Elisa Alencar é filha de um floricultor humilde da pequena cidade de Annecy, no interior da França O vício de seu pai em jogos de azar sempre lhe roubara a felicidade e dessa vez não foi diferente... Foi em mais uma dessas jogatinas que seu destino mais uma vez foi jogado a sorte... Em sua cabeça seu pai lhe causara mal... Mas será que ter seu futuro junto à Sebastian, será algo tão ruim assim?
Ler maisCinco anos depois… ELISA Muita coisa aconteceu durante esses anos, mas nunca deixei de amá-lo da mesma maneira, Amelie estava se tornando uma mocinha linda; no começo foi um pouco difícil a adaptação na cidade nova, mas aos poucos tudo se encaixou. Todos os meses eu ia visitá-la, levava flores e sentia sua presença sempre ali comigo; já era tarde quando entro no escritório de Sebastian, me aproximo lentamente e o abraço por trás. — Seu marido sabe que está aqui? — Ele sorriu irônico. — Ele não precisa saber! — Ele sorri me dando um beijo casto. — Estava com saudades! — Eu também, já estava de saída! — O tempo passou voando, tenho algo para te falar! — O que você aprontou Elisa? — Calma, logo você vai saber! — Sorrio animada. Saímos do escritório indo para casa, havia preparado uma surpresa pra ele, o que muitos não sabiam era que há um ano atrás comecei o tratamento na tentativa de conseguir gerar um filho, após tantos choros e tentativas frustradas, finalmente consegui. O
ELISA Me aproximei de Sebastian lhe dando um abraço enquanto as meninas brincavam na piscina; ver como Yana e Valentim estavam felizes era algo que nunca imaginei antes. — Você não me disse que Yana tinha uma filha! — Ela não gostava muito de falar sobre isso, pelo que me lembro foi doloroso e a pequena morava com o pai! — Ela não via a própria filha? — Ele não deixava, íamos raramente escondidas até a escola onde ela estudava e Yana a via de longe! — Fico feliz que ela tenha conseguido a guarda dela, eu te trouxe uma surpresa! — Tenho um pouco de receio dessas suas “surpresas” — Sorri irônica. Ele me entrega um envelope e abro retirando uns papéis que estavam dentro, meus olhos vagueiam pelas letrinhas pequenas até chegar no sobrenome de Amelie; finalmente havíamos conseguido registra-la como nossa filha e com o sobrenome da família. Me levanto o abraçando, logo mais estaríamos finalmente nos casando e dessa vez seria por amor; após trocar Amelie, levei as duas até a sala de
Pierre me olhava com ódio e o medo percorria meu corpo, quando o vi puxar Elisa e beijá-la a força meu sangue ferveu ainda mais; Elisa o mordeu e conseguiu se soltar dele, segurei em sua mão a empurrando para fora da casa. Ele se levantou sacando a arma, apontando em minha direção e senti o impacto quente da bala quando ouvi ele atirando; Elisa se ajoelha chorando e segura minha cabeça, ouço os gritos do infeliz ameaçando matá-la. — Elisa sai daqui agora! — Peço segurando a mão dela. — Não vou sem você! — Me cansei dessa cena barata de vocês dois! — Ele puxa Elisa pelo braço. — Eu te dei uma chance e você me traiu Elisa, agora vocês dois vão viver juntos no inferno! ELISA Pierre me amarra na cadeira prendendo meus pulsos de maneira dolorosa, o vejo ir até um balde e sinto o cheiro de gasolina; ele pega o líquido jogando por toda cabana enquanto sorria de maneira fria. Tento me soltar e vejo Sebastian inconsciente no chão, quando Pierre pega o isqueiro e começa a gritar, Gaston
Algumas semanas depois… SEBASTIAN Graças ao meu pai tudo estava correndo bem para a adoção da pequena Amelie, decidi mandar Charlotte e Aimée para outra cidade, não confiava em Pierre, pois sabia do que ele era capaz. Decido fazer uma visita a ele e ouvir o que tinha de tão urgente para me contar. Assim que desço do carro o vejo discutir com uma moça, me aproximo e percebo ser Samanta; desço e a cumprimento que me olha apreensiva, subo as escadas e vejo Pierre com um copo de uísque na mão. — O que você queria? — Quero saber porque Elisa falou comigo daquele jeito! — Talvez porque ela tenha motivos de sobra, assim como eu! — Sorrio sarcástico. — Demorou mais do que o normal, mas descobrimos quem mandou matar Elisa! — Achei que havia sido um acidente! — Está mais do que na cara que não foi acidente, e o infeliz vai me pagar caro por isso! — Tome cuidado com suas ameaças Sebastian! Pode acabar se dando muito mal. — Vai tentar me matar também? Ele se aproxima até mim me olhand
