Alexander fechou a porta do quarto suavemente atrás de si, e o silêncio que os envolveu pareceu quase palpável. Claire estava parada perto da cama, olhando para ele com um misto de expectativa e nervosismo. Seus olhos encontraram os dela, e por um instante, o mundo inteiro pareceu parar.Ele deu um passo à frente e estendeu a mão, tocando delicadamente o rosto dela. “Você está bem?” perguntou em um sussurro, como se temesse quebrar a mágica daquele momento. “Sinto muito por Becky…”Ela assentiu levemente, com um sorriso tímido. “Estou. Não se preocupe com isso, nós dois temos nossos problemas, você suportou os meus, vou suportar os seus também… Parece um sonho, sabia?”Alexander sorriu e deslizou os dedos pela linha do maxilar dela, parando na nuca. “Se for um sonho, é o melhor da minha vida.”Os olhos dela brilharam com aquela mistura de amor e desejo que ele tinha aprendido a reconhecer. Sem dizer mais nada, ele se aproximou e capturou os lábios dela em um beijo lento, profundo, ch
Claire acordou com a luz suave do sol entrando pelas frestas da cortina e aquecendo seu rosto. Por um instante, ela permaneceu de olhos fechados, aproveitando o silêncio aconchegante que preenchia o quarto. Um leve cheiro amadeirado, o perfume de Alexander, ainda pairava no ar, trazendo um sorriso involuntário aos seus lábios.Quando abriu os olhos e se espreguiçou preguiçosamente, algo chamou sua atenção. No travesseiro ao lado, havia um bilhete dobrado com cuidado. Ela se sentou e pegou o papel, curiosa, a caligrafia elegante e firme de Alexander fez seu coração bater mais rápido e um sorriso bobo brincar em seus lábios.Nunca ia se acostumar com dormir e acordar com ele, muito menos com tudo o que aquele homem fazia. Parecia um príncipe saído direto de um conto de fadas para Claire e, definitivamente, ela não se sentia merecedora daquilo.“Bom dia, amor. Espero que tenha dormido bem, porque hoje preparei uma surpresa para você. Vista algo bonito e desça para o jardim assim que est
Claire desceu as escadas com o coração leve, ainda refletindo sobre a conversa com Elanor. Atravessou a mansão com passos decididos e, ao chegar aos jardins, deparou-se com uma cena encantadora. Uma mesa estava posta com um lindo café da manhã: croissants dourados, potinhos de geleia, frutas frescas, uma seleção de doces delicados e taças de suco natural que brilhavam sob a luz do sol. O aroma do café recém-passado misturava-se ao perfume das flores.Ao ver a mesa, sentiu um sorriso espontâneo se formar. Seus pais já estavam ali, conversando em um tom suave, e Sarah a aguardava com um olhar radiante de felicidade. Sem hesitar, a loira se aproximou e correu para abraçá-los."Mamãe! Papai!" Claire exclamou, abraçando os dois com força. Seu pai apertou-a com ternura e sua mãe acariciou seus cabelos, como se quisesse transmitir todo o amor que guardava.Não se viam desde a recuperação de Theo, Arthur e Molly precisaram voltar para casa, mas prometeram visitar sempre que pudessem e agora e
O salão principal do Eclipse, o clube mais exclusivo da cidade, estava repleto de pessoas sofisticadas. O som de uma música eletrônica sensual preenchia o espaço, as luzes dançavam em tons de roxo e dourado, enquanto taças de champanhe eram erguidas em meio a risadas abafadas. Claire entrou no ambiente com um passo hesitante, mas determinado.Seu vestido preto de seda brilhava sob as luzes, ajustando-se como uma segunda pele e delineando suas curvas de maneira elegante. As alças finas destacavam seus ombros delicados, e o decote profundo exibia a pele suave e pálida de seu colo. Ela usava brincos pequenos de brilhantes e um colar fino que repousava exatamente no ponto onde sua clavícula se acentuava, um detalhe sutil que atraía olhares.Claire segurava uma taça de champanhe enquanto caminhava ao lado de Sarah, sua melhor amiga, que parecia muito mais à vontade no ambiente.“Relaxa, Claire. Isso não é um tribunal. É só uma festa,” Sarah brincou, apertando de leve o braço da amiga.Clai
