Eu dirigi pela estrada sinuosa até a casa de campo de Lúcia, meus faróis iluminando o caminho à medida que eu me aproximava da localização indicada pelo GPS. Um vento suave soprando pelas janelas abertas do veículo. Do lado de fora as árvores bordavam o caminho agora de cascalho, certamente levantando nuvens de poeira. O motor roncava suavemente enquanto eu parava o carro na frente da casa, então eu saí do carro e fecho a porta com um estalido. Estico os braços e sorrio ao sentir o ar fresco da noite em meu rosto. A casa, situada em uma pequena colina, oferecia uma vista deslumbrante da paisagem noturna. O céu estava salpicado de miríades de pontinhos brilhantes, que piscavam e dançavam como se estivessem vivos. O céu limpo iluminava o caminho de pedras até a casa. e lá estava ela: a casa de campo perfeita, iluminada pelo brilho das estrelas. Era uma construção modesta, mas charmosa, com uma varanda acolhedora e janelas que brilhavam como olhos sorridentes. O telhado de telhas verm
Sabe aqueles dias que você tem que acordar cedo, mas dorme às três da manhã, pois ficou vendo serie até tarde. Então, pois é, se eu tivesse um pouco mais de controle sobre as minhas vontades, não faria isso, ainda, mas sabendo que tenho que acordar cedo para ir trabalhar.Porém ao que parece sou o tipo de pessoa que gosta de testar a sorte que tem, e é por este motivo que estou correndo feito uma louca pela calçada tentando me apressar para chegar à cafeteria, pois mais uma vez estou atrasada para o trabalho, nem consegui tomar o café da manhã, definitivamente não nasci para ter que acordar cedo.Como tenho o costume de levar café para Marcos toda vez que chego atrasada, ainda tenho que passar na cafeteria, sei que parece um tipo de suborno, mas não é, talvez só um pouco, mas também é uma forma de amenizar as "broncas" que irei levar. Vou aproveitar para comprar algo para mim também, já que não tive tempo de comer nada mesmo. Não podia me dar ao luxo de perder aquele cafezinho maravil
Chego ao trabalho carregando o copo de café do meu chefe e vou direto para a sala do Marcos, sei que ele deve estar irritado por causa do meu atraso. Hoje eu realmente me atrasei bastante e como funcionária e acionista minoritária não deveria fazer disso um hábito. Paro em frente à porta, respiro fundo e depois de tomar coragem bato à porta. Ouço a voz dele pedindo para entrar e assim que adentro a sala vejo que ele está em pé perto da janela ao telefone, espero parada em pé próxima a porta. Vendo que não terminei de entrar, ele faz um sinal para que me sente na cadeira em frente a sua mesa. Vou até a cadeira e me sento. Falando ao telefone, sua voz soava grave e confiante, ele parecia estar pronto para enfrentar qualquer desafio, afinal ele era o dono da empresa e ele só tinha vinte e sete anos. Discretamente olho para ele e o mesmo estava impecável em seu terno preto, que realçava sua altura e musculatura, combinando perfeitamente com seu cargo. Seus cabelos escuros que chegava
Em minha sala impaciente, olho para o relógio em meu pulso. Clara como sempre está atrasada, mas confesso que adoro isso nela. Ela é perfeita assim, mas como sou o chefe, tenho que ser rígido, pelo menos as vezes. A verdade é que sempre fui apaixonado por ela, mas como ela era filha dos Petterson, e de acordo com meu pai eles eram os culpados pela morte de minha mãe, o que mais tarde descobri que não era verdade só que ele insistia em acreditar no contrário, portanto por causa dele tive que me manter distante de Clara, mas nunca deixando de ser seu amigo e sempre que possível, tento me aproximar dela.Quando fiquei sabendo que ela faria faculdade aqui na cidade, logo deduzi que precisaria de trabalho um trabalho para se sustentar, vi a oportunidade perfeita para me aproximar dela novamente, mas sempre sendo discreto, pois os meus funcionários não podem nem sonhar que eu estava fazendo isso por puro interesse pessoal.Quando ela chegou esta manhã mais uma vez atrasada, tive que falar a