SEBASTIAN Após ficarmos um tempo com o pai de Elisa, as levei para casa, no caminho liguei para Marta e pedi que ela e meu pai fossem até nossa casa; ao chegarmos avisto de longe o carro deles. Elisa os cumprimenta e sobe para o quarto com as sacolas e a pequena Amelie do lado; meu pai olha sem entender nada e peço que ambos se sentem, explico como achamos a pequena que logo desce usando um vestidinho rosa que Elisa havia comprado. — Ela é muito linda! — Marta acaricia os cabelos da pequena. — Qual seu nome meu anjo?— Amelie! — Ela sorriu animada. — Minha princesa? Porque você não vai brincar com as bonecas lá no meu quarto, os adultos precisam conversar agora! — Elisa sorri graciosa acariciando o rosto dela. A pequena sobe para o quarto dando pulinhos e sorrindo com as bonecas novas; Elisa suspira cansada e apreensiva. — Essa criança tem sinais claros de agressão, vocês a levaram até as autoridades? — Sim, mas não vou deixar que a levem sem ter uma segurança de que ela ficará
SEBASTIAN As palavras de Elisa na outra noite me fizeram perceber precisarmos de um começo novo; acordar e vê-la dormindo tão calmamente me trazia uma paz, embora ela não soubesse, eu ainda estava procurando o culpado pelo acidente. Coloco a bandeja de café da manhã na mesa e me sento na cama tocando seus cabelos, ela se vira ainda dormindo e joga seus braços em cima de mim; sorrio e beijo seus cabelos a vendo acordar. — Bom dia, meu amor! — Bom dia! — Ela sorriu graciosa. — Do que você está rindo? — Seu cabelo! — Rebelde como sempre! — Ela sorri me abraçando. Enquanto Elisa entra no banheiro, pego uma caixinha de veludo com o anel que havia comprado, a vejo retornar e se sentar na mesa pegando um pouco de iogurte e morangos. Me sento ao seu lado e peço que ela abra, ela me olha confusa e me ajoelho pedindo que ela se case novamente comigo; seus olhos se enchem de lágrimas e a beijo. — Você aceita? — Aceito! A pego no colo beijando seus lábios, nada no mundo me faria mais f
Um mês depois… Tanto tempo havia se passado e Elisa continuava sem conseguir lembrar de quase nada, retornamos para nossa casa e pedi que Marta preparasse um quarto para ela, por mais que me doesse vê-la naquele estado, não poderia simplesmente convencê-la a força de que somos casados. No primeiro instante que ela me olhou e não me reconheceu, achei que fosse enlouquecer, gradualmente Yana foi lhe contando sua vida passada e como ela estava feliz, pois iriamos ser pais; sonho que nos foi roubado, devido ao acidente, Elisa não pode mais engravidar, estava no escritório com Samanta quando ouço Marta me chamar. — Aconteceu algo? — Elisa pediu que te chamasse! — Já estou indo, Samanta, podemos terminar depois? — Sim, vou pedir a Pierre que traga os papéis com o laudo da perícia!— Está bem, obrigada! Acompanho ela até a porta e subo para o quarto de Elisa, bato levemente ouvindo ela pedir que entre; ela estava em um vestido florido e os cabelos soltos, me aproximei e apenas sorri v
SEBASTIAN Tinha recebido a ligação de Marta falando sobre um almoço que aconteceria hoje, Elisa estava ajudando a organizar esse compromisso repentino que Marta estava fazendo, tentei sair o mais cedo possível do trabalho e fui direto para a casa do meu pai, assim que cheguei todos estavam lá e até alguns amigos mais íntimos da família e os amigos de Elisa, me sentei ao lado dela e logo em seguida Marta se levantou chamando a atenção de todos os presentes. — Hoje é um dia muito especial, para duas pessoas que eu amo muito, primeiro Sebastian que é como um filho para mim, e Elisa a quem eu peguei um carinho enorme! — Marta falou sorrindo. — O que é tudo isso? — Perguntei para Valentin que estava ao meu lado. — Estou tão perdido quanto você! — Ele sorriu irônico. — Elisa vem até aqui, por favor! — Ela se levantou e abraçou a Marta. — Bom, eu não sou ótima com palavras, mas eu quero agradecer pelas palavras da Marta e dizer que eu também te amo muito, e não só a ela como ao homem q
"Então eu vou te amar como se eu fosse te perder.Eu vou te abraçar como se eu estivesse dizendo adeus.Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar.Pois nunca sabemos quandoQuando o nosso tempo irá acabar".Algumas semanas depois... SEBASTIAN Pierre começou a desconfiar que Charlotte e eu estávamos nos encontrando, já havia sido confrontando inúmeras vezes e tive que entregar uma documentação da paternidade de Aimée, mesmo ele não sabendo que ela é sua filha, pois disse que Charlotte e eu tivemos um caso quando ele se mudou para a Inglaterra para terminar a faculdade. Acabei ficando ausente com Elisa, já que chegava tarde em casa devido às notícias que Gaston havia me dado sobre o paradeiro de Antonie e os planos que ele estava efetuando, soube que Pierre e Samanta estavam se encontrando com ele, quando o confrontei ele me negou dizendo estar sabendo de todas as falcatruas de Antonie com o cassino.Sempre fui desconfiado com algumas coisas e tinha duas peças que simplesmente nã