Como Mário era um professor na faculdade onde elas estudavam, sua amiga achou que aquela era uma ótima oportunidade para ela, o achava um homem de bem, lindo e rico, uma combinação mais que perfeita para sua amiga, por mais que ele fosse lindo, ainda não fazia o seu tipo.
— Essa aqui é a Giovanna — apresentou sua amiga, com um sorriso.
Assim que ele ouviu o seu nome, estreitou seus olhos para ela, não foi com aquele nome que ela tinha se apresentado a ele.
— Muito prazer, sou o Mário — pegou sua mão, analisando suas expressões.
No entanto, Giovanna apenas acenou com a cabeça, lhe dando um leve sorriso, não demonstrando nenhuma empolgação com relação a ele, o que o fez ficar ainda mais intrigado, já que se orgulhava do fato de não passar despercebido pelas mulheres.
— Bom, vou deixar vocês a sós para se conhecerem melhor, vou falar com mais alguns dos meus convidados, e quanto a você — apontou para Mário — Trate de cuidar bem da minha amiga.
Giovanna perdeu as contas, das vezes em que sua melhor amiga a deixou em uma situação constrangedora, Olívia sempre fazia parecer que ela estava desesperada à procura de um homem.
— Me desculpe, às vezes a Olívia exagera um pouco — tentou amenizar de alguma forma, aquele constrangimento.
— Não se preocupe, de todo jeito essa era a minha intenção — tentava ganhar pontos com ela.
— Vamos dançar? — a convidou, tentando quebrar o gelo.
Aquele ponto eles tinham em comum, ambos gostavam muito de dançar, mas nem sempre encontravam um parceiro compatível para dançar.
Giovanna se surpreendeu com a performance dele na dança, mas ainda planejava dizer a ele a verdade e o dispensar, afinal, ela só tinha concordado com aquilo, para que Olívia parasse de perturbá-la, porém, antes que pudesse dispensá-lo, ele se aproximou mais dela, e falou próximo ao seu ouvido.
— Por que você mentiu para mim? — se afastou querendo ver sua reação.
— Como assim? Quando foi que eu menti para você? — ela pensou que ele soubesse que ela era casada.
— Depois da adrenalina de ontem, já esqueceu meu rosto? Ou era o sangue que estava me fazendo ficar mais atraente?
Somente depois daquelas palavras, foi que se deu conta que ele era o mesmo homem que ela ajudou, e achou aquilo tudo muita coincidência, acabaram se esbarrando dois dias seguidos e entendeu do que se tratava a mentira, que ele se referia.
— Me desculpe, eu realmente não te reconheci, mas você e a Olivia são amigos? Se conhecem de onde? — ficou curiosa, sobre como se conheciam.
— Sou professor na faculdade onde ela estuda e nos conhecemos através de amigos em comum, eu respondi sua pergunta, mas você ainda não respondeu a minha.
— Digamos que não conheço você, e a situação em que te ajudei, era no mínimo suspeita, então preferi não dizer meu nome verdadeiro, mas em todo caso, me desculpe.
— Não sei, acho que seu pedido de desculpas não me pareceu sincero, mas tenho que admitir que você foi a primeira mulher que não se lembrou do meu rosto, normalmente as mulheres já querem passar uma noite comigo, assim que me conhecem — brincou com ela.
— Não sou do tipo que se impressiona tão facilmente — o achou muito convencido.
Os dois pareciam estar num clima descontraído, continuava a responder dançando ao mesmo tempo.
— Como seu pedido de desculpas não me convenceu, tem uma forma que pode me fazer acreditar que foi sincera, aceitando sair comigo esse fim de semana — fez sua jogada.
Antes de conversar um pouco com ele, já estava decidida a dispensá-lo, mas enquanto conversavam e dançavam, acabou achando Mario simpático, e pensou melhor no que sua amiga tinha falado, sair com alguém não significava começar a namorar novamente, ou estar pensando em um novo romance, mas tinha se privado de muita coisa durante aqueles anos, e achava que merecia um pouco de diversão em sua vida, e decidiu aceitar.
— Está bem, aceito sair com você, se é a única forma de te convencer a aceitar meu pedido de desculpas.
Mario ficou feliz em saber que conseguiu convencê-la, ele tinha ficado encantado com a beleza e bravura daquela mulher, e queria conhecer mais sobre ela.
— Me empresta seu telefone — pediu, já estendendo a mão.
Giovanna não sabia o que ele iria fazer, mas entregou o telefone do mesmo jeito, Mario digitou seu número no celular dela, e em seguida ligou para ele mesmo.
— Aqui, agora não pode me passar o número errado também — devolveu o celular para ela.
Aquela tinha sido sua intenção, como ela havia mentido antes sobre seu nome, poderia mentir sobre seu número também, e fazendo aquilo, ela não poderia enganá-lo.
