...um refúgio inesperado em meio ao caos de sua vida. Os toques de Evan e James eram simultaneamente delicados e ardentes, cada carícia carregando um significado profundo. Era como se, por um momento, todas as suas preocupações e responsabilidades fossem deixadas de lado, permitindo-lhe ser apenas Elena.O quarto parecia envolver os três em um casulo de calor e intimidade. As luzes suaves lançavam sombras dançantes nas paredes, e o som do vinho sendo despejado nas taças misturava-se aos sussurros e risos suaves. Elena sentia-se envolta em um véu de segurança e desejo, algo que há muito não experimentava.Evan a puxou gentilmente para seu colo, continuando a beijá-la com uma paixão controlada, enquanto suas mãos exploravam a curva de suas costas. James, do outro lado, a mantinha perto, murmurando palavras de carinho em seu ouvido, seus lábios traçando um caminho de fogo por seu pescoço e ombros.Cada toque, cada beijo parecia dissipar um pouco mais da tensão que Elena carregava em seus
Evan e James estavam em uma sala escura e repleta de tecnologia avançada, seus rostos iluminados apenas pelo brilho das telas dos computadores. A tensão no ambiente era palpável, e ambos estavam claramente nervosos com a situação que se desenrolava."O rastreador diz que ela está no limiar da cidade," Evan murmurou, sua voz grave e cheia de preocupação. Seus dedos deslizavam rapidamente sobre o teclado, tentando rastrear o sinal.James estava ao seu lado, com o olhar fixo na tela e a mandíbula tensa. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro, as mãos entrelaçadas atrás das costas."Por que não conseguimos encontrar mais informações sobre quem a pegou?" James perguntou, sua voz carregada de frustração. "Todas as câmeras estão offline e nada aponta para uma identidade clara.""É como se eles soubessem exatamente como se manter fora do radar," Evan respondeu, sua expressão concentrada. "Preciso descobrir onde exatamente ela está. Se eu conseguir um ponto de referência, po
A música ao redor é inebriante.Luzes coloridas dançam no teto e no chão, espalhando-se pelas paredes e pelos corpos dançantes das pessoas presentes. Homens e mulheres, trajados de forma luxuosa e voluptuosa, enchem o ambiente.Elena, fazendo o melhor que pode para passar despercebida, não consegue evitar encarar minuciosamente cada detalhe do lugar.Naquele mesmo dia, ela tinha sido incumbida de cobrir o que poderia ser o maior furo de reportagem de sua vida; a notícia que mudaria radicalmente sua carreira e finalmente a deixaria sob os tão sonhados holofotes do jornalismo.Os sapatos de salto alto apertavam seus pés; as jóias no pescoço e os brincos desnecessariamente ostensivos incomodavam terrivelmente a pele sensível de suas orelhas, mas ela não tinha mais nada a perder.Seu triunfo estava inegavelmente próximo.Ainda andando a passos lentos, contemplando a visão esplêndida que aquele lugar lhe mostrava, Elena notou que muitos dos corredores estavam escuros. Prestando mais atençã
Ofegante e assustada, Elena mal conseguiu entender o que estava acontecendo. Ainda no chão, a mulher tenta se levantar, mas é segurada fortemente pelo pescoço.“Patrocinada exclusivamente por Stuart Álvarez, não é?”, pergunta sarcasticamente o homem de cabelos cor de mel. “Você foi bem longe, temos que admitir”, comenta Valentina. “Mas suas fontes, por mais que sejam boas, não são exatamente perfeitas.Elena ouve a porta se fechando com um leve estrondo. As luzes se acendem.Não é um cômodo comum. Não é nem mesmo um escritório. Ao invés de lâmpadas convencionais, todo o ambiente está iluminado por uma fraca luz roxa. Ao invés de cadeiras e mesas, há uma enorme cama bem no centro. Nas paredes, há uma espécie de suporte com o que parecem ser correntes.A jornalista não tem tempo de fazer perguntas ou sequer entender aonde está.“Faça essa cretina ficar de pé, Evan”, ordena o homem de cabelos escuros.Evan rudemente a levanta do chão, ainda segurando-a com força pelo pescoço.“Olhem só
