Mesmo sabendo do risco que estava correndo, Giovanna não se intimidou por aquela mensagem, sua determinação dizia que precisava seguir em frente, até descobrir sobre os problemas daquela mina, aquele patrimônio tinha sido deixado para ela e sua irmã, precisava proteger os bens da sua família.
Ela manteve o e-mail em sua caixa de mensagem, e partiu para verificar o outro, que tinha sido enviado pelo detetive. Giovanna abriu aquele e-mail, e nele continha as provas sobre o colapso na mina, ela leu cada informação que foi mandada pelo detetive, mas já pensando no que fazer com todas aquelas provas e com os culpados de toda aquela situação.
Giovana notou que além das informações sobre a mina, ainda existia algo mais naquele relatório era algumas informações referente ao acidente de carro que seus pais adotivos sofreram.
No relatório dizia que havia uma testemunha-chave daquele acidente, ela se sentiu animada, pois poderia conseguir algum tipo de prova, que a levasse ao que realmente estava por trás da morte dos seus pais adotivos.
Mesmo estando ainda bem cedo, pegou seu telefone e decidiu ligar para o detetive que havia lhe mandado aquelas informações e assim que ele atendeu já foi direto ao ponto.
— Bom dia detetive, eu acabei de olhar todas as informações que me passou, sobre a situação da mina, já estou vendo como vou proceder, quanto a segunda informação que me mandou, existe a possibilidade de conseguir um endereço dessa testemunha?
— Bom dia senhorita, posso fazer todo o possível para conseguir essa informação, mas se tiver algo mais por trás dessa história, como você mencionou, essa pessoa pode estar tentando se manter em sigilo, mas vou tentar de todas as formas, qualquer informação eu envio para você.
— Dinheiro não é o problema, mas preciso dessas informações — reafirmou sem nenhuma hesitação.
— Não se preocupe Giovanna, eu já trabalhei para os seus pais antes e não estou fazendo isso somente pelo dinheiro, também quero saber o que realmente aconteceu.
— E mais uma coisa, vou te enviar um e-mail anônimo que recebi, para ver se você consegue descobrir alguma coisa sobre ele, se descobrir alguma informação, por favor me avise.
Eles concluíram aquela ligação e a tensão de Giovanna era nítida, ela precisava relaxar e decidiu ir para academia. Enquanto se arrumava, sua irmã bateu na porta pedindo para que ela permitisse que entrasse e assim que a sua irmã entrou, Giovanna notou que alguma coisa estava errada.
— O que foi? Conheço você há muito tempo, sei que tem alguma coisa errada, o que foi que aconteceu?
Bianca sabia, que não seria fácil convencer sua irmã do que ela queria, mas ela já sabia qual artifícios usar, para conseguir convencer sua irmã a ceder as suas vontades. Giovanna sempre a mimou por causa dos problemas de saúde que ela tinha, sempre usava desses artifícios, para conseguir o que queria.
— Eu e minhas amigas decidimos estudar em outra faculdade, lá tem as aulas que queremos e podemos dividir o mesmo dormitório, só que é em outra cidade.
— Para outra cidade? Sabe o quanto eu fico preocupada com a sua saúde? — só de imaginar, já estava ficando preocupada.
— Eu tenho feito meus exames e estou tomando meus remédios corretamente, não podemos fazer mais nada, não é estar perto de você que vai evitar que eu passe mal e além do mais, não vou estar morando sozinha, por favor confie — ela fez beicinho em súplica.
— Está bem Bianca, mas com uma condição: me ligue sempre, me mantenha informada da sua saúde, eu quero saber tudo o que está fazendo por lá e por favor, tenha muita responsabilidade e cuidado com quem você anda.
Bianca abraçou e beijou a sua irmã agradecendo por tê-la deixado ir, ela saiu do quarto eufórica dizendo que iria terminar de arrumar suas coisas, já que estavam indo no dia seguinte.
Mesmo deixando que ela fosse, Giovanna ainda não conseguia deixar de se preocupar com sua irmã, mas também sabia que não poderia mantê-la debaixo das suas asas o tempo todo, depois daquela notícia, sua tensão somente aumentou, precisava mesmo daquele treino na academia.
