorou. Já consigo comer melhor sem passar mal. Por causa disso consegui ganhar mais peso e minha barriga ficou maior. Então agora estou com mais dificuldade de fazer as coisas, por exemplo, vou ter que chamar Marcos para colocar a estrela no topo da árvore. O chamo e ele sobe na pequena escada para colocar a estrela. Depois que ele desse vem até mim e me abraça por trás. — Está tudo lindo. — Sim está, você caprichou. — diz beijando o topo da minha cabeça. — Sabe o que eu estava lembrando. —
Tomo coragem e saio do carro e entro no edifício. Subo até meu apartamento. Paro enfrente a porta que está lacrada com fitas amarelas de não ultrapasse. As rasgo para poder entrar. Na sala uma porta em minha cabeça parece se abrir, muitas memórias me vêm daquele dia. Eu tinha viajado com Marcos, mas por causa de nossa briga resolvi voltar mais cedo. Lembro de chegar e ver a porta aberta o que era estranho pois não tínhamos o costume de fazer isso. Escuto um grito e corro para o quarto de Duda. Faço o mesmo assim como na minha memória. Chego no quarto, vejo Duda no chão coberta por sangue, e há um homem perto dela, sei que o conheço. Posso sentir isso, mas não consigo ver seu rosto. Minhas memórias param por aí. Voltando a realidade, vejo que estou parada na porta do quarto de Duda, assim como nos outros cômodos têm faixas amarelas. Entro, no chão ainda pude se ver o sangue. Vou até lá. Me sento no chão. — Desculpa Duda! Se eu tivesse chegado um pouco mais cedo poderia tê-la salvad