- E o bebê? – Perguntei-lhes, lembrando que não havia visto a criança ao longo do dia.- Talvez Anya tenha trancado ele no quarto. – Moni respondeu.- Mas... Ela faria isso?- Sim... Mas só faz quando ele incomoda demais.- E o que seria incomodar demais?- Quebrar alguma coisa... – Kim respondeu – Chorar muito...- Afinal, qual o nome do bebê?- Bebê! – Kim encolheu os ombros, achando engraçado minha pergunta.- Sim, ele é um bebê. Mas deve ter um nome, assim como vocês.- Anya sempre o chamou de “Bebê”. – Monique explicou.- Ok, mas certamente ele tem um nome. E espero, do fundo do coração, que não esteja trancado no quarto e sim com Anya. Ou mesmo com o pai dele.- O pai dele não o busca. – Monique comentou.- Mas... Daltro mora tão perto e não leva o próprio filho para casa?Kimberly riu:- Daltro não é pai do bebê.- Quem é o pai? Ou mesmo a mãe?- O papai dele mora longe. A mamãe também.- E... Deixam a criança aos cuidados de Anya? – Fiquei apavorada.- Sim... – a mais velha le
- Isso... É um sonho? – Perguntei, com minha pele arrepiando-se imediatamente ao simples som da voz dele.- Confesso que também estou em dúvida... – Ele sorriu e tocou meu rosto.Senti A mão morna dele e fechei os olhos, tocando seus dedos com os meus:- Não é um sonho...- Achou mesmo que eu a deixaria sozinha nesta ideia maluca? – Sussurrou no meu ouvido.Abri os olhos e vi um sorriso nos lábios dele:- Viu minha mensagem então?- Claro que sim.- E por que... Não respondeu?- Primeiramente porque precisei de tempo para assimilar tudo que você me disse. E depois... Porque pensei em realmente fazer uma surpresa e tentar ajudar de alguma forma.- Foi uma surpresa maravilhosa. Só... Não ponha tudo a perder. – Olhei para os lados, me certificando de que não haviam nenhum dos Hernandez próximo a nós.- Só para que fique mais tranquila, conversei com Ben e Anon também.- Não acredito! Aqueles traidores... – Sorri.- Papai e mamãe mandaram beijos e abraços... Claro que darei cada um deles.
Theo virou-me de costas e levantou meu vestido, abaixando a calcinha com pressa. Apoiei as mãos na parede gelada e o senti entrando em mim, sem pressa.Mordi o lábio e implorei:- Põe tudo...- Acalme-se, raio de sol... – falou, fazendo minha boca experimentar seus dedos, que chupei um a um, enquanto ele se enfiava profundamente, saindo por completo a cada movimento do vai e vem.- Não aguento assim... Estou em desespero. – Confessei.Theo pegou-me pela cintura com força, puxando-me de encontro a ele, finalmente me fodendo com força, freneticamente, com estocadas profundas e enlouquecedoras.Abaixei levemente, ajudando no encaixe perfeito de nossos corpos, o som dos nossos movimentos ecoando pelo banheiro de teto alto e sem forro.- Me diga que tem preservativo. – Pedi.Rapidamente ele se retirou de mim e ouvi o som da embalagem sendo aberta, em seguida sentindo a borracha fina separando nossas peles.- Porra... Eu seria louca se dissesse que isso é quase broxante? – Ri, o ar ainda me
- Ora, ora... Se não é Theo Casanova... Não é o dono da porra toda... Mas é o filho do dono. – Todos olhamos para Anya.- E a senhora é... – Theo a olhou, curioso.- Anya Hernandez, avó de Maria.Theo pegou a mão de Anya e deu-lhe um beijo do dorso:- Maria Lua esqueceu de comentar comigo o quanto a avó era bonita... – ele me olhou – Espero que sua genética puxe à família Hernandez, meu amor.- Ah... Isso é... Gentil da sua parte. – Vi Anya derreter-se pela primeira vez, a voz fraca, de tão emocionada que ficou com o elogio de Theo.Theo soltou a mão dela, enquanto todas nós o observávamos.- Eu não poderia perder o aniversário de Maria Lua, já que comemoro com ela esta data há muitos anos, como deve saber. – Ele justificou-se para Anya.- Então deve estar a par do fato de que seu pai a deserdou.- Sim. Fiquei sabendo do desentendimento deles. E sinto muito por Maria Lua...- Heitor Casanova não está sendo nada justo com a filha adotada, que criou desde bebê.- Não mesmo. – Theo conco