Ela terminou de se arrumar, avisou sua irmã que estava saindo e foi se encontrar com seu treinador, ela praticava jiu-jitsu brasileiro, gostava de tudo que envolvia o Brasil, mas aquele dia, não estava sendo um bom dia para aquele tipo de treino, além dos seus pensamentos nos problemas da empresa e sua irmã, ainda não conseguia parar de pensar em Mario, inclusive seu próprio treinador percebeu.
— Hoje você não está focada, seu corpo e sua mente precisam trabalhar juntos Giovanna.
Ela se desculpou com seu professor e encerraram a aula por aquele dia, como ele mesmo havia dito, ela não estava focada o suficiente, e poderia acabar se machucando. Naquele dia ela ainda foi para uma aula extra na faculdade e depois para a empresa, precisava estudar e trabalhar, mas não estava sendo fácil.
Mario, no entanto, passou o dia pensando no convite que fez para sair com Giovanna, sabia que ela era escorregadia e pensou em um plano, queria passar o fim de semana com ela, mas como precaução, precisaria da ajuda da melhor amiga da mulher que ele estava tentando conquistar, então ligou para ela.
— Olivia, preciso da sua ajuda, quero convencer a Giovanna a passar o fim de semana comigo, mas sei que ela vai acabar recusando, então quero que me ajude, espero que você e seu novo namorado vá conosco nessa viagem, assim ela vai aceitar ir.
— Pode contar comigo, o que quer que eu faça?
— Marque com ela essa noite, eu vou aparecer no local e vou fazer a proposta — estava com todo esquema armado.
Os dois armaram aquele plano e logo Olivia tratou de o colocar em prática, ligando para Giovanna.
— Amiga, quero que me encontre no mesmo local de sempre, preciso te contar algumas novidades — estava animada.
— Quando eu sair da empresa, vou te encontrar — não estava tão animada quanto sua amiga.
Ela concordou porque talvez bebendo, conseguisse esquecer um pouco tudo que estava na sua cabeça, ou pioraria de vez. Depois que saiu da empresa, foi para onde tinha marcado com Olívia para se encontrar com ela, mas quando avistou sua amiga, teve uma surpresa, Mario estava sentado na mesa com ela.
Olivia a viu e fez um gesto todo sorridente para ela a chamando, ela não podia nem fingir mais, que não tinha os visto, apesar que no fundo, gostou de ter visto Mario ali, já que pensou nele o dia todo.
Ela se aproximou e Mario a cumprimentou com um beijo no rosto, eles se sentaram e sua amiga inventou a desculpa, para tê-lo encontrado ali.
— Eu estava te esperando e olha quem eu encontrei por aqui, o amigo que ele estava esperando não vai poder vir, então ele estava me fazendo companhia até você chegar — falou tudo bem naturalmente.
— É um prazer te ver de novo e antes ainda do combinado — ele lhe deu um sorriso.
Aquele sorriso fez errar uma batida de seu coração, ela mesmo não acreditava em como estava se sentindo atraída por aquele homem.
— Igualmente — foi simples sua fala, pois estava um pouco nervosa.
— Mas qual a novidade que queria me contar? — perguntou logo a sua amiga.
— Agora na verdade são duas, a primeira é que estou namorando e a segunda, eu vou deixar que o Mario conte.
— Eu queria te convidar para passar o fim de semana comigo em um lugar paradisíaco.
Giovanna olhou para sua amiga que mantinha um enorme sorriso, e ainda fazia movimentos com a sobrancelha, ela tinha concordado em ir a um encontro com ele, mas um fim de semana a sós com aquele homem seria se testar demais.
— Não sei se seria apropriado isso.
— Se estiver preocupada em ir sozinha comigo, eu convidei sua amiga e o namorado dela para irem também, se essa for a desculpa, você não a tem mais.
Olivia notou a piscada que o outro deu a ela, e entendeu que era sua deixa para ajudar no convencimento da sua amiga.
— Vamos Giovanna, vai ser interessante, e a quanto tempo você não tira um fim de semana para se divertir? — fez a mesma cara que sempre fazia, para convencê-la.
Como a proposta não era somente para ela, repensou sua decisão, sua irmã estava indo embora no dia seguinte, ela ficaria sozinha naquele apartamento e talvez fosse mesmo uma boa ideia sair um pouco.
— Está bem, eu vou.
Sua amiga comemorou e Mario deu um sorriso de satisfação para ela, eles continuaram ali por mais um tempo, beberam um pouco antes de decidirem ir embora. Olivia se despediu e saiu na frente, ele a acompanhou até o carro, para certificar que ela estava em condições de dirigir.
