Acordo assustada, não acredito que lembrei. Era por isso que ele queria que eu me lembrasse. Foi ele, o Dante que matou a Duda e aquelas outras mulheres. Não acredito que confiei e me apaixonei por ele. O pior é estar grávida de uma filha dele, minha filha não merece um pai desse. Me levanto da cama, percebo que à casa está quieta, só escuto o barulho da chuva. Meu quarto estava digno de um filme de terror. Pois estava sendo iluminado pelos clarões vindos dos relâmpagos. As cortinas das portas da sacada balançavam conforme o vento entrava pelas portas que estavam abertas. Pude ver que chovia muito lá fora, não era atoa que estava relampeando. Vou até o interruptor, mas as lâmpadas não se acenderam. Deveríamos estar sem energia devido à chuva forte. Abro a porta e saio do quarto. Chamo pelos policiais que costumavam estar no segundo andar, mas não obtive respostas. Contínuo seguindo para a escada quando tropeço em algo. Ao conferir para saber em que bati levei um susto. Me controlo
O caminho até o sítio foi difícil por causa da chuva forte demorou mais que o esperado, mas chegamos. A casa estava em um breu total, o que me deixou em alerta. Agora que sabemos que Sérgio na verdade se chama Dante e é o assassino em série que procuramos, nos preocupa, pois chegar aqui e ver a casa neste estado não é um bom sinal. Tenho raiva de mim mesmo nesse momento, como não percebi que era ele o tempo todo, ele conseguiu nos enganar. E o pior foi ter deixado Clara aqui com ele. Saímos do carro. Sérgio já chegou, pois, seu carro está aqui. Fomos em direção a casa. Assim que abrimos a porta vejo um corpo perto da mesma. Ele tinha sido rápido. Nem deve ter esperado muito para atacar, aproveitou o momento que teve livre da nossa presença para pegá-la. Com arma em punho Denis e eu subimos a escada indo até o quarto de Clara na esperança de encontrá-la bem e dormindo. Porém isso era querer demais. Mas estava torcendo para que ele fosse burro o bastante para ainda não ter fugido ou
Abro os olhos e dou de cara com Denis em minha frente, seu corpo caído no chão. Eu me abaixo. — Denis!?… o que você fez? — ele abriu um sorriso. — Eu consegui proteger vocês duas, como disse, eu daria minha vida por você e foi isso que fiz. Agora posso partir em paz pois sei que cumpri meu propósito na terra, ser seu eterno anjo da guarda. — Então ele fecha os olhos. — Abre os olhos Denis, reage. — Fico tentando fazê-lo reagir, mas não funciona. Olho para Marcos, vejo que ele está apontando a arma para Dante. Sem tirar os olhos de Dante ele pergunta: — Você está bem? — Estou, mas ele tá sangrando muito. — Com a mão livre Marcos pega seu celular e o jogou para mim. — Ligue para o socorro rápido. Com o celular em mãos ligo para a delegacia, falo que Denis foi ferido, a pessoa que me atendeu diz que o reforço já deve estar chegando e que tem uma ambulância com eles. Desligo o celular. — Eles disseram que estão a caminho. — Falo chorando ao abraçar o corpo inerte de Denis. — Denis
Quando eles disseram que estavam perdendo-a, simplesmente entrei em desespero. Não posso perdê-la, a amo de mais para permitir que ela me deixe. — CLARA? Volta, por favor, volta você não pode fazer isso comigo. — A máquina mostrava que o coração não estava mais batendo. — Senhor se acalme. — disse um enfermeiro me afastando dela. — Não, vocês têm que salvá-la. — Senhor! — Tire-o daqui. — diz Mia, então o homem que estava me segurando até então me levou para fora da sala. Onde fiquei relutantemente andando de um lado para o outro. Os minutos foram passando e nada de notícias. Nada de Clara e nem de minha filha. Meu Deus a minha menininha, ela nasceu roxa devido à falta de ar. Tomara que ela fique bem. Nem Clara, nem eu, suportaríamos a morte dela. Eu sei que ela não vai morrer. Ela é muito forte. Tenho certeza que as duas vão ficar bem. Em meio aos meus pensamentos não percebo que a Mia se aproxima. — Marcos! — Mia! Como elas estão? — quebro a distância entre nós dois. — Estã
