Em casa, enquanto arrumava as próprias malas, Elena tentou não tremer diante da presença de Evan. James havia se encarregado pessoalmente de explicar ao chefe da moça o porque ela se ausentaria.Ela não sabia os detalhes, muito menos se James iria mesmo até o escritório da revista local, mas resolveu não fazer perguntas. Quanto menos impertinente fosse, mais chances tinha de aproveitar aquela brecha de gentileza inesperada da dupla implacável de Lobos."Mascote." A voz de Evan soou no ambiente.Elena o olhou de soslaio enquanto continuava a arrumar as próprias roupas. O homem de cabelos escuros estava sentado no pufe preto ao lado da cama, bebericando o chá que ele havia ordenado que a jornalista fizesse assim que chegaram no apartamento."Sim?"Evan cruzou as pernas, observando-a com um olhar calculista e penetrante."Você entende a seriedade da situação, não entende? James está fazendo um grande favor a você."Elena engoliu em seco e assentiu."Eu entendo. Agradeço a ambos por isso.
O coração de Elena parou por um instante, e seu estômago revirou. Ela olhou para Evan, esperando que ele estivesse brincando, mas o olhar impassível e frio no rosto dele deixava claro que não havia espaço para dúvidas ou questionamentos. Cada fibra do seu ser gritava para que ela se rebelasse, para que lutasse contra aquela humilhação, mas sabia que não havia saída. Não naquela situação.Com mãos trêmulas, ela começou a desabotoar a camisa, os olhos fixos no chão. A tensão no ambiente era palpável, e a respiração dela parecia ecoar em seus próprios ouvidos.Evan permaneceu em silêncio, observando-a como um predador prestes a atacar. Cada movimento dela era analisado com precisão cirúrgica, cada hesitação anotada mentalmente.Elena tirou a camisa e começou a desabotoar as calças, sentindo-se despida de qualquer dignidade, não apenas fisicamente, mas emocionalmente também. Era como se estivesse despindo todas as suas defesas, todas as suas resistências, e se entregando completamente ao
Silverbook era uma cidade linda.Bem diferente da que havia deixado para trás, pensou Elena, dentro do luxuoso carro de Evan. Era ele que ficaria de olho na mulher enquanto a mesma ficasse hospedada na casa de Clara.As ruas de Silverbook eram adornadas com árvores frondosas e flores coloridas que contrastavam vivamente com os edifícios de arquitetura antiga, mas bem conservada. O sol da manhã iluminava a cidade de uma maneira que parecia tirada de um cartão postal, e por um breve momento, Elena conseguiu esquecer a tensão e o medo que a acompanhavam desde sua última... conversa com Evan.O carro parou suavemente em frente a uma casa elegante e imponente, cercada por um jardim bem cuidado."Você não mencionou que sua irmã morava numa casa tão bela", comentou o Lobo, a primeira frase que havia dito durante a viagem inteira."Eu não sabia. Mas provavelmente conseguiu porque algum homem rico bancou ela", respondeu a mulher, olhando para ele. "E porque você não deixou que ela mesmo me tro
Ela olhou em volta, mas a praça estava deserta, apenas a brisa noturna balançando as folhas das árvores. Talvez fosse só paranoia, ou talvez realmente estivesse sendo vigiada. De qualquer forma, não podia se dar ao luxo de hesitar.Elena entrou no hotel e foi recebida por um recepcionista simpático que prontamente fez o check-in. Após pegar a chave do quarto, subiu pelo elevador antigo, que rangeu ao subir, até o terceiro andar. O quarto era pequeno, mas confortável, com uma janela que dava vista para a rua principal.Ela jogou a bolsa na poltrona e se jogou na cama, encarando o teto. As últimas horas haviam sido uma montanha-russa emocional, e agora ela precisava de um plano. Evan havia prometido cuidar das despesas do tratamento de sua mãe, mas o preço era alto demais.Pensou no documento que ele mencionara. Silverbook era uma cidade pequena, e isso significava que havia poucos lugares onde algo tão importante pudesse estar guardado. Suspeitava que precisaria se infiltrar em alguma
