Gutemberg (Fantasma).
— Fantasma, acorde.— Alguém cutuca meu braço e pela firmeza do toque posso dizer que não é uma mulher. Murmuro alguma coisa e puxo o lençol, cobrindo metade do meu rosto.— Acorda! Aqui não é motel, não.
Espere, talvez seja uma mulher.
Essa voz…
—Meu marido está vindo, você precisa ir!— Eu puxo o lençol para baixo, avistando um par de pernasvirado e feminino, sorte minha, subindo a captura do olhara camisa curtae entãoa comissão de frente. Foda-se! Os dois melões são então cheio que estão quase pulando na minha cara e exigindo uma mordida. Oh! Eles têm marcas de biquíni.
Adoro essas marcas.
—Você é casada, linda?— Abro um sorriso indecente, passando a língua entre os lábios sem me desviar do lindo par de seios.
— OK… está brincando com a minha cara?— Ela diz, adquirindo uma expressão irritada que me faz querer revirar os olhos, mas permaneço neutro, apenas olhando para ela e esperando por uma resposta.— Sério?—Fala, com as duas sobrancelhas levantadas.
— O que é sério, Mel?— A morena faz um barulho com a língua, geme e vai embora na direção da cadeira, onde o ventilador está.
Ela agarra minha camisa do chão e me olha.
— Bem, Suzy me avisou que você não prestava.— Ela começa a resmungar.
Quem é Suzy? Penso, mas fico quieto.
Minha cabeça está explodindo.
— Sinto muito, linda, mas qual é o seu nome?— O queixo da mulher treme e por um segundo penso que ela vai começar a chorar.ou me bateu.
— Vá para o inferno!— Ele grita, jogando uma caixa de sapatos vazia em mim.
Que diabos.
— Qual é o seu problema?—Eu digo, esquivando-me de uma escova de cabelo. —Você está louca!?
Um perfume voa em direção à minha cabeça.
—Ah, porra!!!
— Qual é o meu problema?— Ele continua gritando, soltando uma risada falsa e estridente enquanto aponta entre as minhas pernas.— Ele parecia me conhecer muito bem ontem.
Ontem.
Que dia é hoje?
Minha cabeça lateja em resposta.
Dou-lhe um sorriso torto, sentando-me e apoiando as costas na cabeceira da cama.agora que ela parou de jogar coisas em mim.
— Vamos fazer isso.
Espio debaixo das cobertas, começando a ter pequenos flashes do que acabou de acontecer. Estávamos em uma festa no condomínio do meu primo em Ipanema.
—Você conhece meu primo? — eu questiono, procurando o paradeiro da minha calcinha na cama.
— Seu primo?— A morena parece confusa com a minha pergunta, deixando escapar um pequeno gemido enquanto me levanto.
Abro um sorriso presunçoso.
—Estou distraindo você, linda?
O alarme dispara em algum lugar da sala e a mulher pula no lugar. Ela não se parece com uma amiga da minha prima, Isadora é muito arrumada para ter uma amiga que não use roupa de dormir de seda.
— Meu marido!
— Como?
—Esse é o horário que meu marido costuma chegar, você precisa ir, agora!
Coço o queixo, sentindo o cabelo que raspei há dois dias começando a crescer, e olho para ela atentamente. Ela é casada, não parece muito mais velha que eu, mas pode ser.
—Eles são de verdade?— Aponto para seus seios e ela engasga.
—Se você pode vê-los, então eles são reais.
Uau.
—A pergunta te irritou, morena?
— Você não vai embora?—Argumenta e sinto o arrepio do desafio percorrer meu corpo. Tenho certeza que ela quer que eu saia daqui antes que o marido chegue, ela deveria querer isso de qualquer maneira, mas agora estou tentado a verificar e provar seus seios enormes e marcados.
—Você gostou do que fizemos, ontem?— Decido brincar com a cabeça dela, liberando memórias que eu mesmo não conheço, mas pela forma como suas coxas acabaram de se pressionar uma contra a outra, tenho certeza que ela se lembra. Felizmente já estou firme, forte e pronto para a ação.
