Capítulo 34

DAVINA

O silêncio dentro do carro era ensurdecedor. A única trilha sonora era o ronco baixo do motor e o tamborilar nervoso dos meus dedos contra a perna. Gutemberg parecia tão desconfortável quanto eu, uma mão no volante e a outra descansando no câmbio, os olhos fixos na estrada à frente.

Finalmente, criei coragem para romper o silêncio.

– Obrigada. – Minha voz soou mais fraca do que eu queria. – Por ter libertado meu pai das mãos do KJ.

Gutemberg não desviou os olhos da estrada, mas seus dedos no volante ficaram tensos.

– Eu vou pagar o dinheiro de volta. Não sei como, mas vou dar um jeito.

Ele soltou uma risada curta, áspera, que parecia mais um reflexo do que uma reação genuína.

– Não precisa se preocupar com isso agora.

A forma como ele disse aquilo, como se o assunto fosse insignificante, me irritou.

– Não me preocupar? Meu pai foi sequestrado por sua causa, e agora eu tenho uma dívida com um criminoso. Claro que vou me preocupar!

Bufei, cruzando os braços, enquanto ele mantinha
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