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Ele é meu marido?

Os dois ainda se beijavam intensamente naquele chão, por aqueles poucos instantes, não estavam se importando com nada e nem com ninguém, até que ela percebeu o que estava fazendo, parou seus beijos e tentou se levantar, pois tinha ficado com vergonha daquela impulsividade. 

Mário percebeu que ela queria se levantar, mas não queria que aquele beijo e aquele contato terminassem, pois estava gostando muito daquilo, ele segurou seu rosto, começando novamente aquele beijo de uma forma bem mais apaixonada. 

A princípio Giovanna tentou resistir, mas aos poucos foi cedendo aquele beijo, na verdade, era também o que ela queria, acabou se entregando de vez em um beijo mais íntimo que estavam tendo e que ambos estavam gostando. 

No andar de baixo, Olivia achou que aqueles dois estavam demorando até demais, ficou se perguntando se resolveram partir logo para a sobremesa e se seus presentinhos, tinham ajudado em alguma coisa. 

— Vou subir para ver o porquê de estarem demorando tanto — avisou seu namorado. 

— Não acha melhor esperar aqui, se os dois estiverem se pegando lá em cima, pode atrapalhar alguma coisa — tentou alertá-la. 

— Mas é exatamente isso que eu quero saber, se eles estão mesmo se pegando lá, não vejo a hora desses dois pegarem fogo de vez. 

Ela saiu em direção a escada, seu namorado ficou sorrindo balançando a cabeça, Olívia não era mesmo fácil de lidar. Ela subiu as escadas e foi em direção ao quarto que Giovanna estava ficando, ao chegar na porta, se deparou com aquela cena, que para ela, era melhor do que o esperado e parecia que sua amiga havia tomado a iniciativa, já que estava por cima dele. 

Ela se encostou na porta apreciando aquele espetáculo, quando se separou um pouco para tomar um ar, Giovanna percebeu que sua amiga estava ali em pé assistindo tudo, ela se surpreendeu por Olivia estar ali, ficou em choque, empurrando Mario e tentando se afastar de vez dos braços daquele homem. 

Mario por outro lado, estava gostando do rumo que aquilo estava tomando, ele queria continuar com aqueles beijos e talvez quem sabe, finalmente chegassem a outra coisa, tentou puxá-la novamente e só então percebeu a presença de Olívia na porta e teve que desistir de tentar. 

— Só vim avisar que a comida vai esfriar, já que o jantar está pronto — falou inocentemente. 

— Verdade, vamos descer — encontrou a deixa certa para sair dali. 

Mario se deitou novamente suspirando, aquela mulher estava a ponto de deixá-lo louco, ela mexia com todos os hormônios do seu corpo e era frustrante, nunca conseguir chegar ao fim. 

Ele se levantou e tratou de descer também, no dia seguinte eles voltariam, sua chance de aproveitar aquele lugar estava acabando e imaginou que o resto daquela noite, não seria fácil chegar nela novamente. 

O jantar foi um pouco constrangedor para ela, Olivia não conseguia tirar o sorriso de provocação do rosto, não deixando que sua amiga esquecesse do que ela tinha visto lá em cima. Mario também a olhava de vez enquanto e aquele olhar que ele lhe dava, era claro como cristal, um olhar de puro desejo, que fazia com que ela se sentisse quente. 

Depois do jantar, todos trabalharam na arrumação da louça, ela evitou ficar sozinha com ele novamente, depois que aquele pavio começou a ser aceso, era melhor não brincar perto do fogo ou poderia não o apagar a tempo. 

Como ele havia imaginado, não conseguiu ficar sozinho com ela, Giovanna trancou a porta de seu quarto, para evitar alguma surpresa durante aquela madrugada. Como ela imaginou, Mario até mesmo tentou, mas desistiu quando percebeu que estava trancada, se ela fez aquilo, era porque não queria que ele entrasse. 

Na manhã seguinte eles voltaram, durante todo o voo de volta, Giovanna ficou bem pensativa, Mario queria entender o que poderia estar passando por sua cabeça naquele momento, sabia que sua mudança se devia ao que tinha acontecido entre eles naquela viagem, apesar de que para ele, não tinha acontecido tanta coisa, mas ao menos sabiam do desejo de um para o outro. 

Quando pousaram, o trajeto de volta foi feito de carro, não foi de helicóptero como quando ele foi os buscar, na verdade, Mário queria passar mais tempo com ela, de carro seria mais demorado para chegar. Ela ainda estava pensativa, mas passou a olhar mais em sua direção, seus lábios se moviam muito pouco, mas dava para identificar um pequeno sorriso ali. 

Ele queria deixar Olivia primeiro, para ter mais uma chance de ficar a sós com ela, mas ela deixou seu carro no prédio em que Giovanna morava, então teve que mandar o carro ser conduzido, para o endereço de sua amiga. 

Quando desceram todos começaram seus agradecimentos. 

— Mario, foi muito boa a viagem, pena que foi tão curta, talvez possamos ir mais vezes — Olivia foi a primeira a agradecer. 

— Cara, valeu pelo convite.  