Já que ele já tinha conseguido seu número, dançaram mais um pouco, e depois cada um foi para um lado, tinham conhecidos naquela festa, e não dava para ficar juntos ali, até o final da festa.
Mário voltou a circular pela festa, mas seu olhar sempre ia em direção aquela mulher que o tinha encantado, observava ela andando pelo lugar, conversava e sorria com algumas pessoas, e pegou até mesmo se perguntando, se mais alguém ali estava dando em cima dela.
Ele era muito controlador, mas não tinha por que ser daquela forma com ela, já que ela não o pertencia, mas enquanto a observava, acabou cogitando aquela possibilidade. A pista de dança começou a ficar movimentada novamente, eles mudaram o ritmo da música colocando um samba, Giovanna gostava muito daquele ritmo brasileiro, e assim que ouviu o que estava tocando, voltou para onde estava sendo a pista de dança.
Os olhos de Mário se iluminaram, ao ver a forma com que ela dançava, era de um jeito empolgante, demonstrava sua paixão pelo que dançava, e ele achou muito clamoroso toda sua performance, aproveitou que também gostava daquele tipo de música, e desceu para dançar com ela.
Ela dançava e sorria para ele ao mesmo tempo, estava sendo a primeira vez que ambos conseguiram encontrar um parceiro de dança compatível, cada um estava surpreso à sua maneira, estavam conseguindo acompanhar a forma que ambos dançavam e aquele foi mais um ponto para que se sentissem ainda mais atraídos um pelo outro.
Depois de toda aquela agitação, quando a música acabou, ela foi até o banheiro retocar a maquiagem, e enquanto estava lá, Olívia foi atrás dela, estava curiosa para saber se seu palpite tinha dado certo.
— Acho que dessa vez eu acertei, eu vi como vocês estavam dançando na pista, você parecia bem animada.
— Não fica tão animada assim, ele parece uma pessoa boa, mas não significa nada — não queria dar esperança para ela.
— Não significa porque você não quer, não consigo entender essa sua mania, de ficar pensando nesse bendito casamento, acha mesmo que ele está sendo fiel durante todo esse tempo? — estava se sentindo indignada.
— Não estou fazendo isso por consideração a ele, mas sabe bem que existe cláusulas que pode me comprometer, eu assinei aquele documento indignada, mas assinei, eu esperei os três anos, posso esperar mais alguns dias ou semanas para que ele assine o divórcio, e se aquele homem lá fora estiver mesmo afim, que espere — sua convicção era forte.
— E se ele quiser te levar embora? Vai permitir?
— Eu estou de carro, Olívia — tentou despistar ainda mais.
— Não seja por isso, do seu carro eu cuido, agora não tem mais desculpas para não ir com ele, caso ele te chame.
Olívia queria que os dois se dessem bem, e faria todo possível para ajudar, queria ver sua amiga feliz, e apostava naquela possível relação. No restante da festa, eles continuaram trocando olhares, até que ele percebeu que Giovanna parecia estar querendo ir embora, e tudo acabou acontecendo como Olívia tinha previsto.
— Será que eu poderia te levar em casa? — se aproximou e perguntou próximo a Olívia.
Ele já tinha sacado que ela estava a favor dos dois, e fez questão de fazer aquele convite, ainda estando perto dela, justamente para que a outra ajudasse.
Giovanna olhou para a sua amiga que fez um sinal para ela, entendeu que mesmo que ela quisesse recusar provavelmente a outra não deixaria, e acabou aceitando aquela oferta.
— Tudo bem, você pode me levar.
O sorriso no rosto de Olivia ficou completamente escancarado, ela queria que eles se acertassem ou pelo menos, que ela se divertisse, que não ficasse presa há um casamento de fachada.
Os dois se despediram de Olivia, e saíram do bar indo em direção ao carro, ele olhou em algumas direções, antes de abrir a porta para ela e entrar em seguida, colocaram o cinto, e ele pediu seu endereço.
Durante o percurso, ele fez algumas perguntas para ela, tinha seus meios para descobrir o que queria, mas preferiu perguntar diretamente.
— Você mora sozinha?
— Moro com minha irmã, somos somente nós duas, meus pais adotivos morreram a três anos — se repreendeu por ter explicado tanto.
— E você? Mora com quem? — ela também queria saber.
— Sozinho, mas tenho meu avô, foi ele quem me criou depois da morte dos meus pais, então tenho ele como meu pai também.
Aquele ponto também eles tinham em comum, os dois tinham perdido seus pais, ela até mesmo por duas vezes, mas cada vez mais, descobria pontos em comum entre os dois.
Ambos fizeram mais perguntas, até ele chegar em frente ao prédio onde ela morava, sua casa ficava perto de onde ele foi encurralado e bateu uma certa preocupação.