—Eu estava bêbada.—tenta encontrar uma justificativa, provavelmente pensando no corno do marido. Que garota decente.
— Bem, você está sóbria agora.
— Meu marido…
—Shiii— avanço em sua direção, enfiando o dedo anelar no meio dos seus lábios para impedir que fale.— Quer, não se prive de algo prazeroso apenas por meras convenções sociais. —Eu sussurro a última parte em seu ouvido, empurrando meu dedo em sua boca. A safada lambe, circulando a ponta com a línguae me deixando no lugar certo.—Boa menina. Quero provar aquela boquinha.
Deslizo meu polegar por sua bochecha, acariciando seu queixo, o formato de sua boca e incentivando-a a abri-la.
—O que você quer que eu faça?—Passo meus lábios nos dela e empurro seu ombro para baixo, forçando-a a ficar de joelhos. Ela leva um segundo para entender minhas intenções, mas ela abre o maior sorriso sujo de vadia quando olha para meu pau.
—Eu quero que você tome seu café da manhã, linda.—Eu bato meu comprimento em seu rosto e ela ri, agarrando-o com as duas mãos e iniciando uma carícia lenta. — É melhor você se apressar, pequena esposa. Seu marido está chegando e vai querer seu próprio café. Ela coloca em seu rosto, boca e chupa com força.
Eu agarro o cabelo dela em uma mão e a forço engolir cada centímetro de mim.
Ela engasga.
—Você é muito grande, não posso.—reviro os olhos para sua frescura.
—São apenas vinte polegadas, coração.— Argumento, sabendo que é possível. Aquela vadia da Pryia colocou na boca várias vezes sem protestar. Mel. Ela também pode.—Eu toco sua bochecha para motivar, acariciando-a para que ela ronrone como um gato. Ela tenta mais uma vez, porém, se atrapalha, sufocando e quase leva um pedaço do minha mais preciosa possejunto.—Sabe fazer espanhola,pelo menos? — questiono, não querendo perder na situação.
A mulher puxa as alças de sua camisola, junta os dois montes em volta do meu pau e começa a esfregar, a carne macia e tentadora de seus seios, me dando a visão de que preciso esquecer o incidente e voltar para onde comecei. , minha mão volta para o cabelo dela e ordeno que ela lamba a cabeça ao mesmo tempo que ela me ordenha com seus peitos G extras. Quando alcanço o clima e meu líquido especial sai, faço ela engolir tudo sem piedade.
—Foi um prazer, morena.— Recolho todas as minhas roupas e me visto em tempo recorde, não quero mexer com marido de ninguém e tenho meus próprios problemas para resolver.
Um, na verdade.
Pryia.
—Você não está esquecendo alguma coisa, querido?— Espio por cima do ombro e encontro a mulher ainda com os seios de fora, os lábios inchados pela espessura do meu pau e suspiro. Hora de ser um filho da puta.
—Obrigado?
Seu olhar se aperta.
Aqui vamos nós.
—Desculpe, eu deveria ter dito antes que não faço orais.—Os olhos da mulher se arregalam e noto que eles estão esverdeados.—Olha, não é só você. Só não sinto tesão chupando uma mulher, prefiro ir direto ao assunto.
—Você é um idiota egoísta,você sabia?— Ela ataca e eu termino de vestir a camisa.
—Você sabia,masnão é como se você fosse um foda inesquecível.— Acho melhor ficar com o marido, porque homem que casa com mulher que não conheceIsso épéssimo, deve ser um santo.
—Ele é muito melhor que você!
Eu sorrio.
—É por isso que você me deixou te foder na cama dele?—Sua boca se abre, mas nenhuma palavra sai.Sem argumentos, ótimo.Acho que esta é a minha deixa.— oi, um prazer. Seus seios são maravilhosos, vou realmente guardá-los na minha memória.—pisquei e ela fez um som de desgosto, mostrando o dedo médio.
Que infantil.
