Kimberly e Monique me ajudaram a escolher o sabor do bolo de aniversário e o tema: Barbie. Elas lamentaram o fato de meus cabelos não terem mais mechas rosas, mas ficaram empolgadas e felizes com os vestidos novos que receberam em casa, certamente enviados por Ben e Anon.Nós três começamos a nos arrumar cedinho para a festa. O espelho disponível na casa sequer dava para se admirar de corpo inteiro, pois era pequeno demais. As meninas estavam radiantes.- Eu nunca fui numa festa de aniversário. – Kimberly disse, enquanto girava em torno de si mesma, fazendo o vestido rodado de renda e tule levantar.- Você está me dizendo que nunca teve uma festa para comemorar seu próprio aniversário? – Parei, observando-a, com o batom que passava nos meus lábios na mão, completamente incrédula com a revelação.- Eu não sei quando é o meu aniversário. – Ela sorriu, ainda rodando, pouco se importando com qualquer coisa a não ser a roupa que vestia naquela noite.- Mas você sabe quando é o seu aniversá
- E o bebê? – Perguntei-lhes, lembrando que não havia visto a criança ao longo do dia.- Talvez Anya tenha trancado ele no quarto. – Moni respondeu.- Mas... Ela faria isso?- Sim... Mas só faz quando ele incomoda demais.- E o que seria incomodar demais?- Quebrar alguma coisa... – Kim respondeu – Chorar muito...- Afinal, qual o nome do bebê?- Bebê! – Kim encolheu os ombros, achando engraçado minha pergunta.- Sim, ele é um bebê. Mas deve ter um nome, assim como vocês.- Anya sempre o chamou de “Bebê”. – Monique explicou.- Ok, mas certamente ele tem um nome. E espero, do fundo do coração, que não esteja trancado no quarto e sim com Anya. Ou mesmo com o pai dele.- O pai dele não o busca. – Monique comentou.- Mas... Daltro mora tão perto e não leva o próprio filho para casa?Kimberly riu:- Daltro não é pai do bebê.- Quem é o pai? Ou mesmo a mãe?- O papai dele mora longe. A mamãe também.- E... Deixam a criança aos cuidados de Anya? – Fiquei apavorada.- Sim... – a mais velha le
- Isso... É um sonho? – Perguntei, com minha pele arrepiando-se imediatamente ao simples som da voz dele.- Confesso que também estou em dúvida... – Ele sorriu e tocou meu rosto.Senti A mão morna dele e fechei os olhos, tocando seus dedos com os meus:- Não é um sonho...- Achou mesmo que eu a deixaria sozinha nesta ideia maluca? – Sussurrou no meu ouvido.Abri os olhos e vi um sorriso nos lábios dele:- Viu minha mensagem então?- Claro que sim.- E por que... Não respondeu?- Primeiramente porque precisei de tempo para assimilar tudo que você me disse. E depois... Porque pensei em realmente fazer uma surpresa e tentar ajudar de alguma forma.- Foi uma surpresa maravilhosa. Só... Não ponha tudo a perder. – Olhei para os lados, me certificando de que não haviam nenhum dos Hernandez próximo a nós.- Só para que fique mais tranquila, conversei com Ben e Anon também.- Não acredito! Aqueles traidores... – Sorri.- Papai e mamãe mandaram beijos e abraços... Claro que darei cada um deles.
