Não fode tudo (II)

— Sabe que sou louco por você, Malu... — As mãos dele foram diretamente às minhas nádegas, apertando-as.

— Porra... — Abri o botão da calça dele, descendo o zíper apressadamente.

Dimitry pegou-me pelas nádegas enquanto cruzei as pernas em seus quadris, agarrando-me a ele, nossos lábios se encontrando ansiosos e enlouquecidos.

Ele me levou até a mesa de meu pai, pondo-me sobre ela enquanto o som de algumas coisas caindo no chão ecoava pela sala. Não ouvíamos quase nada dali, a não ser o som das conversas ao longe.

Dimitry abriu minhas pernas e puxou minha calcinha com habilidade, jogando-a para trás. Olhou-me com luxúria antes de umedecer os lábios:

— Você é minha, Malu.

— Me fode, Dimi... Agora...

— Primeiro com a língua, do jeito que você gosta...

— Rápido, Dimi... Seja rápido... — implorei, sentindo minha boceta clamar por ele.

Dimitri puxou meu corpo de encontro à sua boca, lambendo sem pressa minha boceta molhada, que clamava por seu pau majestoso. Deitei-me sobre a mesa, arqueando levemente as costas, num espasmo de prazer. Aquele desgraçado sabia exatamente como fazer eu enlouquecer por ele. A língua trabalhava de forma habilidosa e sem pressa, fazendo-me sentir sua saliva escorrer.

Gemi quando um dedo circulou meu clitóris com força e minhas mãos foram para seus cabelos, que puxei sem dó:

— Não demora com esta porra! — reclamei.

— Sempre apressada... — Ele riu, ainda entre as minhas pernas.

— Não tenho culpa se seu pau se encaixa perfeitamente em mim... —provoquei, puxando os fios loiros com força, fazendo-o gemer de dor.

— Sua desgraçada gostosa... — Dimi levantou e fez-me sentar, enrolando os meus cabelos entre seus dedos e puxando-os com força, até que nossos rostos ficassem frente a frente. — Diz que vai sentir saudades de mim...

— Vou sentir saudades... Do seu pau! — Mordi o lábio, deixando-o possesso.

Dimitry abaixou a calça, junto da cueca, o suficiente para liberar seu pau. Retirou do bolso um preservativo e ajustou-o rapidamente na sua extensão. Abri as pernas e o senti entrando com força, sem piedade, me estocando como se o mundo fosse acabar naquele momento e sexo fosse nosso último pedido.

Fechei os olhos e pus as mãos por dentro de sua camisa, sentindo a pele de suas costas completamente lisa e o corpo magro e atlético, queimando como fogo.

Minhas unhas cravavam nas suas clavículas, deixando-o marcado, da forma como ele gostava. Nossas bocas se encontraram e os gemidos eram contidos no beijo depravado. Senti as gotículas de suor de Dimitry escorrendo por sua pele e gozei antes dele, incapaz de segurar mais um segundo.

Dimi seguiu me estocando, um pouco menos agressivo. Depois virou-me de costas, fazendo meus pés alcançarem o chão.

— Quer que eu goze de novo, gostosão? — provoquei.

— Agora é minha vez, sua safada. Do jeito que eu gosto... — Enfiou-se de novo, profundamente, fazendo-me gemer, tão molhada que o som de seu pau me fodendo ecoava pela sala.

— Não podemos demorar... — lembrei-o.

— Ele é melhor que eu, Malu?

Por que os homens sempre precisavam fazer aquela pergunta? Era tão importante para eles saberem que eram melhores de foda do que o companheiro ao lado?

E se eu dissesse que Dimi não era melhor que Robin estaria mentindo descaradamente. Não que Robin fosse ruim... Mas minha conexão sexual com Dimitry sempre foi perfeita.

— Você é o melhor, Dimi! — O deixei satisfeito.

Eu já tinha gozado e estava muito nervosa para conseguir chegar ao orgasmo pela segunda vez. Não lembrava de ter trancado a porta e a dúvida começou a me preocupar. E Dimitry não gozava nunca.

— Goza logo, porra! — reclamei, autoritária.

Era o que ele precisava para libertar-se por completo, a camisinha enchendo-se dentro de mim. O empurrei levemente para trás, com meu bumbum e agachei-me, pegando a calcinha jogada no chão, colocando-a rapidamente.

— Onde eu ponho isso? — Apontou para o preservativo.

Peguei a lixeira ao lado da mesa e abri a tampa, fazendo-o descartar ali mesmo:

— Depois eu ponho em outra lixeira, não se preocupe. Papai não virá ao escritório hoje... E nem amanhã. E não posso sair com isso atrás de um banheiro. Aliás, você quem deve se livrar desta porra e não eu — reclamei, ajudando-o a arrumar a camisa para dentro da calça.

Dimitry realmente tinha um cérebro de gelatina e não iria encontrar um lugar para descartar a camisinha. Arrumei meu vestido e estava com a mão na maçaneta da porta quando senti a dele, quente, sobre a minha. Virei na sua direção e encarei-o, ainda sentindo meu coração acelerado.

— Não aceito que seja nossa última foda — ele disse seriamente.

— Você pediu a última.

— Malu, você sabe que não consegue ficar sem mim.

— Dimi, foi sempre sexo. E você sabe disto. — Fui sincera.

— Sexo de boa qualidade.

— Ainda assim, “sexo”... Só isso.

— E quando eu sentir saudade?

Eu ri:

— Pensa em mim... E sabe o que fazer. — Pisquei.

Abri a porta e olhei pelo corredor, que estava vazio.

— Espera aqui um pouco e sai depois de mim, para não dar na vista. Não quero que ninguém nos veja juntos.

— Somos primos. Que mal tem? Sempre fomos muito “ligados”.

— Fisicamente — falei séria.

— E emocionalmente.

Arqueei a sobrancelha:

— Não fode tudo, Dimi!

Saí sem olhar para trás, um pouco incerta se Dimitry estava conseguindo separar as coisas.

Por incrível que pareça, Heitor, Theo e Robin ainda falavam no meio da sala. E eu tinha certeza que era sobre negócios. Era exatamente isso que me irritava em Robin: falta de tempo para mim e noção de que a vida não era só ganhar dinheiro.

Entrei no meio do círculo que eles fizeram com seus corpos e meu pai pôs o braço sobre meus ombros:

— Onde estava, Malu?

— Eu... Fui ao banheiro. — Senti-me culpada e não olhei em seus olhos.

Robin pegou minha mão e tentou dar-me um beijo, mas recuei. Apesar de tudo eu tinha meus princípios. Não podia beijá-lo sendo que tinha acabado de beijar outro homem. Isso fazia eu não ser uma garota tão ruim. Ou não fazia diferença? Eu era uma vadia sem coração.

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