—Pryia estava certa em terminar com você.—Eu já estava na porta quando ela falou e não sei por que, na verdade eu sei, ela, sempre ela. Meu maldito ex. De qualquer forma, giro sobre os calcanhares e avanço contra a mulher, agarrando-a pelo pescoço.e vendo tudo vermelho.O gatinho mexeu com o cachorro errado, eu não costumo apenas latir.
—Jogo errado, linda.— Pressiono com mais força, tenho certeza de que deixará a marca e seu bom marido notará. —Não fale o nome dessa vadia!
—Meu marido é p-policial.— Ela murmura com dificuldade, já começando a ficar vermelha.
Eu quero rir da sua cara assustada. O que ela pensa? Que ela vai me assustar dizendo que o marido sabe usar uma arma?
—E? Minha mãe é juíza.—Confesso, puxando a carta que raramente uso, mas é melhor do que expor minha identidade secreta. A vadia deve ter realmente me irritado. Aperto seu pescoço com mais força, sorrindo quando ela tosse e tenta respirar fundo. Eu uso minha mão livre para segurar seu nariz e vejo seus lábios começarem a ficar roxos.
A liibero do aperto e beijo sua testa.
Ela tosse, encolhendo-se com o meu toque.
—Tome cuidado.
Eu saio do apartamento em passos largos, tendo o cuidado de verificar o corredor antes de sair completamente. Felizmente, o prédio não parece ter câmeras. Procurando meu telefone no bolso de trás, encontro a corrente de ouro branco que arranquei do pescoço da minha ex-namorada depois da nossa décima briga neste mês.
Dane-se isso.
Enfio o objeto de volta no bolso da calça e pego meu celular. A primeira coisa que faço é ver as mensagens e ver se a vadia já se arrependeu e me enviou um pedido de desculpas, mas não encontro nada. A raiva me consome, principalmente porque eu estava morrendo de vontade de contar na cara dela que tive outra mulher noite passada. Ela deve estar tentando bancar a difícil para que eu seja o único correndo atrás dela.
Não vai acontecer.
Vou nas mensagens do meu pai e digito que Morgana, minha irmã mais nova, está bem, o que me leva a enviar uma mensagem para ela e fazer a mesma pergunta.
Ela não é uma criança.
Digo para mim mesmo, mas digito para Vincent e peço que ele passe no meu apartamento e a verifique. Adolescentes são chatos e gostam de pregar peças, apesar da pirralha passar a maior parte do tempo com o rosto enterrado em livros, não confio nela. Sem falar que sou responsável por ela por mais um mês, então preciso ter certeza de que ela não estará grávida quando nossos pais voltarem. Abro o grupo de rapazes, os amigos que conheci quando comecei a sair com Pryia na sua vizinhança Ave de rapina, e envio a figura da águia, que é o nosso código para perguntar verificação. o Timmy manda outra, um copo cheio de água que quer dizer que sim, mas aí ele digita: quero chupar sorvete. O que significa que o chefe quer falar comigo.
Coloquei meu telefone de volta no bolso e apertei o botão do elevador.
Alguns minutos e as portas abrem, sai um homem, acena e segue o mesmo caminho que fiz para chegar até aqui.
Será que… ?
Espero que ele se afaste e estico o pescoço,pegando-o entrando no mesmo apartamento de onde saí.
Hora de ir.
Será que a lunática decidirá confessar o chifre que colocou no marido e o infeliz virá atrás de mim? Não possovoltar para a cadeia, mas não posso ficar sem uma boa briga.
Aposto que não cheguei aqui com meu carro, pergunto ao responsável na portaria onde posso pegar um táxi e ir direto para minha casa. Meu celular apita assim que passo a soleira, toco na mensagem sem olhar para o remetente e paraliso no meio da sala quando percebo a quem pertence.