- Eles acreditaram nos papéis de renúncia da herança e no que papai assinou?- Não teria porque não... Já que era tudo original... E verdadeiro.- Não acredito que fez nosso pai assinar um documento em que lhe tirava da herança, sem saber.- Infelizmente precisei, Theo.- Raio de sol... Como pôde?- É só a porra de uma herança... E este dinheiro que faz com que esta gente me persiga. Mas teve a parte boa. Conheci as meninas... Elas são especiais.- Quem são elas?- Filhas de um dos tios falecidos. Não tenho certeza de Anya tem a guarda delas. Mas trabalham feito escravas. E não vão à escola.- Como assim não vão à escola? Isso é impossível.- Nada aqui é impossível. Theo. E acho melhor não ficar elogiando Anya, ou ela achará que está dando em cima dela.- Se eu não tivesse agido daquela forma, ela não teria me deixado ficar. Arrisquei e deu certo.- Você não pode ficar, Theo. Isto é coisa minha e preciso resolver sozinha.- Só o final de semana, meu amor... Por favor. Prometo que depo
Acordei com dor nas costas, percebendo que havia feito as pernas de Theo de travesseiro durante a noite. O observei dormindo sentado, recostado na parede, pendendo levemente para o lado direito. Os cabelos escuros estavam um pouco despenteados e a camiseta branca, um pouco justa, exibia cada músculo de seu corpo perfeito.Foram tantos anos sendo completamente louca por aquele homem. E ele estava ali, junto de mim, passando dificuldades e se submetendo a dormir uma noite inteira sentado, somente para estar em minha companhia.Às vezes eu achava que aquilo era surreal. Seria tão mais simples se eu contasse a meu pai e ele resolvesse tudo de forma prática: pagando para não ser incomodado e para que eu talvez nunca mais voltasse a saber o que os Hernandez faziam ou exigiam dos Casanova em troca da minha tranquilidade.Mas era hora de dar um basta naquilo: as chantagens, a ideia de sempre se dar bem às custas de outras pessoas. Eles precisavam entender que era melhor me ter longe, junto do
- Tem que provar para ter certeza de que não gosta. É bom. – Ela sorriu e piscou.- Obrigado, mas não. – Theo foi firme e sério.- Sua curiosidade de provar coisas novas deveria se estender também a mulheres... Sei que gosta de mais velhas. – Mordeu o lábio, depois tragando o cigarro de forma a parecer sensual.- Mas nem tanto. – Theo não se conteve.Ela estreitou os olhos e antes que dissesse alguma coisa, ouvimos um som horrível vindo dos fundos e dei um salto, agarrando-me a Theo.- O que... É isso? – Perguntei, a voz fraca, sentindo o coração de Theo tão acelerado quanto o meu.- Sandro e Daltro estão testando miras lá nos fundos da casa. – Ela explicou, sentando-se novamente, pouco preocupada.- Com armas? Isto é tiro? – Theo perguntou.- Sim. – Ela deu de ombros.Peguei a mão de Theo:- Vamos lá...Enquanto andávamos pelo corredor e as meninas nos seguiam, avisei:- Vão para o quarto e não saiam de lá.- Mas a gente quer ir com você, Malu.- Não, isso não é coisa para crianças.
Theo jogou a arma no chão e saímos correndo em direção à Anya, que gritava no meio do matagal, feito um animal ferido.Vi o sangue no pé sem calçado, com alguns pingos no gesso que encobria a perna.- Porra! Eu acertei ela! – Theo gritou, em desespero, pegando Anya no colo, retirando-a dali, em direção à casa.Corri atrás dele, apavorada enquanto via o pé dela completamente sem movimento, o sangue escorrendo pelo trajeto. Assim que chegamos na casa, ela foi indicando onde ficava seu quarto, que era numa pequena porta, próxima da sala, afastado dos demais dormitórios que ficavam no corredor estreito.O local era fétido e as paredes beges escurecidas pela fumaça do cigarro. Tinha uma minúscula janela sem vidros, que mal deixava o espaço arejar. A cama era de casal, de tamanho mediano, menor do que as que eu estava habituada. O armário era de duas portas e as minhas duas malas estavam abertas no chão, com as roupas espalhadas para todos os lados.Sandro e Daltro apareceram, logo depois.