— Eu estou bem, o que tomei não era forte ao ponto de me deixar bêbada.
Mario queria se aproximar dela para se despedir com um beijo, ela queria evitar aquilo, mas acabou não conseguindo e deixou que ele a beijasse, ela entrou no carro e foi embora com um sorriso no rosto.
Eles deixaram tudo acertado, o horário e de onde partiriam, esperava que não se arrependesse daquela decisão, e depois que voltasse, tentaria apressar novamente os trâmites daquele divórcio.
Na manhã seguinte bem cedo, a irmã de Giovanna viajou com suas amigas, ela desceu com Bianca ajudando com as malas, mas antes de saírem, ela ainda recomendou novamente. — Assim que chegar envie uma mensagem, não esqueça de tomar os seus remédios, por favor não saia com estranhos e não faça besteiras por lá — abraçou sua irmã. — Sim senhora, prometo me comportar, além do mais sou adulta, sou mais nova que você somente por um ano, então pare de me tratar como criança sua boba. Ela argumentou, se despediu de Giovanna e entrou no carro com suas amigas saindo rumo a sua nova vida. Enquanto olhava sua irmã partir, Olivia chegou com seu novo namorado, eles também sairiam de viagem naquela manhã e combinaram de que Mário os pegaria no apartamento de Giovanna. Eles subiram, mas logo já chegou uma mensagem de Mário, pedindo que fossem para o terraço, que ele estava quase chegando. — Ele está vindo de helicóptero? — questionou incrédula depois de ler. No prédio em que ela morava, realmente
Giovanna estava quase perdendo a consciência, já podia sentir o seu corpo começando a desfalecer, mas ainda pôde sentir que algo a puxou, por sorte era Mário, que tinha conseguido a encontrar, ele a puxou em sua direção, colocando a máscara extra que ele sempre carregava, tentando fazer com que ela respirasse. Depois de alguns segundos, ele conseguiu fazer com que ela não perdesse a consciência, fez um sinal com a mão, pedindo para que ela tivesse calma e respirasse devagar e só depois que viu que ela tinha se acalmado, tirou seus equipamentos danificados e foi que segurou sua mão a puxando para sair daquele lugar. Os dois saíram da caverna, o sentimento de alívio que ela sentia naquele momento era indescritível, saber que passou perto de ter morrido naquela caverna, era realmente assustador, ele seguiu segurando sua mão e a puxando até avistarem o iate, só então ele parou e se olharam. Eles não sabiam se era pela adrenalina do que tinha acontecido, ou se era porque realmente se s
Os dois ainda se beijavam intensamente naquele chão, por aqueles poucos instantes, não estavam se importando com nada e nem com ninguém, até que ela percebeu o que estava fazendo, parou seus beijos e tentou se levantar, pois tinha ficado com vergonha daquela impulsividade. Mário percebeu que ela queria se levantar, mas não queria que aquele beijo e aquele contato terminassem, pois estava gostando muito daquilo, ele segurou seu rosto, começando novamente aquele beijo de uma forma bem mais apaixonada. A princípio Giovanna tentou resistir, mas aos poucos foi cedendo aquele beijo, na verdade, era também o que ela queria, acabou se entregando de vez em um beijo mais íntimo que estavam tendo e que ambos estavam gostando. No andar de baixo, Olivia achou que aqueles dois estavam demorando até demais, ficou se perguntando se resolveram partir logo para a sobremesa e se seus presentinhos, tinham ajudado em alguma coisa. — Vou subir para ver o porquê de estarem demorando tanto — avisou seu n
Giovanna andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer nem o que pensar, todas aquelas informações na sua frente, parecia muita coisa para sua cabeça naquele momento, ela decidiu ligar para o advogado novamente, precisava tirar aquelas dúvidas que estavam inundando sua cabeça e assim que ele atendeu, começou suas indagações. — A foto que me mandou é do meu marido? — Sim senhora, são todas as informações que temos, como a senhora nunca quis saber sua aparência, durante esse casamento, pensei que talvez quisesse saber como ele era, já que estão prestes a se divorciarem. — Você sabe me dizer se ele tem fotos minhas também? — Sim, ele também tem todos os seus dados, inclusive fotografias, eles investigaram tudo sobre a senhora. Mas aconteceu alguma coisa? Tem algum problema com essas informações? — Não, nenhum problema, só queria ter certeza dessa informação, obrigada por enquanto. Ela desligou e ainda estava em choque com tudo aquilo, se Mario sabia quem ela era, no mínimo
