Seis meses (II)

- Porque eu não sou capaz de me despedir olhando nos olhos dele. Me faltaria coragem. Deixar Theo é a pior parte disto tudo. Vivemos dias inexplicáveis de tão bons depois da perda do bebê. Embora isto tenha nos quebrado emocionalmente, nos uniu. E estamos tentando, a cada dia, ser mais compreensivos, tolerantes e... Confiar um no outro.

- Confiar... – ele olhou para Anon – Um exercício diário de acreditar no que o outro diz, sem ter certeza de que ele fala a verdade.

- Ou mesmo dizer a verdade... Independente das consequências... Na certeza de que a outra parte crê em você. – Anon completou.

- A vida dele poderia estar em risco se eu fizesse isso.

- E já não está? – Ben me encarou – Ou o capotamento não faz parte disto tudo?

Abaixei os olhos novamente, pela primeira vez chegando a conclusão de que talvez eu não estivesse agindo de maneira correta ao esconder de Theo.

- Se pessoas correm risco e são as que você mais ama, precisa preveni-las, querida. Não é uma brincadeira de detetive e
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