Theo virou-me de costas e levantou meu vestido, abaixando a calcinha com pressa. Apoiei as mãos na parede gelada e o senti entrando em mim, sem pressa.Mordi o lábio e implorei:- Põe tudo...- Acalme-se, raio de sol... – falou, fazendo minha boca experimentar seus dedos, que chupei um a um, enquanto ele se enfiava profundamente, saindo por completo a cada movimento do vai e vem.- Não aguento assim... Estou em desespero. – Confessei.Theo pegou-me pela cintura com força, puxando-me de encontro a ele, finalmente me fodendo com força, freneticamente, com estocadas profundas e enlouquecedoras.Abaixei levemente, ajudando no encaixe perfeito de nossos corpos, o som dos nossos movimentos ecoando pelo banheiro de teto alto e sem forro.- Me diga que tem preservativo. – Pedi.Rapidamente ele se retirou de mim e ouvi o som da embalagem sendo aberta, em seguida sentindo a borracha fina separando nossas peles.- Porra... Eu seria louca se dissesse que isso é quase broxante? – Ri, o ar ainda me
- Ora, ora... Se não é Theo Casanova... Não é o dono da porra toda... Mas é o filho do dono. – Todos olhamos para Anya.- E a senhora é... – Theo a olhou, curioso.- Anya Hernandez, avó de Maria.Theo pegou a mão de Anya e deu-lhe um beijo do dorso:- Maria Lua esqueceu de comentar comigo o quanto a avó era bonita... – ele me olhou – Espero que sua genética puxe à família Hernandez, meu amor.- Ah... Isso é... Gentil da sua parte. – Vi Anya derreter-se pela primeira vez, a voz fraca, de tão emocionada que ficou com o elogio de Theo.Theo soltou a mão dela, enquanto todas nós o observávamos.- Eu não poderia perder o aniversário de Maria Lua, já que comemoro com ela esta data há muitos anos, como deve saber. – Ele justificou-se para Anya.- Então deve estar a par do fato de que seu pai a deserdou.- Sim. Fiquei sabendo do desentendimento deles. E sinto muito por Maria Lua...- Heitor Casanova não está sendo nada justo com a filha adotada, que criou desde bebê.- Não mesmo. – Theo conco
- Eles acreditaram nos papéis de renúncia da herança e no que papai assinou?- Não teria porque não... Já que era tudo original... E verdadeiro.- Não acredito que fez nosso pai assinar um documento em que lhe tirava da herança, sem saber.- Infelizmente precisei, Theo.- Raio de sol... Como pôde?- É só a porra de uma herança... E este dinheiro que faz com que esta gente me persiga. Mas teve a parte boa. Conheci as meninas... Elas são especiais.- Quem são elas?- Filhas de um dos tios falecidos. Não tenho certeza de Anya tem a guarda delas. Mas trabalham feito escravas. E não vão à escola.- Como assim não vão à escola? Isso é impossível.- Nada aqui é impossível. Theo. E acho melhor não ficar elogiando Anya, ou ela achará que está dando em cima dela.- Se eu não tivesse agido daquela forma, ela não teria me deixado ficar. Arrisquei e deu certo.- Você não pode ficar, Theo. Isto é coisa minha e preciso resolver sozinha.- Só o final de semana, meu amor... Por favor. Prometo que depo
Acordei com dor nas costas, percebendo que havia feito as pernas de Theo de travesseiro durante a noite. O observei dormindo sentado, recostado na parede, pendendo levemente para o lado direito. Os cabelos escuros estavam um pouco despenteados e a camiseta branca, um pouco justa, exibia cada músculo de seu corpo perfeito.Foram tantos anos sendo completamente louca por aquele homem. E ele estava ali, junto de mim, passando dificuldades e se submetendo a dormir uma noite inteira sentado, somente para estar em minha companhia.Às vezes eu achava que aquilo era surreal. Seria tão mais simples se eu contasse a meu pai e ele resolvesse tudo de forma prática: pagando para não ser incomodado e para que eu talvez nunca mais voltasse a saber o que os Hernandez faziam ou exigiam dos Casanova em troca da minha tranquilidade.Mas era hora de dar um basta naquilo: as chantagens, a ideia de sempre se dar bem às custas de outras pessoas. Eles precisavam entender que era melhor me ter longe, junto do
- Tem que provar para ter certeza de que não gosta. É bom. – Ela sorriu e piscou.- Obrigado, mas não. – Theo foi firme e sério.- Sua curiosidade de provar coisas novas deveria se estender também a mulheres... Sei que gosta de mais velhas. – Mordeu o lábio, depois tragando o cigarro de forma a parecer sensual.- Mas nem tanto. – Theo não se conteve.Ela estreitou os olhos e antes que dissesse alguma coisa, ouvimos um som horrível vindo dos fundos e dei um salto, agarrando-me a Theo.- O que... É isso? – Perguntei, a voz fraca, sentindo o coração de Theo tão acelerado quanto o meu.- Sandro e Daltro estão testando miras lá nos fundos da casa. – Ela explicou, sentando-se novamente, pouco preocupada.- Com armas? Isto é tiro? – Theo perguntou.- Sim. – Ela deu de ombros.Peguei a mão de Theo:- Vamos lá...Enquanto andávamos pelo corredor e as meninas nos seguiam, avisei:- Vão para o quarto e não saiam de lá.- Mas a gente quer ir com você, Malu.- Não, isso não é coisa para crianças.