Giovanna voltou para a sala de aula, somente para pegar suas coisas, estava muito irritada e não queria ver Mario novamente. — Onde você está indo? O que aconteceu? — Olívia não sabia o que tinha acontecido com sua amiga. — Não vou continuar na próxima aula, invente que passei mal, depois te explico, preciso sair daqui o mais rápido possível — se virou, saindo com suas coisas, após a responder. Giovanna saiu rápido da sala, não queria arriscar se encontrar com Mario ali dentro, ou pelos corredores da faculdade, caminhou a passos largos em direção ao seu carro no estacionamento da faculdade, assim que entrou, se derramou em lágrimas como ainda não tinha feito antes, quando descobriu o que ele tinha feito. Ela não poderia dar o gostinho para aquele homem, de ver ela chorando devido aos sentimentos que tinha por ele, mas ali naquele carro estava sozinha, podendo se permitir chorar, colocando aqueles sentimentos para fora. A sua casa não seria uma boa opção para ela ir naquele moment
Mario notou que ela pareceu se lembrar do que tinha acontecido e também do que tinha feito e aproveitou para continuar chamando a atenção dela.— Será que agora você já entendeu o que aconteceu? Suas roupas estavam sujas, como eu poderia deixar você ficar desse jeito, eu só tentei te ajudar e o que eu recebi? Está vendo essa marca no meu rosto, foi do tapa que você me deu, isso foi muita ingratidão da sua parte.— Você mereceu.— Por que eu mereci? Pelo que viu no escritório? Pois essa é outra injustiça que me fez, no escritório não era eu que estava lá dentro, era o diretor que estava com aquela professora lá na minha sala, eu os encontrei quando cheguei, achou mesmo que tivesse sido eu?Giovanna ficou pensando no fato das camisas serem diferentes e que havia a possibilidade de que fosse verdade o que ele estava dizendo para ela, mas ainda não mudava o fato dele estar fingindo não ser o seu marido.— Será que entendeu o quanto eu fui injustiçado por você? — continuou se aproximando,
Aquele leilão, estava sendo realizado pelo pessoal do próprio doutor morte, que inclusive estava a bordo daquele navio, pelas câmeras de segurança instaladas por toda extensão daquele navio, ele já estava sabendo que Giovanna estava naquele cruzeiro, desde quando ela pisou lá dentro. Mario se comunicava por um aparelho em sua roupa com a sala de monitoramento, assim, era como se estivesse em vários lugares ao mesmo tempo. — Senhor, a mulher que pediu para ficarmos de olho, ela arrematou as pedras, mas desde que saiu da sala de leilão, está sendo seguida, ela está indo em direção às escadas, acredito que vai descer do navio. Mario não participou pessoalmente do leilão, primeiro, porque tinha outras coisas para resolver, segundo, não queria que ela o visse ali, tentaria passar despercebido dela, mas quando soube da parte que ela estava sendo seguida, pediu licença para as pessoas que estava conversando e saiu rápido, indo na direção que ela tinha ido. — Onde ela está agora? — comuni
Giovanna começou a prestar atenção no que aqueles dois falavam, Mario também pegou um fone de ouvido, começando a escutar aquela conversa, talvez algo naquela história pudesse ser de seu interesse.— Ela tinha que aparecer nesse cruzeiro? E ainda arrematou aquelas pedras, dessa vez a Giovanna não me escapa, vou aproveitar que vamos estar em alto mar e matar aquela desgraçada, ela pode ter vindo, mas não vai voltar para a casa, depois disso vai ser fácil lidar com a empresa — argumentou Vetter, para aquele outro homem.— Você não deve fazer isso nesse navio, esse leilão foi realizado pelos homens do Dr. morte acha mesmo que seria uma boa ideia fazer isso aqui? Já imaginou o que pode acontecer se as coisas não saírem como você imagina? — o alertou.Vetter se levantou de onde estava sentado, sua expressão era de puro pânico depois de ouvir quem era o responsável por aquele leilão.— Eu não sabia que esse leilão era deles, não posso fazer isso aqui, se eu o prejudicar de alguma maneira, o