Enquanto eu olhava minha roupa sobre a cama, pensava no quanto demorei para tomar a decisão de aceitar o pedido de Robin, que não era Hood e sim Giordano.Sabia que era hora de dar um rumo na minha vida e fazer algo diferente do que todos esperavam de mim, que era não aceitar o noivado. Por este motivo aceitei. Já namorava com Robin há quase um ano e já poderia sim ser capaz de assumir um relacionamento sério com alguém, visto que já estava com 24 anos.Ouvi uma batida leve na porta, que se abriu logo em seguida. Bárbara Novaes Casanova era o tipo de mulher que tomava conta de qualquer ambiente quando chegava. E aquilo era inerente dela. O vestido vermelho vivo, justo e longo, com uma enorme fenda que mostrava sua bela perna esquerda era absolutamente sedutor.— Por acaso sua intenção hoje à noite é matar Heitor Casanova? — A observei dos pés à cabeça, não contendo o riso.— Eu o mato todos os dias, acredite! — Ela sorriu, se jogando na minha cama.Retirei meu roupão branco, já com a
— Caralho, o que acontece na sua família para que estes homens sejam tão lindos? Eu pegaria todos, exceto Ben.Eu ri:— Eu diria genética, amiga. Afinal, olhe Heitor e Sebastian. Quanto a Ben, ele não quereria ser pego por você.Dei um passo em direção à escada e Ester me perguntou:— Você ama Robin?— Amar é uma palavra forte — afirmei.— Sabe que ele ama você, não é mesmo?— Amor existe entre os meus pais. E entre Ben e meus pais. E entre meus pais e eu... E entre nós e Theo. Não acredito em outro tipo de amor.— Caralho, o que você está fazendo então?— Tentando ser uma mulher responsável e séria.— E acha que casar com Robin é o que vai lhe dar este título?— Eu gosto dele.— Mas...— Quem decide isso sou eu — finalizei.— Posso perguntar uma coisa?Ester estava séria e raramente tínhamos conversas reveladoras.— Pode — falei, incerta.— Você ainda ama aquele garoto da adolescência?Arqueei a sobrancelha, confusa, sentindo o sangue ferver dentro de mim, ao mesmo tempo que respondi
— Sabe que também não terá mais o meu corpo em cima do seu... A fodendo do jeito que gosta... — Dimitry provocou-me.Olhei para os lados, um pouco preocupada:— Dimi, fale baixo.— Ninguém está ouvindo. Sabe disto. E o que estão vendo são dois primos que se adoram.... E se dão bem... Principalmente na cama.Estremeci ao sentir o hálito quente dele no meu ouvido, lembrando de tudo que Dimi era capaz de fazer com meu corpo.Dimitry Perrone era o tipo de homem que sempre me atraiu: jeito de garoto, bonito, imaturo, sarcástico e bom de cama. Corpo perfeito, cérebro de gelatina. Eu comandava!Era um pouco mais alto que eu, loiro, cabelos sempre desarrumados, mesmo quando usava terno e tentava parecer sério e responsável, como naquele momento. Os olhos claros eram exatamente como os do meu tio Sebastian. E eu não entendia como conseguia gostar tanto dele e detestar na mesma intensidade sua irmã.— Você foi injusta comigo, Malu.— Você sempre soube que seria desta forma, Dimi.— Seria capaz
— Sabe que sou louco por você, Malu... — As mãos dele foram diretamente às minhas nádegas, apertando-as.— Porra... — Abri o botão da calça dele, descendo o zíper apressadamente.Dimitry pegou-me pelas nádegas enquanto cruzei as pernas em seus quadris, agarrando-me a ele, nossos lábios se encontrando ansiosos e enlouquecidos.Ele me levou até a mesa de meu pai, pondo-me sobre ela enquanto o som de algumas coisas caindo no chão ecoava pela sala. Não ouvíamos quase nada dali, a não ser o som das conversas ao longe.Dimitry abriu minhas pernas e puxou minha calcinha com habilidade, jogando-a para trás. Olhou-me com luxúria antes de umedecer os lábios:— Você é minha, Malu.— Me fode, Dimi... Agora...— Primeiro com a língua, do jeito que você gosta...— Rápido, Dimi... Seja rápido... — implorei, sentindo minha boceta clamar por ele.Dimitri puxou meu corpo de encontro à sua boca, lambendo sem pressa minha boceta molhada, que clamava por seu pau majestoso. Deitei-me sobre a mesa, arqueand