Eu já estava arrumada para ir para a faculdade, pois já eram 6h30min hora que minha aula começaria. Já havia terminado de fazer tudo na minha sala, só faltava desligar o computador para enfim poder ir. Sem que eu percebesse Marcos parou na porta e ficou ali parado, me observando e quando me virei dei de cara com ele. — Nossa você me assustou! — Desculpa não foi minha intenção. Só vim perguntar se você quer carona? — Ah não sei! Acho melhor não. — Digo meio sem jeito. — Por quê? Se você me der um bom motivo posso desistir de te levar. — Olha agora não tenho nenhum em mente, mas se puder esperar somente um minuto, te dou um. — Droga! O que eu estava dizendo? Ele agora me pegou e eu não posso dizer não. — Nada disso, não te dou nenhum minuto, Clara eu vou te levar e fim de conversa vai que outro imbecil acaba derramando café em você de novo. Ele disse aquela frase de um modo tão protetor que cheguei a assustar e fico pensando “O que será que está havendo de errado com ele”? Nesse
Bom já era de se esperar a reação da Clara, ela é como minha irmã mais velha então ela tem uma “leve” tendência a tentar me proteger. Só que ela se esquece que já sou bem grande, portanto, sei me proteger e entendo o risco de tomar minhas próprias decisões. Ela está sempre tentando colocar juízo na minha cabeça, mas não funciona muito, as tentativas mais frequentes são de tentar me alertar sobre meus futuros ex namorados idiotas, mas como sou cabeça dura não escuto. Concordo que às vezes troco de namorado como quem troca de roupa. Porém o término é sempre por culpa deles. Ao que me parece, tenho um dedo podre quando o assunto é homem, o que posso fazer se tenho um fraco por idiotas. Mas Johne é diferente, pois ele é carinhoso e romântico. Não é culpa da Clara, eu ser assim, ela adquiriu este instinto protetor logo depois dos pais dela terem morrido durante um assalto. Foi horrível e o pior foi que ela assistiu tudo assim como Marcos, porque ele também estava presente na ocasião e tev
Não me conformo, não consigo entender como este assassino em série ainda está à solta, depois de dez anos, “como ele ainda não foi pego?” O pior é que quanto mais o tempo vai passando, mais vítimas ele vai fazendo e o chato disso tudo é que nem posso fazer nada, não depois de ter saído da polícia.Chego a minha casa e jogo meu terno sobre o sofá, ligo a televisão no canal de noticiário e sigo para a cozinha onde começo a preparar um lanche. Adivinha qual o assunto do jornal? Acertou quem disse assassino em série.Denis meu melhor amigo é o detetive que está investigando o caso e para minha surpresa ele aparece na reportagem, mas uma vez estes repórteres estavam atrás dele querendo novas informações sobre o caso. Pego meu telefone e ligo para ele, chama por duas vezes antes dele atender.— Fala Marcos.— Adivinha quem eu acabo de ver no noticiário?— Aposto que é um detetive gostosão.— Errou, pois o detetive em questão não é um gostosão e sim um molenga que não consegue pegar um lunát
Era para ser um dia normal, e seria, se ela não tivesse derrubado meu café. Desde então ela não sai da minha cabeça. Com seus longos cabelos castanhos ondulados, olhos verdes. Sua aparência me lembrava a um anjo que vi em uma pintura certa vez. Sim, ela mais parecia um anjo. Clara Petterson. Lindo nome, linda mulher!Não entendo, ela não parece ser o tipo certo de garota para mim. Não parece ser como as mulheres que estou acostumado, além do mais, eu já tinha alguém do jeito que gosto. Não preciso de outra. No entanto estou aqui pensando nela. Todos os meus instintos dizem que devo ficar longe dela, porém meu cérebro diz o contrário.Ainda sinto a sensação das mãos delicadas dela, e sua voz doce. Tive vontade de trazê-la para mais perto de mim e sentir melhor seu cheiro, mas não o fiz. Ela é tímida, certeza. Sua forma de agir e falar me mostram isso. E se eu o fizesse, seria no mínimo estranho e invasivo.De qualquer forma, provavelmente não a verei mais. Por tanto eu deveria esquece-