DAVINAO cheiro doce da calda de morango que a vovó fez ainda é forte quando entro na cozinha, apesar de tudo estar limpo e desinfectado. Ela disse que este é um bolo especial, pois faz parte de uma grande encomenda que recebeu, e que o dinheiro será usado para alugar um espaço comercial para abrir sua padaria. Como uma formiga atrás de um doce, sigo meu perfume favorito até rastrear o recipiente de plástico transparente, estampado com o logotipo exclusivo de sua marca. Que eu mesmo fiz no celular, na bancada de mármore que separa a parte do fogão da mesa que usamos para as refeições. Pergunto ao exagerado laço rosa que ela coloca em todos os seus pedidos e leio o nome escrito na cobertura do bolo.Amber.A irmã do meio do traficante local. Bem, não qualquer mafioso, o mais assustador que conheço.Eu sabia que ela estava fazendo aniversário hoje, fui acordada pela queima de fogos que o irmão organizou exclusivamente para a data, mas não sabia que era a vovó quem estava preparando todos
DAVINAPerdi a noção do tempo que passei olhando para a porta, mas já fazia alguns minutos. Muitos minutos.Enxuguei minhas lágrimas, peguei o bolo da Amber e fui até a casa do diabo. O medo que normalmente sinto quando passo por homens armados que guardam o caminho até a casa de Blake não estava lá como sempre, meus sentidos estavam entorpecidos pelo que minha irmã acabara de fazer. Os doces que vovó fez já haviam sido entregues, junto com os cupcakes e salgados, então não precisei fazer mais de uma viagem. Porém, a pessoa que deveria me receber não estava lá e tive que pedir ajuda ao meu amigo de infância.A última pessoa no mundo com quem eu queria conversar agora.—Você estava chorando.— Não era uma pergunta, mas neguei.—Tenho que ir. — disse assim que recebi o resto do dinheiro.—Eu conheço você, Davina— Timmy agarrou meu braço suavemente, mas com força suficiente para me fazer parar e olhar para ele.—Sua impressão.—Murmurei, já arrependido de ter pedido sua ajuda.—Duvido. Éra
GUTEMBERG (Fantasma)GutembergTodo governo tem leis.Todo crime tem um propósito.Toda sociedade tem regras.É pura lógica, estamos tão obcecados com a ideia de liberdade que não vemos o óbvio. Ainda somos os mesmos. Acontece que é muito mais. É fácil fingir que não há controle. As leis do mundo do crime são simples, mas aqui há uma coroa, espinhosa e ensanguentada, um cinto de munição embaixo da cabeça, e cada decisão é minimamente pensada para causar o menor impacto. O que também significa que as ordens do rei devem ser obedecidas.Limpo a garganta, coçando a nuca enquanto Timmy limpa sua pistola. Como se a noite passada nunca tivesse existido.—Você está bem?— ele pergunta com um sorriso provocante nos lábios, feliz o suficiente para me fazer opinar quantas vezes ele já participou de torturas. Muitos devem ser a resposta. Para alguém como Timmy, nascido e criado na pobreza, os episódios de violência surgem naturalmente. Mas não para mim.Tento não parecer que estou prestes a vomit
Gutemberg (Fantasma) Deslizo o ferrolho do portão lentamente, verificando por cima do ombro se alguma luz acendeu desde que tranquei a porta da frente, quando percebo que não, solto um suspiro de alívio e olho para baixo. Encaro meus pés descalços e sujos, então, cenas da noite passada explodem dentro da minha cabeça e o cheiro de sangue me atinge.O sangue está grudado na minha roupa e pele, uma nota clara do que fiz. Na minha mão direita, meu telefone vibra sem parar. Esmago a vontade de atender a ligação e jogo o aparelho fora, ele b**e na parede e cai no chão.Meus pais possuem um lugar importante na sociedade, um lugar herdado da família do meu pai, um lugar que minha mãe nunca vai abrir mão, uma posição que nunca tive a opção de negar. Para todas as pessoas importantes de San Diego, eu sou Gutemberg Ramsey, um promissor advogado com propensões para esportes perigosos, romances rápidos e ativista nato. Para a parte menos favorecida de West City, um lugar que chamamos de Colina,