Ele desceu, e abriu a porta para ela novamente, ficaram ali na frente, mas ela não o chamou para subir.
— Giovanna, foi um prazer enorme te conhecer, acho que termos nos encontrado dois dias seguidos, foi um sinal, e nosso encontro está de pé?
— Eu também gostei muito de te conhecer, foi uma noite bem divertida, não se preocupe, não costumo furar aos meus compromissos.
Ela sorriu para ele, que não resistiu àquele sorriso, se aproximou mais dela, colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha, passou a mão por seu rosto, e em seguida a beijou, e ela retribuiu aquele beijo que ambos gostaram.
Eles se separaram e ela se despediu, entrando em seu prédio, depois que ela finalmente desapareceu, seu semblante ficou frio, ele se virou e encostou em seu carro.
— Podem sair.
Depois daquela ordem, alguns de seus subordinados apareceram, depois do que tinha acontecido com ele, não andou mais sozinho, mas fez questão que ficassem mais escondidos.
— Senhor, os homens que participaram de sua emboscada perto daqui, estão todos mortos — relatou sua subordinada.
— Tem alguma possibilidade de terem anotado a placa do carro da mulher que me ajudou?
— Sim.
— Pois bem Marina, a partir de hoje você vai cuidar da segurança da mulher que estava comigo essa noite, pois foi ela que me ajudou e se alguma coisa acontecer com ela, você vai pagar com sua vida.
Ele se virou e entrou no carro, mesmo ela tendo feito um sinal de entendimento para aquela ordem, ela não gostou nem um pouco daquilo, mas tinha que obedecer, mas a forma que ele falou com ela, ficou enraizado em seu coração.
Assim que Mário retornou para casa, recebeu novas informações dos seus subordinados. — Senhor, conseguimos descobrir quem foi o traidor, que passou a informação da localização de onde o senhor estava, ele já está preso no local de sempre, estamos somente esperando pelo senhor. — Ótimo, vamos até lá, esse miserável tem muita coisa para dizer. Ele mal havia chegado e acabou saindo novamente, eles tinham um local próprio para interrogatório e foi para lá que eles foram, para interrogar aquele traidor e Mário fazia questão de estar presente, já que ele mesmo gostava de interrogar aquele tipo de homem. Quando chegaram, aquele homem estava amarrado com as mãos para cima, ele já tinha levado alguns socos e já estava bem machucado, Mario se aproximou, e como sempre, estava com suas luvas brancas nas mãos, olhou bem para seu subordinado e começou a falar com ele. — Então você é o traidor? Muita ousadia a sua, achou mesmo que eu não fosse descobrir? Quem está por trás da ordem? — Eu não
Mesmo sabendo do risco que estava correndo, Giovanna não se intimidou por aquela mensagem, sua determinação dizia que precisava seguir em frente, até descobrir sobre os problemas daquela mina, aquele patrimônio tinha sido deixado para ela e sua irmã, precisava proteger os bens da sua família. Ela manteve o e-mail em sua caixa de mensagem, e partiu para verificar o outro, que tinha sido enviado pelo detetive. Giovanna abriu aquele e-mail, e nele continha as provas sobre o colapso na mina, ela leu cada informação que foi mandada pelo detetive, mas já pensando no que fazer com todas aquelas provas e com os culpados de toda aquela situação. Giovana notou que além das informações sobre a mina, ainda existia algo mais naquele relatório era algumas informações referente ao acidente de carro que seus pais adotivos sofreram. No relatório dizia que havia uma testemunha-chave daquele acidente, ela se sentiu animada, pois poderia conseguir algum tipo de prova, que a levasse ao que realmente es
Na manhã seguinte bem cedo, a irmã de Giovanna viajou com suas amigas, ela desceu com Bianca ajudando com as malas, mas antes de saírem, ela ainda recomendou novamente. — Assim que chegar envie uma mensagem, não esqueça de tomar os seus remédios, por favor não saia com estranhos e não faça besteiras por lá — abraçou sua irmã. — Sim senhora, prometo me comportar, além do mais sou adulta, sou mais nova que você somente por um ano, então pare de me tratar como criança sua boba. Ela argumentou, se despediu de Giovanna e entrou no carro com suas amigas saindo rumo a sua nova vida. Enquanto olhava sua irmã partir, Olivia chegou com seu novo namorado, eles também sairiam de viagem naquela manhã e combinaram de que Mário os pegaria no apartamento de Giovanna. Eles subiram, mas logo já chegou uma mensagem de Mário, pedindo que fossem para o terraço, que ele estava quase chegando. — Ele está vindo de helicóptero? — questionou incrédula depois de ler. No prédio em que ela morava, realmente