Uma semana havia se passado desde aquela noite. Silverbook seguia seu ritmo lento, mas para Elena, os dias tinham sido uma mistura de ansiedade e tensão. Ela havia visitado sua mãe diariamente no hospital, onde o tratamento finalmente estava em andamento. A cada visita, via a melhora gradual de sua mãe, mas também sentia o peso crescente do que havia feito para chegar até ali.Ela e Clara não se falaram mais desde então. Não que Elena realmente quisesse se reaproximar da irmã. Ela havia sido totalmente descortês e rude ao jogar toda a responsabilidade financeira em cima da jornalista, ainda mais ao dizer coisas tão vis como aquela.Batidas se fizeram ouvir na porta do quarto do hotel. Bufando, Elena respondeu que não queria serviço de quarto, mas houve insistência de quem quer que fosse."Já disse que não quero serviço de quarto", reclamou Elena novamente.A porta se abriu mesmo assim.Um belo homem de cabelos claros e olhos azuis adentrou o cômodo, vestindo roupas sociais sofitiscada
...um refúgio inesperado em meio ao caos de sua vida. Os toques de Evan e James eram simultaneamente delicados e ardentes, cada carícia carregando um significado profundo. Era como se, por um momento, todas as suas preocupações e responsabilidades fossem deixadas de lado, permitindo-lhe ser apenas Elena.O quarto parecia envolver os três em um casulo de calor e intimidade. As luzes suaves lançavam sombras dançantes nas paredes, e o som do vinho sendo despejado nas taças misturava-se aos sussurros e risos suaves. Elena sentia-se envolta em um véu de segurança e desejo, algo que há muito não experimentava.Evan a puxou gentilmente para seu colo, continuando a beijá-la com uma paixão controlada, enquanto suas mãos exploravam a curva de suas costas. James, do outro lado, a mantinha perto, murmurando palavras de carinho em seu ouvido, seus lábios traçando um caminho de fogo por seu pescoço e ombros.Cada toque, cada beijo parecia dissipar um pouco mais da tensão que Elena carregava em seus
Evan e James estavam em uma sala escura e repleta de tecnologia avançada, seus rostos iluminados apenas pelo brilho das telas dos computadores. A tensão no ambiente era palpável, e ambos estavam claramente nervosos com a situação que se desenrolava."O rastreador diz que ela está no limiar da cidade," Evan murmurou, sua voz grave e cheia de preocupação. Seus dedos deslizavam rapidamente sobre o teclado, tentando rastrear o sinal.James estava ao seu lado, com o olhar fixo na tela e a mandíbula tensa. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro, as mãos entrelaçadas atrás das costas."Por que não conseguimos encontrar mais informações sobre quem a pegou?" James perguntou, sua voz carregada de frustração. "Todas as câmeras estão offline e nada aponta para uma identidade clara.""É como se eles soubessem exatamente como se manter fora do radar," Evan respondeu, sua expressão concentrada. "Preciso descobrir onde exatamente ela está. Se eu conseguir um ponto de referência, po
A música ao redor é inebriante.Luzes coloridas dançam no teto e no chão, espalhando-se pelas paredes e pelos corpos dançantes das pessoas presentes. Homens e mulheres, trajados de forma luxuosa e voluptuosa, enchem o ambiente.Elena, fazendo o melhor que pode para passar despercebida, não consegue evitar encarar minuciosamente cada detalhe do lugar.Naquele mesmo dia, ela tinha sido incumbida de cobrir o que poderia ser o maior furo de reportagem de sua vida; a notícia que mudaria radicalmente sua carreira e finalmente a deixaria sob os tão sonhados holofotes do jornalismo.Os sapatos de salto alto apertavam seus pés; as jóias no pescoço e os brincos desnecessariamente ostensivos incomodavam terrivelmente a pele sensível de suas orelhas, mas ela não tinha mais nada a perder.Seu triunfo estava inegavelmente próximo.Ainda andando a passos lentos, contemplando a visão esplêndida que aquele lugar lhe mostrava, Elena notou que muitos dos corredores estavam escuros. Prestando mais atençã