Ana chegou em casa. Subiu para o seu quarto. Jogou de lado os seus materiais. E seguiu para seu lugar preferido. Um quarto conjugado com o seu, preparado por seu pai para si.
Onde ali Ana pintava seus quadros, extravasando as suas emoções na pintura. Um som ligado nas músicas que a espira. Sobre o seu corpo pequeno, o avental para proteger as suas roupas. A sua frente o “cavalete” contendo um “quadro” com a pintura de uma linda paisagem, ainda pela metade. Nas mãos a paleta de tinta, e um pincel.E do seu lado, diversos outros pincéis. Um para cada afinidade ali. Fora várias tonalidades diferentes de tintas. Ana, distraída, não viu a porta do quarto ser aberta. E a sua querida mãezinha se aproximar abraçando lhe por trás. Um beijo no seu rosto. E Ana Sorriu.
— Oi, minha querida. Como foi o dia na universidade hoje? - Falou a mãe de Ana. Dona Emília, enquanto ainda a mantinha envolvida no seu abraço- — Foi bom, mamãe! Tirando um certo incômodo. — Deixa eu adivinhar. Theo!? — Exato! Por que esse cara insiste em perturbar a minha paz, mamãe? — Já parou para pensar que talvez ele goste de você? - Emília sorriu, e Ana levantou na velocidade na luz, e encarou a sua mãe- — Mamãe! Essa sua dedução é absurda! Como um cara vai gostar de uma garota e agir assim? — Minha querida! Cada um tem o seu jeito de expressar o seu sentimento. E talvez esse seja o meio que ele encontrou para chamar a sua atenção.Emília se aproximou da filha tocando o seu rosto, e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha de Ana. Ana olhou a mãe relutante. Não queria acreditar nessa loucura de maneira alguma. Para ela, Theo apenas gostava de lhe perturbar, por ser um endiabrado e ponto final.
— Vamos almoçar. Está quase na hora do seu curso de pintura.
— Vai na frente. Eu já vou! - Respondeu Ana com um sorriso-
— Está bem! Só não demore muito. Emília saiu do quarto da filha. Ana seguiu na direção da varanda e ficou olhando na direção da rua. Enquanto os seus pensamentos estavam cheios. Sempre se perguntou o do porquê sentir um incômodo gigantesco todas às vezes que Theo se aproximava de si. Era como se o seu estômago estivesse repleto de borboletas.------------
Na mansão com Theo. Ao chegar, viu o seu pai preparado para sair. Ao lado do pai, seus seguranças. Algo que ele estranhou. O seu pai era um homem adoentado, e que odiava sair de casa. Resolvia todos os problemas ali mesmo.
— Aonde vai papai? Sabe que…
— Tenho algo importante a resolver. Te vejo mais tarde.
Disse Gabriel interrompendo o filho a continuar a falar. Sem dizer mais nada, o homem simplesmente entrou no carro, e um dos seguranças fechou a porta, e seguiu para o banco do carona. Assim o motorista arrancou com o carro, mais um carro com mais três seguranças seguiu atrás do carro do mais velho.
— Ele falou aonde vai?
Perguntou Theo para a governanta da mansão. Barbara. Uma gentil senhora de meia-idade, na qual ajudou a cuidar dele desde que se entende por gente.
— Não, meu menino! Pra mim ele nada disse… Já comeu? - Perguntou ela olhado direto para ele-— Ainda não!
— Então vamos. Mandei preparar sua comida preferida. Carne de porco ao molho pardo. — Hum! Me deu até água na boca. - Respondeu ele sorrindo-Ana teria acabado de se arrumar. Despediu do seu pai, Bento. Que estava no restaurante que eles têm na parte de baixo da casa. Após um sorriso lindo e um beijo no rosto do mais velho. Fazendo o mesmo com a sua amada mãe.
Ana seguiu o seu caminho para o seu curso de pintura. Na qual ama fazer. Na sua mão. Ela carregava um quadro tamanho médio, bem embrulhado com um embrulho de papel branco.
Nas suas costas, a sua mochila rosa com alguns detalhes em branco e uma bonequinha de chaveiro pendurada. Sua roupa, uma calça jeans colada, e uma blusa de manguinha na cor vermelha que marca a curva de sua silhueta. Nos pés, uma sapatilha na cor preta. Não continha maquiagem no rosto. Apenas um batom hidratante na cor laranja-claro, para dar um pouco de cor no seu rosto.
Já numa distância de três quarteirões. O local do seu curso de pintura, não estava tão longe. Mais dois quarteirões, e por fim chegaria no tão amado curso. A rua onde estava. Deserta, sempre era assim.
Andava tranquila quando um carro quatro portas freou bruscamente do seu lado. Tal foi o susto que tomou, que o quadro que estava na suas mãos fora de encontro com o chão. Dois homens armados correu na direção da jovem, que com o susto andava de costas, e mãos estendidas em rendição.