Giovanna estava quase perdendo a consciência, já podia sentir o seu corpo começando a desfalecer, mas ainda pôde sentir que algo a puxou, por sorte era Mário, que tinha conseguido a encontrar, ele a puxou em sua direção, colocando a máscara extra que ele sempre carregava, tentando fazer com que ela respirasse. Depois de alguns segundos, ele conseguiu fazer com que ela não perdesse a consciência, fez um sinal com a mão, pedindo para que ela tivesse calma e respirasse devagar e só depois que viu que ela tinha se acalmado, tirou seus equipamentos danificados e foi que segurou sua mão a puxando para sair daquele lugar. Os dois saíram da caverna, o sentimento de alívio que ela sentia naquele momento era indescritível, saber que passou perto de ter morrido naquela caverna, era realmente assustador, ele seguiu segurando sua mão e a puxando até avistarem o iate, só então ele parou e se olharam. Eles não sabiam se era pela adrenalina do que tinha acontecido, ou se era porque realmente se s
Os dois ainda se beijavam intensamente naquele chão, por aqueles poucos instantes, não estavam se importando com nada e nem com ninguém, até que ela percebeu o que estava fazendo, parou seus beijos e tentou se levantar, pois tinha ficado com vergonha daquela impulsividade. Mário percebeu que ela queria se levantar, mas não queria que aquele beijo e aquele contato terminassem, pois estava gostando muito daquilo, ele segurou seu rosto, começando novamente aquele beijo de uma forma bem mais apaixonada. A princípio Giovanna tentou resistir, mas aos poucos foi cedendo aquele beijo, na verdade, era também o que ela queria, acabou se entregando de vez em um beijo mais íntimo que estavam tendo e que ambos estavam gostando. No andar de baixo, Olivia achou que aqueles dois estavam demorando até demais, ficou se perguntando se resolveram partir logo para a sobremesa e se seus presentinhos, tinham ajudado em alguma coisa. — Vou subir para ver o porquê de estarem demorando tanto — avisou seu n
Giovanna andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer nem o que pensar, todas aquelas informações na sua frente, parecia muita coisa para sua cabeça naquele momento, ela decidiu ligar para o advogado novamente, precisava tirar aquelas dúvidas que estavam inundando sua cabeça e assim que ele atendeu, começou suas indagações. — A foto que me mandou é do meu marido? — Sim senhora, são todas as informações que temos, como a senhora nunca quis saber sua aparência, durante esse casamento, pensei que talvez quisesse saber como ele era, já que estão prestes a se divorciarem. — Você sabe me dizer se ele tem fotos minhas também? — Sim, ele também tem todos os seus dados, inclusive fotografias, eles investigaram tudo sobre a senhora. Mas aconteceu alguma coisa? Tem algum problema com essas informações? — Não, nenhum problema, só queria ter certeza dessa informação, obrigada por enquanto. Ela desligou e ainda estava em choque com tudo aquilo, se Mario sabia quem ela era, no mínimo
Giovanna voltou para a sala de aula, somente para pegar suas coisas, estava muito irritada e não queria ver Mario novamente. — Onde você está indo? O que aconteceu? — Olívia não sabia o que tinha acontecido com sua amiga. — Não vou continuar na próxima aula, invente que passei mal, depois te explico, preciso sair daqui o mais rápido possível — se virou, saindo com suas coisas, após a responder. Giovanna saiu rápido da sala, não queria arriscar se encontrar com Mario ali dentro, ou pelos corredores da faculdade, caminhou a passos largos em direção ao seu carro no estacionamento da faculdade, assim que entrou, se derramou em lágrimas como ainda não tinha feito antes, quando descobriu o que ele tinha feito. Ela não poderia dar o gostinho para aquele homem, de ver ela chorando devido aos sentimentos que tinha por ele, mas ali naquele carro estava sozinha, podendo se permitir chorar, colocando aqueles sentimentos para fora. A sua casa não seria uma boa opção para ela ir naquele moment
Mario notou que ela pareceu se lembrar do que tinha acontecido e também do que tinha feito e aproveitou para continuar chamando a atenção dela.— Será que agora você já entendeu o que aconteceu? Suas roupas estavam sujas, como eu poderia deixar você ficar desse jeito, eu só tentei te ajudar e o que eu recebi? Está vendo essa marca no meu rosto, foi do tapa que você me deu, isso foi muita ingratidão da sua parte.— Você mereceu.— Por que eu mereci? Pelo que viu no escritório? Pois essa é outra injustiça que me fez, no escritório não era eu que estava lá dentro, era o diretor que estava com aquela professora lá na minha sala, eu os encontrei quando cheguei, achou mesmo que tivesse sido eu?Giovanna ficou pensando no fato das camisas serem diferentes e que havia a possibilidade de que fosse verdade o que ele estava dizendo para ela, mas ainda não mudava o fato dele estar fingindo não ser o seu marido.— Será que entendeu o quanto eu fui injustiçado por você? — continuou se aproximando,