Menos de 24 horas (II)

Voltei para o quarto e fechei a porta capenga. Quando deitei na cama, senti a presença do meu cão da montanha dos Pirenéus.

- Gatão, você é grande demais para dividir esta cama. Esqueça a proposta que lhe fiz mais cedo.

Ele rosnou e se ajeitou. Encontrei um cantinho e o abracei. Ele gostava de carinho. E eu de um amigo leal e companheiro. Gatão era tudo que eu tinha naquele hospício.

Torci para Anya morrer, mesmo sabendo que não seria o sal em excesso que faria aquilo acontecer.

No dia seguinte, levantei cedo e tomei um banho gelado na porra do banheiro esquisito. Esmurrei a parede e não consegui aquecer a água. Pus uma boa roupa, sapatos com saltos mais grossos para não afundar no mato ou ser tragada pela areia movediça que era aquele pátio.

Estava saindo quando as meninas vieram correndo atrás de mim:

- Malu, leva a gente junto! – Kim pediu, mesmo sem saber onde eu iria.

- Mas não posso levá-las assim, sem avisar Anya.

- Ela não se importa com isso. A gente vai onde quer. – Moni exp
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