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#5 Comunicado de casamento

Horas depois, já com os documentos assinados em mãos. Gabriel ligou para os seus guardas-costas que mantinham Ana presa. E mandou que os mesmos, levassem a garota direto para a mansão. 

Após encerrar a ligação, saiu do prédio junto dos pais de Ana. Emília a todo o momento chorava enquanto abraçava o seu marido, em busca de consolo. Bento, também estava desconsolado. Principalmente agora, por saber que o garoto que implicava com a sua filha, seria ele o filho do tão detestável Gabriel William. 

Uma raiva gigantesca se instalou em Bento. Se antes ele via Théo como um bom rapaz. Agora o detestava por pensar que o rapaz estava por trás de tudo isso. 

Mas o que Bento não sabia, era que nem mesmo Theo, estava ciente das loucuras que o seu pai estava fazendo. Pois se soubesse, jamais concordaria com isso. 

Gabriel seguiu rumo a mansão junto de seu motorista, e seu guarda-costa Gean. Enquanto o outro carro levava de volta Emília e Bento para casa. Gabriel chegou na sua mansão, com os seus homens, que trazia Ana com eles. 

Estacionaram o carro na porta da mansão, e tiraram a garota de dentro do carro. Já não mais amarrada. Mas presa sobre as mãos de um dos guardas-costas. O semblante da garota estava assustada e confusa. Mais assustada ficou ao constatar a sua frente, o empresário mais assustador de todos os tempos. Uma senhora se aproximou. Senhora essa, Barbara. Olhou confusa a sena a sua frente. 

— Senhor William? Quem seria essa adorável moça? 

— Sem perguntas, Barbara. Meu filho está em casa? 

— Não senhor! Ele saiu de encontro com os amigos. 

— Melhor assim. Leva essa moça para o quarto de hóspede. E não a deixe sair de lá por nada nesse mundo… E não diga a ninguém, principalmente ao meu filho, que ela está aqui. — Ordenou Gabriel- 

— S-sim, senhor! Mas. Por que de tudo isso? — Perguntou a governanta desconfiada- 

— Está aqui para cumprir ordens. Então as faça. 

Pelo tom de voz. Gabriel estava bem nervoso. E Bárbara sabia muito bem quando o patrão estava assim, não respeitava ninguém.

Por medo do que o patrão pudesse fazer. Bárbara se aproximou de Ana, que assim que a viu se aproximar, estremeceu. Notando quão assustada a garota estava. Bárbara sorriu com o máximo de gentileza que pôde, para tentar mostrar confiança para Ana. Um “Não tenha medo” saio da boca de Bárbara, e Ana aparentou perder um pouco do medo naquele momento. 

Na companhia de Bárbara, Ana seguiu para dentro da mansão. Um lugar gigantesco julgou ela. Foi guiada até o andar de cima, um corredor gigantesco à sua frente. E em um dos quartos, quase no final do corredor. Bárbara abriu a porta, indicando para que a garota entrasse. 

As duas ultrapassaram a porta, e Bárbara a fechou. Dentro do quarto, Bárbara observava aquela menina na sua frente. Ela ainda aparentava estar assustada. A viu se sentar na grande cama de casal, e abraçar as próprias pernas. 

Bárbara, comovida com a cena, à sua frente, não se conteve e se aproximou, vendo Ana se derramar em lágrimas. 

— Não fique com medo. Eu não vou fazer nada com você. Quer me dizer porque está aqui?... Por que o senhor Gabriel te trouxe para cá? 

— Eu não sei! - Respondeu Ana com lágrimas nos olhos- A única coisa que eu sei. É que dois homens me levaram para um lugar. E me deixaram amarrada lá por um bom tempo. Depois me trouxeram para cá... Mas não sei o que está acontecendo. Os meus pais devem estar preocupados comigo. - Complementou Ana.

Bárbara se aproximou da garota, mesmo com medo dela recusar. A abraçou e ficou surpresa por Ana não se afastar e deixar ser abraçada por ela. A porta do quarto se abriu. Gabriel entrou no quarto com seu olhar superior de sempre.

— Sou um homem que gosto de ir direto ao assunto. Então só vou falar uma vez, para que entenda. A partir de hoje, você pertence a mim. Se casará com o meu filho. E antes que venha dizer qualquer coisa. Saiba que não tem escolha. 

Assim como entrou, Gabriel saiu do quarto batendo a porta com tamanha força. Ana olhou para a senhora que ainda estava abraçada a si. E o choro em desespero tomou conta.

Gabriel voltou para o andar abaixo. Sentou na poltrona e ficou ali aguardando o seu filho, que não tardou a aparecer. 

— Papai? Tá tudo bem? — Theo, preocupado, encarou o pai que o olhava mais sério que o normal- 

— Venha ao meu escritório. Precisamos conversar. 

Gabriel se pôs de pé mesmo com dificuldade. E seguiu para o escritório vendo Theo o acompanhar. Já dentro do escritório, o mais velho seguiu até a sua poltrona atrás de uma grande mesa, perto de uma grande janela. Se sentou, e Théo sentou na poltrona a frente da mesa. 

— O que está acontecendo, papai? 

— Quero que se prepare. Vai se casar nesse sábado! 

— Como é? — Perguntou Theo confuso, e, ao mesmo tempo, nervoso- 

— O que acabei de dizer! Você vai se casar nesse sábado. — Gabriel respondeu ao filho na maior calmaria- 

— Endoidou de vez Gabriel? 

— Olha como você fala comigo, seu moleque. Sou seu pai! 

— Meu pai? Tem certeza disso?... Olha o absurdo que acabou de me dizer. Escuta aqui. Papai. - Sua voz soou ríspido e enojado- Eu não vou me casar com ninguém sem amor! 

Théo não deu tempo do seu pai dizer uma palavra sequer. Saiu do escritório do pai batendo a porta com tamanha força, demonstrando o quão nervoso ele ficou com essa situação. Gabriel apenas olhou na direção que o filho tomou, pegou o telefone à frente. Discou um número que desejava falar. Número esse que não tardou a atender. 

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