Presente

Giovanna estava quase perdendo a consciência, já podia sentir o seu corpo começando a desfalecer, mas ainda pôde sentir que algo a puxou, por sorte era Mário, que tinha conseguido a encontrar, ele a puxou em sua direção, colocando a máscara extra que ele sempre carregava, tentando fazer com que ela respirasse. 

Depois de alguns segundos, ele conseguiu fazer com que ela não perdesse a consciência, fez um sinal com a mão, pedindo para que ela tivesse calma e respirasse devagar e só depois que viu que ela tinha se acalmado, tirou seus equipamentos danificados e foi que segurou sua mão a puxando para sair daquele lugar. 

Os dois saíram da caverna, o sentimento de alívio que ela sentia naquele momento era indescritível, saber que passou perto de ter morrido naquela caverna, era realmente assustador, ele seguiu segurando sua mão e a puxando até avistarem o iate, só então ele parou e se olharam. 

 Eles não sabiam se era pela adrenalina do que tinha acontecido, ou se era porque realmente se sentiam atraídos um pelo outro, mas ambos estavam com uma vontade enorme de se beijarem naquele momento e foi o que acabaram fazendo, tiraram os respiradores e se beijaram ali debaixo da água. 

Eles continuaram se beijando intensamente e só pararam quando já estavam quase sem ar, como já estavam perto, subiram para a superfície e nadaram até a escada que tinha do lado de fora do iate. 

Ele a ajudou a subir e subiu em seguida e a primeira coisa que fez fui questionar se ela estava bem. 

 — Você realmente está bem? Não está sentindo nenhum mal-estar? — demonstrou preocupação. 

— Sim eu estou bem, somente com uma leve dor de cabeça, inclusive quero te agradecer por ter salvado minha vida lá embaixo — realmente estava grata. 

— Não precisa agradecer, eu não poderia permitir que alguma coisa acontecesse a você, tem um analgésico lá embaixo, quer que eu pegue, ou você vai descer? — tocou o seu rosto ao falar. 

Ela estava se sentindo agradecida, mas precisava evitar o máximo de contato físico possível, os dois estavam sozinhos naquele iate e muita coisa poderia acabar acontecendo, se não ficasse a uma certa distância. 

— Preciso tomar um banho e vou tomar o analgésico — quis despistar um pouco, indo em direção ao banheiro que tinha na cabine. 

Ele deixou que ela fosse na frente, mas não era bobo, não poderia perder a chance de ir atrás dela, só iria esperar um pouco. 

Giovanna também era precavida e não tirou o biquíni para tomar banho, ela queria apenas tirar o sal do corpo, quando chegasse na casa em que estavam ficando, tomaria um banho de verdade. 

Realmente depois de alguns minutos que ela estava lá, Mario apareceu invadindo seu banho, a princípio ela deixou que ele ficasse lá, porque ele também estava vestido e talvez só quisesse tirar o sal do seu corpo assim como ela. 

Em um determinado momento, ela acabou virando de costas para ele, ele aproveitou aquele instante que ela tinha se virado, para tirar sua sunga, ficando nu dentro do banheiro, ela só percebeu, porque ele acabou por encostar nela enquanto ela estava de costas. 

Giovanna se virou rápido, para ter certeza de que não estava imaginando coisas, quando viu que era realmente o que ela estava imaginando, o empurrou ficando brava com ele. 

— O que pensa que está fazendo? Seu pervertido. 

Ela saiu brava do banheiro correndo para trocar de roupa, ele ficou sorrindo debaixo daquele chuveiro, pensando na expressão que ela tinha feito. 

— Como se nunca tivesse visto um homem pelado antes.  

Ele balançou a cabeça e não entendia por que ela fingia certa inocência naquele ponto. Enquanto ela estava com o coração acelerado por ter corrido para longe, e pelo que tinha visto, não podia negar que ele era tudo de bom e no fundo ansiava por sentir o corpo daquele homem. 

— Esse homem é louco, e vai acabar me deixando louca também — resmungou para si mesma. 

Ela se vestiu e ficou aguardando por ele, esperava que quando aparecesse, estivesse devidamente vestido, queria voltar para a casa. Quando ele apareceu estava de short e ela ficou mais aliviada, mas nenhum dos dois quis tocar naquele assunto. 

— Podemos voltar para a casa? Acho que já tive aventuras demais por hoje — pediu sem ainda olhar muito em seu rosto. 

Ele concordou e foi para a cabine, queria muito ficar com ela, mas não forçaria nada que ela não quisesse. Assim que desembarcaram foram direto para a casa, Giovanna encontrou com Olívia na sala, que assim que Mário se afastou já encheu ela de perguntas. 

— E então, tivemos algum progresso? Rolou alguma coisa? Finalmente você... 