Um dos homens, com um pequeno saco de pano preto, a segurou e colocou sobre a cabeça de Ana, que não conseguiu nem reagir. Colocaram Ana no carro e saíram dali cantando pneu.
No restaurante, a movimentação estava grande. Os garçons atendiam as mesas. As cozinheiras preparavam as demandas da comida. E a moça da limpeza adiantava o máximo que podia as vasilhas sujas, vindas dos garçons, trazidas das mesas.Os pais de Ana no caixa. Recebia os pagamentos dos clientes que deixaram o restaurante satisfeito. Um homem de terno preto. Óculos escuros no bolso do paletó à amostra. Entrou no estabelecimento. O homem grande e chamativo. O seu semblante era sério.
Um garçom se aproximou dele, e o mesmo disse querer conversar com os donos do imóvel. Com o recado dado aos patrões. Os mesmos pediram a gentileza para que o rapaz ficasse no caixa até que eles voltassem. E assim, senhora Emília e senhor Bento seguiram na direção do tal sujeito.
— Pois não! No que posso lhe ajudar!? - perguntou senhor Bento, chegando próximo à mesa, e vendo o homem, olhar na sua direção.
Com o olhar sério sem desmonstrar nenhuma impatia, o homem à frente do casal pois se a se pronunciar:— Olá! O meu nome é Gean. Trabalho como segurança do senhor Gabriel William. O meu patrão está do lado de fora, dentro do seu carro, solicitando a presença dos dois. - Falou o segurança, se pondo de pé e olhando os dois à sua frente. — Perdão, mas não podemos sair daqui agora. - respondeu senhor Bento, com os olhos franzidos. — Pelo bem da filha de vocês. Acho melhor vocês irem. - relatou Gean, sem nenhuma preocupação na voz- — O que tem a minha filha? - Emília o encarou com os olhos arregalados- — Não sou eu que vou lhe responder, senhora. E sim, o meu patrão! Sem esperar resposta, Gean saiu do restaurante. Bento olhou para a sua esposa, que aparentava angústia. E se vendo sem saída. Seguiram para fora do estabelecimento. Do lado de fora. Gabriel olhava para frente. O semblante cansado no rosto. E com uma voz desafiadora. Simplesmente disse, sem olhar os dois do lado de fora:—
Horas depois, já com os documentos assinados em mãos. Gabriel ligou para os seus guardas-costas que mantinham Ana presa. E mandou que os mesmos, levassem a garota direto para a mansão. Após encerrar a ligação, saiu do prédio junto dos pais de Ana. Emília a todo o momento chorava enquanto abraçava o seu marido, em busca de consolo. Bento, também estava desconsolado. Principalmente agora, por saber que o garoto que implicava com a sua filha, seria ele o filho do tão detestável Gabriel William. Uma raiva gigantesca se instalou em Bento. Se antes ele via Théo como um bom rapaz. Agora o detestava por pensar que o rapaz estava por trás de tudo isso. Mas o que Bento não sabia, era que nem mesmo Theo, estava ciente das loucuras que o seu pai estava fazendo. Pois se soubesse, jamais concordaria com isso. Gabriel seguiu rumo a mansão junto de seu motorista, e seu guarda-costa Gean. Enquanto o outro carro levava de volta Emília e Bento para casa. Gabriel chegou na sua mansão, com os seus hom
Theo entrou no seu quarto batendo na porta com tamanho a força. Era só o que faltava. O seu pai querer que ele se casasse com uma desconhecida. Gabriel com toda a certeza não estava bem da cabeça. Era a única explicação que encontrou para descrever o comportamento do pai naquele momento. Theo se jogou na cama frustrado, jogando os braços cobrindo o seu rosto. E nesse momento a imagem em perfeição de Ana Mayra, invadiu os seus pensamentos. Ela era uma mulher meiga que mais parecia uma adolescente, por conta do seu jeito delicada de ser. E isso era uma das coisas que gostava nela. Theo ficou ali pensando em Ana Mayra. E quanto mais pensava nela. Mais irritado ficava com o seu pai, querer fazer com que ele se casasse com uma desconhecida. A porta do seu quarto foi aberta com muita brutalidade, o assustando. Theo se levantou apressado, se sentou na cama. E viu o seu pai entrar no seu quarto, com a bengala na mão direita. Na face do mais velho, era possível constatar um semblante irreco
