#3 O sequestro

Ana chegou em casa. Subiu para o seu quarto. Jogou de lado os seus materiais. E seguiu para seu lugar preferido. Um quarto conjugado com o seu, preparado por seu pai para si. 

Onde ali Ana pintava seus quadros, extravasando as suas emoções na pintura. Um som ligado nas músicas que a espira. Sobre o seu corpo pequeno, o avental para proteger as suas roupas. 

A sua frente o “cavalete” contendo um “quadro” com a pintura de uma linda paisagem, ainda pela metade. Nas mãos a paleta de tinta, e um pincel. 

E do seu lado, diversos outros pincéis. Um para cada afinidade ali. Fora várias tonalidades diferentes de tintas. Ana, distraída, não viu a porta do quarto ser aberta. E a sua querida mãezinha se aproximar abraçando lhe por trás. Um beijo no seu rosto. E Ana Sorriu. 

— Oi, minha querida. Como foi o dia na universidade hoje? - Falou a mãe de Ana. Dona Emília, enquanto ainda a mantinha envolvida no seu abraço- 

— Foi bom, mamãe! Tirando um certo incômodo. 

— Deixa eu adivinhar. Theo!? 

— Exato! Por que esse cara insiste em perturbar a minha paz, mamãe? 

— Já parou para pensar que talvez ele goste de você? - Emília sorriu, e Ana levantou na velocidade na luz, e encarou a sua mãe- 

— Mamãe! Essa sua dedução é absurda! Como um cara vai gostar de uma garota e agir assim? 

— Minha querida! Cada um tem o seu jeito de expressar o seu sentimento. E talvez esse seja o meio que ele encontrou para chamar a sua atenção. 

Emília se aproximou da filha tocando o seu rosto, e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha de Ana. Ana olhou a mãe relutante. Não queria acreditar nessa loucura de maneira alguma. Para ela, Theo apenas gostava de lhe perturbar, por ser um endiabrado e ponto final. 

— Vamos almoçar. Está quase na hora do seu curso de pintura. 

— Vai na frente. Eu já vou! - Respondeu Ana com um sorriso- 

— Está bem! Só não demore muito. 

Emília saiu do quarto da filha. Ana seguiu na direção da varanda e ficou olhando na direção da rua. Enquanto os seus pensamentos estavam cheios. 

Sempre se perguntou o do porquê sentir um incômodo gigantesco todas às vezes que Theo se aproximava de si. Era como se o seu estômago estivesse repleto de borboletas. 

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Na mansão com Theo. Ao chegar, viu o seu pai preparado para sair. Ao lado do pai, seus seguranças. Algo que ele estranhou. O seu pai era um homem adoentado, e que odiava sair de casa. Resolvia todos os problemas ali mesmo. 

— Aonde vai papai? Sabe que… 

— Tenho algo importante a resolver. Te vejo mais tarde. 

Disse Gabriel interrompendo o filho a continuar a falar. Sem dizer mais nada, o homem simplesmente entrou no carro, e um dos seguranças fechou a porta, e seguiu para o banco do carona. Assim o motorista arrancou com o carro, mais um carro com mais três seguranças seguiu atrás do carro do mais velho. 

— Ele falou aonde vai? 

Perguntou Theo para a governanta da mansão. Barbara. Uma gentil senhora de meia-idade, na qual ajudou a cuidar dele desde que se entende por gente. 

— Não, meu menino! Pra mim ele nada disse… Já comeu? - Perguntou ela olhado direto para ele- 

— Ainda não! 

— Então vamos. Mandei preparar sua comida preferida. Carne de porco ao molho pardo. 

— Hum! Me deu até água na boca. - Respondeu ele sorrindo- 

Ana teria acabado de se arrumar. Despediu do seu pai, Bento. Que estava no restaurante que eles têm na parte de baixo da casa. Após um sorriso lindo e um beijo no rosto do mais velho. Fazendo o mesmo com a sua amada mãe. 

Ana seguiu o seu caminho para o seu curso de pintura. Na qual ama fazer. Na sua mão. Ela carregava um quadro tamanho médio, bem embrulhado com um embrulho de papel branco. 

Nas suas costas, a sua mochila rosa com alguns detalhes em branco e uma bonequinha de chaveiro pendurada. Sua roupa, uma calça jeans colada, e uma blusa de manguinha na cor vermelha que marca a curva de sua silhueta. Nos pés, uma sapatilha na cor preta. Não continha maquiagem no rosto. Apenas um batom hidratante na cor laranja-claro, para dar um pouco de cor no seu rosto. 

Já numa distância de três quarteirões. O local do seu curso de pintura, não estava tão longe. Mais dois quarteirões, e por fim chegaria no tão amado curso. A rua onde estava. Deserta, sempre era assim. 

Andava tranquila quando um carro quatro portas freou bruscamente do seu lado. Tal foi o susto que tomou, que o quadro que estava na suas mãos fora de encontro com o chão. Dois homens armados correu na direção da jovem, que com o susto andava de costas, e mãos estendidas em rendição. 

Um dos homens, com um pequeno saco de pano preto, a segurou e colocou sobre a cabeça de Ana, que não conseguiu nem reagir. Colocaram Ana no carro e saíram dali cantando pneu. 

No restaurante, a movimentação estava grande. Os garçons atendiam as mesas. As cozinheiras preparavam as demandas da comida. E a moça da limpeza adiantava o máximo que podia as vasilhas sujas, vindas dos garçons, trazidas das mesas. 

Os pais de Ana no caixa. Recebia os pagamentos dos clientes que deixaram o restaurante satisfeito. Um homem de terno preto. Óculos escuros no bolso do paletó à amostra. Entrou no estabelecimento. O homem grande e chamativo. O seu semblante era sério. 

Um garçom se aproximou dele, e o mesmo disse querer conversar com os donos do imóvel. Com o recado dado aos patrões. Os mesmos pediram a gentileza para que o rapaz ficasse no caixa até que eles voltassem. E assim, senhora Emília e senhor Bento seguiram na direção do tal sujeito.

— Pois não! No que posso lhe ajudar!? - perguntou senhor Bento, chegando próximo à mesa, e vendo o homem, olhar na sua direção. 

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