— Chega — Giovanna a interrompeu — Você parece mais eufórica do que eu, acho até que me deixou lá sozinha, esperando que realmente acontecesse algo.  

— Não vê que eu quero seu bem? Só acho que fazem um lindo casal e não quero que desperdice a chance que está aparecendo na sua frente e não deixei você sozinha naquele barco somente para que as coisas entre vocês andassem, eu também quis sair, para passar em uma praia deserta e transar loucamente lá — fez cara de safada para sua amiga, que balançou a cabeça antes de respondê-la. 

— Do que adianta eu ter essa chance agora, se ainda estou amarrada aquele casamento e aquele contrato? Não vou arriscar fazer uma besteira justo agora, que estou tão perto da minha liberdade, eu aguentei por três longos anos, posso aguentar mais algumas semanas e eu já disse que você é muito safada? 

Ela queria que Olivia entendesse que tinha muita coisa em jogo, já tinha explicado os termos daquele contrato, não daria o gostinho ao seu falso marido, de conseguir alguma coisa dela com a quebra daquele contrato, já tinha solicitado o divórcio, era só uma questão de pouco tempo para sua tão sonhada liberdade. 

— Está bem, já entendi, vou evitar tocar nesse assunto, você é adulta e sabe o que faz, então vamos mudar de assunto que eu quero te dar um presente, mais uma coisa, nenhum homem gosta de uma mulher tão puritana, então fica a dica. 

Olivia se levantou e foi até uma mesinha e pegou uma caixa que estava lá em cima, enquanto a outra balançava a cabeça e sorria daquele jeito maluco que ela tinha, voltou para perto de Giovanna e entregou para ela. 

— Eu trouxe especialmente para você. 

— O que tem aqui dentro? — ficou curiosa e apreensiva ao mesmo tempo, sabia que amiga era imprevisível. 

— Um presente, você vai ter que abrir para descobrir. 

Conhecia bem sua amiga, para saber que ela tinha várias artimanhas e não iria correr o risco de abrir aquela caixa ali. 

— Vou para o quarto tomar banho e abro o meu presente lá. 

Mario por outro lado, depois que saiu da sala foi para a cozinha preparar o jantar, ele gostava de cozinhar, estava cozinhando e tomando uma taça de vinho, conversando com o namorado de Olivia, mas não estava prestando muita atenção aquela conversa, pois seus pensamentos estavam na mulher que estava o tirando do sério e enquanto cozinhava, ficou pensando como poderia alcançar de vez aquele coração. 

Ela subiu e fez o que tinha dito, tomou banho, depois pegou aquela caixa para ver o que tinha dentro e o que era aquele presente misterioso, ela só errou no fato de que sua porta permanecia aberta. 

Giovanna desfez todo embrulho e quando o abriu, não estava acreditando no que estava vendo, a caixa estava repleta com produtos eróticos e alguns ela nem fazia ideia de para que serviam e agradeceu a decisão de abrir aquele pacote no quarto e não na sala, pois seria extremamente constrangedor se alguém visse aquilo. 

O que ela não esperava era que realmente alguém viu aquilo, Mário subiu para avisar que o jantar estava pronto, e acabou vendo o que tinha na caixa, até porque ela estava com um daqueles produtos nas mãos e ele sorriu de lado, imaginando que tipo de mulher ela era um uma cama, já que ficava bancando a inocente e tímida para ele. 

Ele fez barulho com a garganta, e ela ficou desesperada ao vê-lo na porta, colocou o que tinha na mão dentro daquele pacote, fechou a caixa e tentou escondê-la, fingindo que não era nada, mas ele já tinha visto o que que tinha naquela caixa, só que ele não disse nada sobre ela, achou que se comentasse, poderia fazer ela ficar constrangida e perderia pontos, ao invés de ganhar pontos com ela. 

— Vim avisar que o jantar está pronto, estamos esperando por você na sala de jantar. 

— Claro, eu já estou descendo — gaguejou um pouco ao falar. 

Ela estava completamente em pânico, imaginando que ele pudesse ter visto o que tinha na caixa e não sabia o que ele poderia pensar dela, talvez poderia imaginar que ela fosse tão safada quanto sua amiga. 

Ela estava tão nervosa que quando se levantou para o acompanhar acabou tropeçando na colcha, Mário tentou ajudá-la e a segurou, só que no final ele também acabou caindo. 

Os dois estavam caídos no chão, ela basicamente estava sentada no corpo dele, os dois estavam muito próximos, por causa daquela proximidade e da forma que estava sentada sobre ele, acabou que ele teve uma ereção, ela pôde sentir que ele reagiu ao que tinha acontecido, seus rostos estavam próximos e ela acabou não resistindo e o beijou. 

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