A brisa quente das Maldivas acariciava a pele de Claire enquanto ela caminhava de mãos dadas com Alexander pela areia branca. Theo corria na frente, rindo alto enquanto as ondas beijavam seus pezinhos."Papai! Mamãe! Vem! A água tá quentinha!", pulava empolgado, chamando os pais.Alexander sorriu e puxou Claire pela cintura, roubando um selinho antes de responder ao filho. "Estamos indo!"Claire riu e deixou-se guiar por Alexander até a água, sentindo a temperatura morna envolver seus tornozelos. Theo estava extasiado, brincando com a espuma das ondas enquanto corria em círculos."Não tem nada melhor do que ver ele assim, tão feliz." ela suspirou, encostando a cabeça no ombro de Alexander."É, mas acho que tem algo que pode ser tão bom quanto..." Alex sorriu de lado, segurando-a pela cintura e deixando um beijo na lateral do seu pescoço. "Passar a noite inteira te beijando."Claire corou, empurrando-o de leve. "Alex!""O que foi? É verdade!" Ele riu e a puxou mais para dentro do mar.
Alexander estava sentado em um canto do lounge do resort, com o celular tremendo ligeiramente em suas mãos. A tarde estava quente e o ambiente animado contrastava fortemente com a angústia que ele sentia. Precisava conversar com alguém, precisava de informações. Já haviam procurado por toda a praia, várias pessoas se juntaram para ajudar na busca, mas nada fpi encontrado. Estavanm apavorados, e se ele tivesse sido levado pela correnteza? E se seu filho tivesse se afogado?Só de pensar nisso, sentia as mãos tremerem mais. Seus dedos se moveram rapidamente pela tela do celular e ele colocou o aparelho na orelha. "Alô, Elanor? Aqui é o Alex. Você teve alguma notícia do Theo?" sua voz saiu entrecortada, carregada de preocupação.Do outro lado da linha, a voz de Elanor soou calma, mas com um tom perceptivelmente tenso. "Oi, Alex. Não… Como assim notícias de Theo? O que aconteceu?" respondeu, suas palavras curtas e sinceras.“Estávamos na praia, Claire e eu nos distraímos por alguns seg
O salão principal do Eclipse, o clube mais exclusivo da cidade, estava repleto de pessoas sofisticadas. O som de uma música eletrônica sensual preenchia o espaço, as luzes dançavam em tons de roxo e dourado, enquanto taças de champanhe eram erguidas em meio a risadas abafadas. Claire entrou no ambiente com um passo hesitante, mas determinado.Seu vestido preto de seda brilhava sob as luzes, ajustando-se como uma segunda pele e delineando suas curvas de maneira elegante. As alças finas destacavam seus ombros delicados, e o decote profundo exibia a pele suave e pálida de seu colo. Ela usava brincos pequenos de brilhantes e um colar fino que repousava exatamente no ponto onde sua clavícula se acentuava, um detalhe sutil que atraía olhares.Claire segurava uma taça de champanhe enquanto caminhava ao lado de Sarah, sua melhor amiga, que parecia muito mais à vontade no ambiente.“Relaxa, Claire. Isso não é um tribunal. É só uma festa,” Sarah brincou, apertando de leve o braço da amiga.Clai
Quando o dia amanheceu, Claire abriu os olhos e suspirou, mexendo-se na cama com preguiça. Ainda estava no quarto do Eclipse, e quando voltou a si e se lembrou da loucura que fez na noite anterior, se sentou na cama de súbito e passou as mãos nos cabelos. “Deus, o que eu fiz?!”, a voz de Claire era quase um sussurro, incrédula diante de suas próprias ações. Os flashes da noite anterior ainda estavam vivos em sua mente. Alexander a levou ao ápice do prazer tantas vezes que ela até perdeu a conta, e ela se entregou pela primeira vez a um homem sem que ele soubesse que ela era virgem. Claire não se deu ao trabalho de contar, na verdade, não falaria mesmo se fosse em outra situação, tinha muita vergonha de, aos 23, ainda ser virgem. Ela olhou ao redor e se levantou, ainda estava nua e seu vestido estava jogado no chão ao lado da cama. Tudo estava silencioso e, em cima da mesa de cabeceira, havia um bilhete. “Precisei sair bem cedo. Se quiser falar comigo ou sair de novo, me mande uma
