Capítulo 38

DAVINA

Timmy estava ali, encostado na parede do corredor, com os braços cruzados e uma expressão difícil de decifrar. Seu cabelo estava bagunçado, como se ele tivesse passado as mãos por ele repetidas vezes, e havia um cansaço em seus olhos que parecia espelhar o meu.

Então eu o vi de verdade. A calça jeans preta, os coturnos impecáveis, a camisa social cinza que moldava os ombros largos dele de um jeito que eu nunca tinha reparado antes. Era diferente. Novo. Ele estava bonito demais para um dia como esse, e eu não conseguia parar de olhar.

Meu coração apertou, não pela dor do luto, mas por outra coisa, algo que queimava na base do meu estômago e subia até minha garganta. Era errado pensar nisso agora, mas eu não conseguia evitar a lembrança de como os lábios dele se sentiram contra os meus, como se ele soubesse exatamente como me desmontar.

E Deus, eu queria sentir aquilo de novo. Queria que ele cruzasse os poucos passos que nos separavam, me puxasse para perto e me fizesse esquecer
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