Com a visão turva e o corpo enfraquecido, Elena luta para se mexer, mas não consegue.Seus sentidos parecem distantes, e suas pernas se recusam a obedecer aos comandos de seu cérebro. O som alto da música ecoa em seus ouvidos, misturando-se com as risadas zombeteiras dos dois homens sádicos que a observam."Não…", ela balbucia, tentando desesperadamente resistir à sedação que toma conta de seu corpo.James e Evan se aproximam dela novamente, com sorrisos satisfeitos estampados em seus rostos. Valentina se junta a eles com uma pequena arma nas mãos, observando a cena com prazer. A jornalista lutava para manter os olhos abertos e focados, mas seu corpo estava cedendo rapidamente à ação do tranquilizante.O chão frio em contato com a sua pele não é nada se comparado ao gelo do tom de voz do homem de cabelos escuros."É uma pena que você tenha decidido fazer isso da maneira mais difícil", diz James, observando a mulher estatelada. "Mas, de qualquer forma, você já sabia que não sairia daqu
As mãos de Elena tremiam violentamente, fazendo a corrente que forçava seus braços para trás tilintar de forma irritante. James sorri.“Que bom que entendeu como as coisas funcionam, garota.”Ela tenta não cuspir na cara do bilionário, franzindo os lábios antes de encará-los mais uma vez."O que vocês querem que eu faça?", Elena pergunta, tentando controlar o tremor em sua voz.James se aproxima dela, e Evan guarda o canivete. A tensão no ambiente é palpável.Os dois homens olham mais uma vez um para o outro, como se estivessem conversando mentalmente. Finalmente, vem a conclusão. Eles seriam diretos em sua proposta.A resposta de James vem em um tom grave e calculado:"Nós temos inimigos, pessoas que querem nos derrubar. Nós precisamos de alguém como você, com suas habilidades jornalísticas e sua determinação, para nos ajudar a nos proteger e a garantir que nossos segredos permaneçam enterrados."“Então querem que eu seja uma espiã?”O homem de cabelo louro como mel esclarece:“Espiõ
O chefe gordo e bonachão de Elena, o editor-chefe do jornal, pareceu ligeiramente assustado ao ver Elena em sua sala sem o gravador, sem a bolsa e sem nada que pudesse evidenciar os crimes que testemunhara no covil dos Lobos Negros."E então?", perguntou ele, impaciente.Desconfortável, Elena pensou na conveniente desculpa da qual foi instruída por Evan e James.Ela engoliu em seco, forçando-se a parecer natural, mesmo que seu coração batesse freneticamente em seu peito. Olhou diretamente nos olhos de seu editor-chefe, lutando para manter a compostura."Foi uma noite e tanto, senhor Gomes," começou Elena, tentando manter a voz firme. "Mas acho que tenho uma pista a seguir."Antes que o homem indagasse, ela prosseguiu com sua mentira:"Os senhores Evan Hawthorne e James Blackwood não têm qualquer envolvimento com a máfia ou recursos ilegais. No entanto, sei de alguém que pode ser de fato perigoso."Elena sentiu as mãos suando. Ela não sabia quem era aquele que estava prestes a receber
Encolhida contra à parede, vestindo o que poderiam ser as roupas de uma prosituta, Elena abraçou com força os joelhos enquanto os Lobos Negros a observavam."Essa não parece a expressão de alguém que está prestes a ser recompensada", comentou em tom irônico o de cabelos negros.Evan completou:"Não mesmo. Parece que está prestes a ir para a forca."Emudecida, a mulher apenas abraçou com mais força as próprias pernas. Ela se recusava a olhar diretamente para eles."O que há de errado? Nós lhe demos a informação falsa, comprovamos que nosso bode expiatório era perigoso e agora as pessoas sabem de toda a verdade.""De toda a verdade?", debochou Elena. "Ou a verdade que vocês plantaram?""E isso importa, querida?", retrucou James. "Você teve aquilo o que merecia. Seu reconhecimento dentro da empresa."Ela chegou a respirar antes de replicar o Lobo, mas foi interrompida com um severo olhar de ambos; o olhar de quem a puniria se pasasse demais dos limites.Elena desistiu de tentar discutir.