A recepção da clínica onde a família de Claire se consultava estava cheia, mas Moly não se importou com isso, apenas passou na frente de todas as outras pessoas, arrastando Claire pelo braço e parou na frente da recepcionista.“Quero um horário com a Doutora Gupy, agora mesmo”, disse Moly, não se importando em dar bom dia para a recepcionista. “Senhora, qual seu nome?”, perguntou a mulher, um pouco a contragosto. “Preciso ver se ela terá disponibilidade e…”“Moly Dawson”, a mulher disse, direta.Ao lado dela, Claire se mantinha de cabeça baixa e ombros encolhidos. Mal havia dormido, depois que passou mal, sua mãe a mandou para o quarto e ela não comeu nada, mas também não teve fome. Como teria?Ouviu seus pais brigando durante a madrugada, seu pai acusava sua mãe de ser a culpada, de não tê-la educado direito, e sua mãe se desculpava e dizia que estava fazendo seu melhor. E Claire apenas chorava em seu quarto, apavorada, sem saber o que estava acontecendo. Quando amanheceu, assim
A manhã veio e passou muito rápido, e quando o meio dia chegou Claire estava completamente sem fome. Se sentia enjoada, estava com sono, mas assim que seu pai chegou, sua mãe entrou em seu quarto. “Desça, seu pai chegou com o resultado dos exames”, Moly, mais uma vez, não fez questão de ser simpática com a filha. Estava tratando Claire como se ela não fosse nada além de uma inquilina em sua casa. A garota desceu do quarto com a cabeça baixa. Sabia que seus pais saberiam que ela não era mais virgem e que isso mudaria tudo, esperava uma reação péssima deles, já estava pronta para isso. Mas nada iria prepara-la para o que realmente aconteceria naquela tarde, e Claire sequer imaginava como sua vida mudaria a partir daquele dia. Quando chegou a sala, seus pais estavam sentados a mesa e os papéis ainda estavam fechados a frente deles. Arthur esperou ela sentar e ignorou quaisquer exames de sangue ou coisas assim, indo apenas para os dois exames que mais o interessavam. Abriu os envelo
O sono da manhã é sempre o mais gostoso, aqueles últimos minutos depois que o sol já nasceu e que o dia está prestes a começar. Normalmente, são nesses momentos em que somos acordados para iniciar um novo dia. “Mamãe…”, a vozinha manhosa e fofa chegou aos sonhos de Claire bem sutilmente, quase como um som de fundo que não chamava muita atenção. “Mamãe… Acorda!”, dessa vez, junto a voz, um pequeno empurrãozinho a fez resmungar. “Mamãe, é o primeiro dia na escolinha!”Então, ela se sentou de uma vez só na cama, abrindo os olhos de súbito e olhando ao redor sem conseguir assimilar muita coisa, como uma máquina que inicia de forma abruta, funcionando de forma meio defeituosa, sem assimilar de fato o que acontecia ao seu redor. “Mamãe, assim vamos chegar tarde!”, dessa vez, a voz fina e manhosa foi acompanhada pelo rostinho da criatura que ela mais amava no mundo. O garotinho de cabelos negros e olhos azuis pulou sobre a cama, engatinhando pelos lençóis até se aconchegar em seu colo, se
“Mamãe, o que é um mauricinho?” Theo perguntou enquanto Sarah caminhava até ele, o pegando nos braços e dando um cheirinho em seus cabelos. “Tia não pode bagunçar, se não os amiguinhos da escola não vão gostar de Theo.”“Mauricinhos são menininhos muito bonitos e fofos”, Claire respondeu para o filho, aproveitando que o menino estava de costas e mostrando o dedo do meio para amiga, que apenas gargalhou. “Vamos, mocinho, você precisa tomar café e sua mãe precisa se arrumar”, Sarah falou, sentando Theo na cadeirinha dele, que era mais alta para que ele alcançasse a mesa com facilidade. “Claire, você precisa ser pontual hoje, deixei aquele projeto do cliente novo com você, o secretário vai lá marcar a reunião oficial hoje de manhã. Bota uma roupa bonitinha, menina.”“E eu por acaso sou você que vive malamanhada?”, o tom acusatório seguido do riso fazia parte da dinâmica das duas que se arrastava ao longo dos anos. Sempre provocavam uma à outra, mas se amavam na mesma intensidade em qu