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DAVINA

Nós temos um plano.

Eu repito isso mentalmente enquanto ajusto a calça jeans apertada, sentindo o tecido moldar minhas pernas com uma precisão quase incômoda. O peso da faca contra a minha pele dentro da bota me traz uma estranha sensação de segurança. Timmy me ensinou a usá-la, golpes curtos, certeiros, direto onde dói mais. Eu lembro de suas mãos segurando as minhas, do calor do seu corpo quando ele sussurrava que, no fim das contas, o elemento surpresa era a melhor arma de todas.

Deslizo a pistola para dentro da cintura da calça. Meia-noite me ensinou a manejá-la, ensinou a não tremer na hora de puxar o gatilho. "Se hesitar, morre", ele sempre diz.

O clique discreto da porta se abrindo me faz erguer os olhos para o espelho. Gutemberg entra no quarto sem pedir permissão, como se pertencesse a ele. E talvez pertença, não o quarto, mas o momento. Seu olhar percorre meu corpo de cima a baixo, e tem algo estranho ali. Não é desejo, não é desaprovação. É algo no meio, algo carrega
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