Théo ficou ali por mais um tempo, encarando a foto em mãos. E ao olhar no canto da tela do celular e constatar a hora. Percebeu que o horário estipulado por seu pai já teria passado uns dez minutos. Não que iria ceder às chantagens que o pai lhe fez, e se casar com a moça. Mas precisava fazer algo a respeito de seu pai querer internar uma inocente. Théo se levantou da cama com muita pressa e saiu do quarto, deixando o seu celular sobre a cama. Não teve nem tempo de fechar a porta do quarto, e saiu pelos corredores apressado. Não demorou para Théo chegar na larga escadaria que dava acesso à parte da primeira ala da mansão. Olhou para a grande porta de entrada, vendo o seu pai conversar com um homem vestido todo de branco. Na mão do homem, ele segurava uma prancheta, e o que parece. Anotava tudo o que Gabriel citava. Théo começou a descer as escadas. E sentiu um grande aperto no peito. Já imaginando ter chegado tarde demais. Pensamento, Théo. Fiquei tão entretido olhando para a foto
A arrogância de Gabriel não tinha limitis. Falou essas palavras, e Ana sentiu um arrepio tomar conta do seu corpo. Um medo de Gabriel instalou em si. Ana abaixou a cabeça e não disse mais nada. — Não fale assim com ela. O único errado aqui é você. Agora, manda ele soltar ela! — Por que eu faria isso? Você já deixou claro que não a quer. Então, o lugar dela será na clínica. — O que pretende com isso? Pelo amor de Deus. Eu te imploro. Solta ela, pai. — Se lembra do que te disse? Continua valendo!... Mas não sou paciente, como já sabe. Te dou... — Gabriel esticou o braço e aproximou o próprio pulso perto do rosto, conferindo as horas. — Três segundos! Gabriel encarou Théo. E o rapaz encarou seu pai com um fio de esperança de ele nẫo fisesse aquilo. Mas Gabriel estava decidido e preparado. — Levem ela daqui! - Ordenou Gabriel ao enfermeiro, enquanto mantinha os olhos fixos no filho- O enfermeiro pegou Ana pelos braços por cima da camisa de força. Ela se debatia, tentando se livrar
Por ordens do pai. Theo seguiu para o escritório do mesmo, para esperar por ele. Em seguida, Gabriel foi dispensar os enfermeiros. Assim que os mesmos foram embora, Gabriel voltou para o escritório. Escritório esse que ficava no andar de baixo. Poucos metros da porta de entrada e das escadas que davam acesso ao andar acima. Ao entrar no escritório, e procurar pelo filho. Gabriel o encontrou no canto do escritório, os olhos de Theo estavam presos no grande quadro que contém a foto de sua tão amada mãe, Elisa. Abaixo do quadro, uma mesa decorativa com a mesma cor da madeira do quadro. Marrom escuro, com um toque polido em marfim. Gabriel, com a sua voz grossa e autoritária, chamou pelo filho. Theo manteve-se calado e estático, olhando para o quadro de sua mãe, enquanto suas mãos apertavam a mesa decorativa abaixo do quadro. Ato feito por ele, como uma tentativa falha de acalmar. — Seu moleque miserável. Não faça de conta que não está me escutando. — Gritou o mais velho, enquanto s
Foi cerca de 23h. Ana escutou batidas vindas da porta onde era mantida presa. A voz de Théo ecoou em seus ouvidos. Estava sentada sobre a cama com os braços em torno de suas pernas. As lágrimas banhavam seu rosto. Não queria o ver naquele momento, mas ele insistia em chamar por ela. — Ana, sei que está furiosa comigo. Mas eu juro que não sabia de nada disso! O meu pai sempre foi um homem impulsivo. Mas não fazia ideia de que ele seria capaz de tanto. Tentei convencer ele mais uma vez. E... Eu sinto muito, Ana, mas... ele está irredutível quanto ao casamento. Queria muito te ver agora. Queria falar cara a cara com você. Aceitaria me ver? Por favor! Vamos conversar. Só nós dois. — Não sei se consigo te encarar agora, Théo! Eu... — Ana, por favor! — Théo insistiu, e não obteve resposta. Ficou ali parado de frente à porta do quarto por mais um tempo, respirou fundo antes de tomar uma atitude. Coisa que não fez a vida toda. O barulho de chave indicava que a porta do quarto foi destranca
Seis meses depois, Theo se encontrava no escritório da empresa, com o computador à sua frente. Conferia o nível de produção da empresa de Nova York ultimamente. Ouviu batidas na porta e deu permissão para que a pessoa entrasse. A porta se abriu, e por ela passou Marlon, seu melhor amigo e braço direito na empresa.— Temos uma reunião em breve, e você continua olhando para a tela desse computador? — pronunciou Marlon, frustrado, se aproximando.— Já estou indo. Só estava conferindo o nível de produção da empresa de Nova York — respondeu Theo, ainda digitando.— Você viu, né? Eu ia falar com você a respeito disso! A renda, este mês, está muito mais baixa que no mês anterior. — Vou ter que intervir. Está liberado esses dias?— Digamos que tenho um compromisso inadiável com a Alexa! — Longe de mim atrapalhar os seus compromissos. Vou ver se o Lucas vai comigo... Por falar em Lucas, onde aquele sujeito está?— Você ainda pergunta? Tenho pra mim que ele está fazendo algum serviço perto da