A coberta que escolhi hoje cedo, a mesma que venho usando desde os treze anos e acolhi como favorita depois que vovó confessou que costurou sozinha, mal cobre a cama, deixando um terço do colchão amostra. Acontece que, eu me recuso a trocar a coberta e pegar uma nova.Mesmo com a porta do quarto trancada, posso ouvir a discussão dos meus pais, todo dia eles encontram uma razão nova para brigarem, mesmo que o motivo seja algo bobo como deixar a casca da laranja na pia. É besteira, todos nós sabemos que mamãe culpa papai pela partida de Pryia. Mais uma besteira. Minha irmã sempre odiou esse lugar e partiria cedo ou tarde, aconteceu que foi cedo o bastante para deixar mamãe louca.Me jogo de volta na cama, me afogando no meio dos travesseiros alinhados. Minha irmã costumava implicar comigo sobre isso na infância, indicando o quanto eu era estranha por ter tantos travesseiros ao meu redor que não sobrava espaço para mim no colchão.A lembrança me faz olhar para o lado, para sua cama vazia
GUTEMBERG Meus olhos apertam na direção de Timmy e me concentro na tatuagem em seu pescoço, é apenas um número, um oito, mas ele nunca explicou o significado para qualquer um. Nós dois estamos tendo mais uma discussão por causa dela, sua pequena protegida e minha mais nova obsessão. Se ele apenas soubesse o que sei sobre sua queridinha. — Você é quem continua falando dela. — respondo e seu maxilar aperta. Ele está um passo de me bater no rosto, a única coisa que impede é o seu estado debilitado. Eu estava me divertindo com nosso pequeno debate até que ele começou a falar meu outro nome, não o verdadeiro, aquele que ninguém aqui deveria ouvir. — Cala a boca, porra! Não existe Fantasma aqui, apenas Gutemberg. Lembre-se disso, ninguém pode saber sobre minha outra vida. Tenho certeza que ele pode ver que ultrapassou uma linha, mas não haverá pedidos de desculpa. Posso enxergar nos seus olhos que ele fará qualquer coisa para me afastar de Davina, incluindo, me chantagear. Preciso pens
DAVINA Eu não deveria beber. Pelo menos, não deveria beber nada alcoólico antes de ter a idade correta. Acontece que, eu precisava de uma bebida. Muito. A conversa que tive com Timmy três dias atrás no hospital tanto me aterrorizou quanto criou certa esperança, o que é loucura, já que ele me fez prometer ficar longe de Gutemberg Ramsey sob ameaça, sim, Gutemberg Ramsey, eu digo seu nome completo porque ele não está presente, aliás, já repeti seu nome inúmeras vezes desde que descobri e não pretendo parar. Ele também pode ser um Fantasma, considerando que nunca o tinha visto antes daquele dia no hospital e nunca fiquei tão assustada na presença de alguém. Assustada e de quatro. Eu quase sofri um infarto quando ele abriu a porta do quarto e caí de joelhos no chão na posição mais humilhante. Urgh. Inacreditável. Pouso meus olhos nos três pontinhos piscando no celular, Sissy está digitando desde que contei para ela sobre o ex da minha irmã, ter uma vida dupla. Eu não tinha certeza
DAVINAEstou tão imersa na conversa com Sissy que apenas noto a confusão ao meu redor quando já é tarde demais. Minha mãe grita com meu pai, defendendo Pryia e culpando-o, novamente, a novidade caótica é que ele responde com a mesma intensidade. Quase alcanço meus fones de ouvido antes de ela mandá-lo embora de casa aos berros. Num instante, pulo da cama e me apresso até a sala para evitar um desastre maior. Também estou chegando no meu limite com eles, é como se meus pais tivessem sido substituídos por seres de outro planeta. Antes da Priya partir, não me recordo de presenciar brigas entre eles, na verdade, mal se comunicavam além do necessário. Penso que o casamento deles não ia bem e a saída repentina da minha irmã foi o estopim.— O que vocês estão fazendo? Todos os vizinhos vão ouvir!— Fique fora disso, Davina. — meu pai resmungou, parecendo desorientado. Ao se aproximar dele, percebi o motivo. Ele estava bêbado, algo cada vez mais frequente.— Seu pai perdeu todo nosso dinheir