A mãe de Robin o chamou e ele deu um beijo no meu rosto, indo ao encontro dela.Olhei na direção de Theo, que estava com o olhar sobre mim. Ruborizei, como se ele soubesse o que eu tinha acabado de fazer. Porque sempre me pareceu que ele conseguia enxergar dentro de mim. Mais profundamente do que eu mesma conseguia chegar.— Eu não gosto dele com você — Heitor disse, ainda com o braço sobre mim.— E você gosta de alguém com quem me envolvi até hoje, pai?— Dele eu gosto menos.— Não me pareceu... Afinal, quanto tempo ficaram conversando sobre negócios na minha festa de noivado?— Exatamente por isso eu não gosto dele. — Não havia um sinal de brincadeira no semblante dele.Engoli em seco.— Quem tem que gostar dele é Maria Lua. — Theo foi enfático e sério.— Obrigada, Theo. — Sorri.— Se ele fizer qualquer coisa com você, transformo ele em vinho. — Heitor me deu um beijo no rosto e saiu.— Não me agradeça — Theo disse. — Eu disse que quem tem que gostar dele é você... Isso não signific
— Não vá provocar o seu irmão. Faz tempo que ele não fica para dormir. Quero que isso se repita outras vezes.— Vai se repetir. Em breve vou estar na minha casa... Com Robin Hood. — Pisquei. — Quer dizer, Robin Giordano — corrigi-me.Eles me incomodavam tanto com Robin Hood que sem querer acabei repetindo o que tanto odiava, que eram as piadinhas sobre meu namorado.Porque era assim: Ben e Babi perdiam os amigos mas não a piada.Bati de leve na porta de Theo e não ouvi som do outro lado. Claro que eu não ia acordá-lo. Mas fazia tanto tempo que não o via e não queria que ele fosse embora sem me contar pessoalmente como estava sua vida.Estava desistindo, virando as costas, quando a porta se abriu. Ele vestia uma calça de moletom e estava sem camisa e descalço.— Quando você criou peito? — questionei-o, aturdida.Theo olhou para o próprio peito e riu:— Tenho me dedicado a ficar musculoso.Gargalhei:— Não é o seu tipo... Não vai ficar bem de músculos. Mas seu peitoral... Uau! — Me aban
Ouvimos uma leve batida na porta e Babi entrou, incerta sobre o que fazer ao me ver com Theo pelo colarinho.— Larga o seu irmão agora, Malu — ela disse seriamente.Soltei Theo, que caiu, com a cabeça no travesseiro.— Ele me provocou, mãe!— Ela disse que você me achou na lata de lixo, mãe... Eu ouvi isso a vida inteira. Não é justo voltar depois de anos e essa louca insistir nisso.— É tão bom ver vocês dois brigando... — Babi jogou-se na cama, nos abraçando.Dentre as coisas boas da vida, o abraço da minha mãe era uma delas. E o cheiro de Theo era a segunda... Ou talvez a inversão da ordem fosse o que realmente eu achasse. Quando fomos nos soltar, os dedos dele enlearam nos meus cabelos e nossa mãe teve que intervir, enquanto eu reclamava de dor.— Você ainda enrola os cabelos quando está nervosa? — Theo me perguntou, quando enfim conseguiu se soltar dos fios.— Não! — menti.— Sim — Babi confirmou.— Então estava bem nervosa hoje. — Theo riu.— Bem, vim avisá-los para dormirem ced
— Sebastian não me deixa nem tomar café da manhã descansado. Nasceu para empatar a minha vida — reclamou.— Ai! — gritei.— O que houve? — Theo ficou preocupado.— Minha cabeça está doendo... Muito!Ele tocou minha cabeça:— Deve ser porque não secou os cabelos.— Claro que não, Theo. — Enruguei a testa. — Você não tem cérebro de gelatina para dizer isto.— Cérebro de gelatina? — Ele ficou confuso.— Estou tendo crise de pânico... — Levantei da cadeira. — Vou ao médico.Babi levantou:— Meu Deus... Eu vou com você.Heitor olhava para o telefone, com os olhos arregalados, sem dizer uma palavra. Enquanto Babi vinha na minha direção, ele gritou:— Não encoste nela, Bárbara!Todos me olharam:— Minha garganta está fechando... Eu vou morrer!Tentei desmaiar, mas Heitor pegou-me, fazendo-me olhar nos seus olhos:— Não morra pela alergia, Malu... Eu mesmo vou matar você. Com minhas próprias mãos.— O que aconteceu? — Babi perguntou, preocupada.— Olhe você mesma! — Heitor entregou o celular