O namorado de Olivia também agradeceu, eles foram na direção de seu carro, deixando os dois a sós, eles estavam no estacionamento do prédio, Olivia iria esperar ela no carro, para poderem se despedir. 

— Obrigada pelo fim de semana e obrigado mais uma vez por salvar a minha vida dentro daquela caverna — agradeceu olhando nos seus olhos. 

— Não precisa me agradecer, era o mínimo que eu poderia fazer e se permitir, posso proporcionar outros finais de semana ainda melhores, basta não se afastar de mim — se aproximou dela, tocando o seu rosto. 

Ele não conseguiu beijá-la novamente na ilha, mas o fez novamente naquele estacionamento, não era como ele queria, nem com a mesma intensidade, mas era o que poderia ter naquele momento. 

Os dois se separam e ele se despediu, entrando novamente no carro, indo embora de vez, Giovanna respirou fundo olhando aquele carro se afastar, sentindo ainda o gosto do seu beijo e a sensação dos seus lábios no dela. 

Olívia se aproximou dela com o seu carro para se despedir também, tinha aquele mesmo sorriso no rosto e ela sabia que iria falar alguma coisa. 

— Eu já estou indo, se cuida em, espero que essa viagem, tenha servido para abrir seus olhos e seu coração, você merece ser feliz e eu vou continuar torcendo por isso. 

Ela sorriu, se despediu de sua amiga e também saiu, diferente do que Giovanna pensou que Olivia fosse falar, ela não a provocou, mas somente disse palavras que pareciam sinceras. 

Giovanna subiu para seu apartamento, a viagem foi ótima, apesar de que quase morreu, porém era cansativa, levou a mala para seu quarto e primeiro foi tomar um banho, para depois desfazer tudo e descansar um pouco. 

Depois do seu banho, ela ligou para sua irmã, queria saber como estava em sua nova moradia, falaram um pouco e como sempre, ela fez um monte de perguntas, no final, fez outras várias recomendações antes de desligar. 

Giovanna foi para a cozinha e preparou uma xícara de café, enquanto tomava olhando para fora da sua janela de vidro, seus pensamentos estavam em um só lugar, em Mario. Ela estava pensando em todas as coisas que sentia quando ficava perto dele, ou em quando o beijava, o frio que sentia no estômago quando se lembrava de como era a sensação de ter o corpo dele colado no seu. 

Ela não podia mais negar para si mesma, estava mesmo apaixonada por ele e queria desfrutar daqueles sentimentos e sensações, queria se divorciar o mais rápido possível, para poder viver aquilo sem nenhuma preocupação. 

Naquele momento, decidiu falar com seu advogado, queria que ele mandasse o acordo de divórcio, junto com todas as informações que ela precisasse, ela queria assinar e iria pressionar o advogado da outra parte, para que ele assinasse também. 

— Alô, como vai? Gostaria que mandasse os papéis do divórcio, quero ler tudo e também quero que entre em contato com o advogado dele, o pressione para que o Mario assine logo essa papelada, já que ele mandou aquele contrato ridículo, ele deveria ser a parte mais interessada nesse divorcio e quando tudo estiver assinado, quero que o senhor faça todos os trâmites o mais rápido possível. 

Depois que disse o nome dele alto, que foi se dar conta que ambos tinham o mesmo nome, achou uma tremenda coincidência, seu marido e a pessoa por quem estava apaixonada se chamarem Mario. 

Ela não deu muita importância para aquilo, era um nome comum no país, depois de apreciar seu café, se deitou ali mesmo no sofá, seu advogado informou que mandaria um office-boy entregar os documentos e ela ficou aguardando. 

Giovanna acabou cochilando na sala, acordou com a campainha tocando, era o entregador que seu advogado enviou, ela recebeu a documentação e foi verificá-la de imediato. Ela abriu o envelope, vendo que havia vários papéis, começou com o acordo do divórcio, para depois passar para o restante. 

Em cada linha daquele acordo, ela leu com muita atenção, não queria nenhum tipo de surpresa com alguma informação escondida entre aquelas palavras, confiava no seu advogado, mas também aprendeu durante aqueles anos à frente da empresa, que era melhor não confiar demais. 

Depois de revisar aquele acordo, ela passou para os outros papéis, um deles era algumas informações de seu marido e na segunda parte, continha uma fotografia, que a princípio ela ficou sem entender o que estivesse acontecendo. 

A fotografia era de Mario, o homem com quem ela passou o fim de semana e por quem estava completamente apaixonada, ela deixou de lado a fotografia começando a ler aquelas informações. A maioria ela já sabia, como seu nome, o nome do seu avô, mas a ficha caiu quando ela leu que ele também era um professor na faculdade que ela estudava.  

Giovanna se levantou da cadeira estarrecida, aquilo não poderia estar acontecendo com ela, o homem com saiu e em quem pensava tanto, era seu marido que ela nunca fez questão de conhecer pessoalmente, nem por fotografia e se aquilo era verdade, precisava saber se ele a conhecia, se assim como ela não sabia quem ela era, ou se aquilo era apenas um jogo para conseguir alguma vantagem naquele divórcio. 

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