Abro os olhos com dificuldade por causada da claridade. Aos poucos percebo que estou em um quarto de hospital. Vejo que tem uma pessoa sentada na cadeira. É Marcos. Como uma avalanche as lembranças surgem em minha cabeça. Por extinto levo minha mão sobre minha barriga. Só que meu bebê, não mais está aqui dentro. — Marcos! — ele levanta a cabeça e olha na minha direção. Ao constatar que já acordei, ele se levanta abruptamente e vem para meu lado. — Nossa filha! Onde ela está? — Ela está bem, está na incubadora por ter nascido de sete meses. — diz e alisa meu rosto. Fecho meus olhos por um instante para sentir seu carinho, mas logo os abro. — Você me assustou. Pensei que desta vez tinha realmente lhe perdido. — Eu estou bem. Mas nossa menina corre algum perigo. — De acordo com a Mia, ela é uma bebezinha muito forte. Ela vai superar. — Escuto suas palavras e sinto um alívio imenso. Minha pequena estava bem. — Você já a viu? — Sim! Ela é linda apesar de ser tão pequena, mas ela é tã
Hoje faz cinco anos que Denis morreu, e também que minha filha linda nasceu. Minha vida neste período de tempo mudou completamente. Pois a quatro anos atrás eu finalmente me casei com a mulher que eu tanto amo. Acabei ficando no lugar de Denis, a pedido de seu pai, de acordo com ele não tinha pessoa melhor para ficar no lugar de seu filho. Hoje é o aniversário da minha pequena, então arrumo minhas coisas para ir almoçar com elas. Chego em casa na hora do almoço. Abro a porta e percebo que a casa está um silêncio. Estranho, sempre quando chego elas vêm me receber, mas estranho ainda e não escutar nenhum barulho. — Clara! — chamo. Logo consigo escutar os passos de minha pequena correr pela casa. Ela aponta na sala e quando me vê vem correndo pros meus braços. — Papai! — diz toda animada. — Oi princesa! Eu a abraço forte e a encho de beijos. Ela sorri. Ela é um anjo assim como a mãe. As únicas coisas que ela tinha em comum com aquele mostro eram os olhos azuis e o cabelo loiro. Tir
Eu dirigi pela estrada sinuosa até a casa de campo de Lúcia, meus faróis iluminando o caminho à medida que eu me aproximava da localização indicada pelo GPS. Um vento suave soprando pelas janelas abertas do veículo. Do lado de fora as árvores bordavam o caminho agora de cascalho, certamente levantando nuvens de poeira. O motor roncava suavemente enquanto eu parava o carro na frente da casa, então eu saí do carro e fecho a porta com um estalido. Estico os braços e sorrio ao sentir o ar fresco da noite em meu rosto. A casa, situada em uma pequena colina, oferecia uma vista deslumbrante da paisagem noturna. O céu estava salpicado de miríades de pontinhos brilhantes, que piscavam e dançavam como se estivessem vivos. O céu limpo iluminava o caminho de pedras até a casa. e lá estava ela: a casa de campo perfeita, iluminada pelo brilho das estrelas. Era uma construção modesta, mas charmosa, com uma varanda acolhedora e janelas que brilhavam como olhos sorridentes. O telhado de telhas verm
Sabe aqueles dias que você tem que acordar cedo, mas dorme às três da manhã, pois ficou vendo serie até tarde. Então, pois é, se eu tivesse um pouco mais de controle sobre as minhas vontades, não faria isso, ainda, mas sabendo que tenho que acordar cedo para ir trabalhar.Porém ao que parece sou o tipo de pessoa que gosta de testar a sorte que tem, e é por este motivo que estou correndo feito uma louca pela calçada tentando me apressar para chegar à cafeteria, pois mais uma vez estou atrasada para o trabalho, nem consegui tomar o café da manhã, definitivamente não nasci para ter que acordar cedo.Como tenho o costume de levar café para Marcos toda vez que chego atrasada, ainda tenho que passar na cafeteria, sei que parece um tipo de suborno, mas não é, talvez só um pouco, mas também é uma forma de amenizar as "broncas" que irei levar. Vou aproveitar para comprar algo para mim também, já que não tive tempo de comer nada mesmo. Não podia me dar ao luxo de perder aquele cafezinho maravil