Impertinente Casamento Forçado
Impertinente Casamento Forçado
Por: Dayane/Dani
#1 Inicio de tudo

Meu nome é Ana Mayra. Vivo na cidade de São Francisco. Califórnia. Tenho vinte e cinco anos. E vi minha vida vira do avesso. Graças a um homem, que por capricho me forçou a casar com o seu filho. 

Mas vamos por partes. Vou contar a vocês a história desde o começo. Meus pais, Bento Alves e Emília Alves. São donos de um restaurante. Desde nova, aprendi a valorizar o árduo trabalho. Os dois desempenham bem esse papel. Mas não faltava tempo para o amor e o carinho de ambos comigo. 

Estudava em uma escola aqui em São Francisco. E como melhor amiga, confidente e até irmã, filha de outra mãe. Tenho ao meu lado, Alexa. Naquela época, eu tinha apenas doze anos, e Alexa Treze. Moramos na mesma rua, desde que me entendo por gente. Na escola tinha muitos amigos. Mas, em compensação, tinha o menino a quem eu julgo como peste. O seu nome. Theo. 

Theo tinha a aparência de anjo, mas a mente de um demônio. Os seus lindos olhos azuis-claros, os seus cabelos castanhos que de longe aparentavam ser macios e sedosos. Mas, como já disse. Esse garoto era o tormento da minha vida. Ele sempre pegava a minha mochila e saía correndo. Às vezes colocava o pé na frente para mim, cair. Ou às vezes, ele simplesmente arrancava as presilhas do meu cabelo. E adivinha. Saia correndo enquanto me chamava de Maria bravinha. 

Um apelido que eu detestava. Bom, eu não era brava... Talvez um pouquinho... Tá! Eu não posso negar. Eu era brava sim. Mas a culpa era daquele, peste, filhinho de papai, do Theo. Que me fazia ficar com raiva. Anos se passaram. Agora estamos mais maduros e estudando na Universidade de São Francisco. Ainda tendo a minha melhor amiga ao meu lado, e alguns amigos a mais. E claro, Theo. 

Theo se mostrou mais maduro com o passar do tempo. Parou com as brincadeiras sem noções. E parou de me perturbar. Na verdade. Theo simplesmente parou de falar comigo. Pelo menos foi o que pensei. 

Me chamo Theo William. Filho de um poderoso e respeitado CEO, Gabriel William. Meu pai é dono de três grandes empresas. Tendo duas aqui, e uma, na cidade de Nova York. Meu pai é conhecido por não respeitar a vontade de ninguém. Nem mesmo a minha vontade. Mas ele nem sempre foi assim. 

Minha mãe se chamava Elisa. Uma mulher guerreira, que tinha como amor a literatura. Era escritora famosa, já tendo como sucesso mais de dez obras.  Minha mãe era amante de romance. Alegre e espontâneo. Tinha uma delicadeza e uma sutileza na voz. Mas acima do amor que tinha pela literatura. Ela tinha um grande amor por mim e por meu pai. 

Minha mãe era minha confidente, minha melhor amiga nesse mundo inteiro. Quando contei a ela, que tinha conhecido uma menina na nova escola. E que eu adorava perturbar essa menina. Ela me fez uma pergunta, que naquele momento só sabia responder de um jeito. 

Ela me perguntou o porquê de eu gostar de perturbar aquela menina. Respondi a ela que achava engraçado o modo como ela ficava com raiva. E achava graça daquele penteado que ela sempre ia. Uma Maria chiquinha. Me lembro como se fosse hoje, o que a mamãe me disse. 

— Não acho que seja só isso. Mas você ainda é muito novo para entender. E quando menos esperar. A resposta do porquê você gosta tanto de implicar com essa menina. Vai surgir como um cobertor que aquece no frio. E vai aquecer o seu coração. 

Pois é. Minha mãe tinha toda a razão. Quando eu menos percebi. Já estava eu praticamente apaixonado por Ana Mayra. 

Minha mãe morreu quando eu completei dezesseis anos. E foi depois da morte dela. Que meu pai virou esse monstro que é hoje! E por conta disso. Tomei por decisão me afastar da Ana. Não porque eu não gostava dela. Mas justamente por eu a amar muito. 

Não quero trazer ela para um mundo, onde, como carrasco, tenho um homem que chamo de pai. 

Há um ano e meio atrás. Descobri que meu pai está doente. Doente com um tumor cerebral. O quadro dele é irreversível. E após descobrir que tem apenas mais um ano ou até menos de vida. Ele se tornou pior. 

Mas independente do que ele se tornou. Ainda o amo e respeito como o meu pai. 

Narrado pela Autora. 

Andando pelos corredores da universidade. Estavam Ana e a sua amiga Alexa. As duas sorriam alegres e contagiantes. Enquanto se aproximavam cada vez mais do grupo de amigos. E nesse grupo, os seus melhores amigos. Marlon, namorado de Alexa. Lucas, o piadista do grupo. Clara, uma garota esforçada, mas por gostar de estar sempre na moda. É considerada por muitos, menos o seu grupo de amigos. Como a patricinha da universidade. 

Naomi, prima de Theo. E o próprio Theo. Alexa e Ana se aproximam do grupo. Lucas, como sempre, fazendo graça e chamando a atenção para si. Perturbando a garota ao lado. Garota essa, Clara. Alexa se aproxima do seu namorado e o deixa um selar. Enquanto Ana se afasta do grupo, indo na direção oposta. 

— Ei, mocinha! Onde você pensa que vai? — Pergunta Alexa, se virando e notando Ana, se afastando na calada. 

— Estou indo resolver umas coisas. Te vejo depois. - Respondeu Ana, voltando o olhar para a amiga atrás de si. 

— Sei bem que coisas você tem para resolver. Vai se enfurnar dentro daquela biblioteca de novo. 

Retrucou Alexa, e Ana nada disse. Apenas lançou um sorriso na direção da amiga. E segui o seu caminho, após dizer um até logo para todos. 

Ana entrou na biblioteca. O melhor lugar dessa universidade para ela. O lugar era sossegado. Já que poucos frequentam ali. Seguiu na direção das estantes de livros. Indo direto na sua seção preferida. Os romances. 

Com dificuldade, pois com seus um metrô e cinquenta e sete de altura. Tinha que se pó na ponta dos pés, para alcançar o livro desejado. Uma cena que fez um certo alguém, que entrava no local naquele momento sorri. 

Theo se aproximou pondo-se atrás dela, colando o corpo ao dela. E apenas esticando a sua mão, pegou o livro que ela desejava, e lhe ofereceu. 

— Da para se afastar? - Disse Ana com uma voz nada amigável- 

— De nada! — Respondeu Theo, dando um passo para trás. 

— Obrigada! Mas não te pedi ajuda. — Retrucou ela, se virando na direção dele, e o encarou. 

— Agora se afasta mais. Ainda está muito perto. 

— Qual é Ana. Tem certeza que quer que eu me afaste? 

— Você ainda tem dúvida? - Ana o encarou, sua face estava raivosa. Ela o empurrou, e ele se afastou- 

— Qual é a sua, Theo? Por que não faz como estava fazendo há um tempo? Para de me encher! — Theo sorriu, encarando Ana, e respondeu: 

— E onde estaria a graça em eu te irritar?... Maria bravinha!? 

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