Capítulo 28

GUTEMBERG

Ainda segurando o álbum de fotografias, eu senti um tremor passar pelo meu corpo. Cada página virada era um soco no estômago, uma demonstração crua e revoltante da monstruosidade que me cercava. O rosto das garotas, algumas tão jovens que poderiam estar no ensino médio, me encarava com expressões vazias, como se toda fagulha de esperança já tivesse sido arrancada delas.

Era insuportável.

— As melhores do mercado, Gutemberg. Nós selecionamos a dedo — disse KJ, com um sorriso nojento e os olhos brilhando com um entusiasmo que fazia meu sangue ferver.

As palavras me atingiram como um tapa. Apertei o álbum com tanta força que minhas juntas ficaram brancas. Cada centímetro de mim gritava para explodir, mas eu permaneci sentado, forçando-

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