Quando o dia amanheceu, Claire abriu os olhos e suspirou, mexendo-se na cama com preguiça. Ainda estava no quarto do Eclipse, e quando voltou a si e se lembrou da loucura que fez na noite anterior, se sentou na cama de súbito e passou as mãos nos cabelos. “Deus, o que eu fiz?!”, a voz de Claire era quase um sussurro, incrédula diante de suas próprias ações. Os flashes da noite anterior ainda estavam vivos em sua mente. Alexander a levou ao ápice do prazer tantas vezes que ela até perdeu a conta, e ela se entregou pela primeira vez a um homem sem que ele soubesse que ela era virgem. Claire não se deu ao trabalho de contar, na verdade, não falaria mesmo se fosse em outra situação, tinha muita vergonha de, aos 23, ainda ser virgem. Ela olhou ao redor e se levantou, ainda estava nua e seu vestido estava jogado no chão ao lado da cama. Tudo estava silencioso e, em cima da mesa de cabeceira, havia um bilhete. “Precisei sair bem cedo. Se quiser falar comigo ou sair de novo, me mande uma
A recepção da clínica onde a família de Claire se consultava estava cheia, mas Moly não se importou com isso, apenas passou na frente de todas as outras pessoas, arrastando Claire pelo braço e parou na frente da recepcionista.“Quero um horário com a Doutora Gupy, agora mesmo”, disse Moly, não se importando em dar bom dia para a recepcionista. “Senhora, qual seu nome?”, perguntou a mulher, um pouco a contragosto. “Preciso ver se ela terá disponibilidade e…”“Moly Dawson”, a mulher disse, direta.Ao lado dela, Claire se mantinha de cabeça baixa e ombros encolhidos. Mal havia dormido, depois que passou mal, sua mãe a mandou para o quarto e ela não comeu nada, mas também não teve fome. Como teria?Ouviu seus pais brigando durante a madrugada, seu pai acusava sua mãe de ser a culpada, de não tê-la educado direito, e sua mãe se desculpava e dizia que estava fazendo seu melhor. E Claire apenas chorava em seu quarto, apavorada, sem saber o que estava acontecendo. Quando amanheceu, assim
A manhã veio e passou muito rápido, e quando o meio dia chegou Claire estava completamente sem fome. Se sentia enjoada, estava com sono, mas assim que seu pai chegou, sua mãe entrou em seu quarto. “Desça, seu pai chegou com o resultado dos exames”, Moly, mais uma vez, não fez questão de ser simpática com a filha. Estava tratando Claire como se ela não fosse nada além de uma inquilina em sua casa. A garota desceu do quarto com a cabeça baixa. Sabia que seus pais saberiam que ela não era mais virgem e que isso mudaria tudo, esperava uma reação péssima deles, já estava pronta para isso. Mas nada iria prepara-la para o que realmente aconteceria naquela tarde, e Claire sequer imaginava como sua vida mudaria a partir daquele dia. Quando chegou a sala, seus pais estavam sentados a mesa e os papéis ainda estavam fechados a frente deles. Arthur esperou ela sentar e ignorou quaisquer exames de sangue ou coisas assim, indo apenas para os dois exames que mais o interessavam. Abriu os envelo
O sono da manhã é sempre o mais gostoso, aqueles últimos minutos depois que o sol já nasceu e que o dia está prestes a começar. Normalmente, são nesses momentos em que somos acordados para iniciar um novo dia. “Mamãe…”, a vozinha manhosa e fofa chegou aos sonhos de Claire bem sutilmente, quase como um som de fundo que não chamava muita atenção. “Mamãe… Acorda!”, dessa vez, junto a voz, um pequeno empurrãozinho a fez resmungar. “Mamãe, é o primeiro dia na escolinha!”Então, ela se sentou de uma vez só na cama, abrindo os olhos de súbito e olhando ao redor sem conseguir assimilar muita coisa, como uma máquina que inicia de forma abruta, funcionando de forma meio defeituosa, sem assimilar de fato o que acontecia ao seu redor. “Mamãe, assim vamos chegar tarde!”, dessa vez, a voz fina e manhosa foi acompanhada pelo rostinho da criatura que ela mais amava no mundo. O garotinho de cabelos negros e olhos azuis pulou sobre a cama, engatinhando pelos lençóis até se aconchegar em seu colo, se