Herdeiro das Sombras - O CEO da Máfia
Herdeiro das Sombras - O CEO da Máfia
Por: Lily Walker
Capítulo 01

Sabemos que crimes acontecem em todos os lugares, mas nunca imaginamos que possa estar acontecendo bem em frente a nós. Nossa mente pode até elaborar formas de escapar do perigo em meio a um pensamento intrusivo, aqueles do tipo "e se eu me jogar dessa ponte, o que acontece?". Olívia ao contar para seu pai que esses pensamentos eram decorrentes e que às vezes a faziam rir por que ela sabia que se ela se jogasse de uma ponte muito provavelmente morreria. Então James, o pai dela, que era um policial investigativo renomado na cidade de Londres onde moravam, deu a ideia de uma brincadeira. E se em todo lugar que ela estivesse, ela imaginasse algum perigo iminente, um assalto ou pessoas mal intencionadas, qual seria sua rota de fuga se ela tivesse a chance de fugir? Então eles conversavam durante seus passeios ao parque para o playground. No mesmo lugar em que semanas antes o corpo de uma jovem mulher foi encontrada. Era apenas uma pobre garota sem sorte na vida, uma viciada em drogas que foi executada por dever ao traficante.

Ela jamais pensou em seguir a carreira do pai, apesar de gostar de "quebra cabeças" como seu pai detetive, jamais teve estômago para coisas mórbidas, nunca nem ao menos curtiu filmes de terror. Ela gostava mesmo era de ter os pés no chão e tranquilidade. Algo que ela pudesse controlar e trabalhar tranquilamente, o que fez com que ela resolvesse se formar em contabilidade e recursos humanos, que segundo sua melhor amiga é a coisa mais sem sentido sobre ela.

— É sério, você poderia escolher qualquer coisa que seu pai te apoiaria em tudo, diferente do meu que é um machista da velha guarda. Para ele "atriz" é um nome bonitinho para prostituta. E ele usou exatamente essas palavras. — disse Sarah para ela enquanto apreciavam a vista da janela da cafeteria onde estavam.

— Nossa que babaca. — ela falou e a amiga concordou ao respirar fundo — Mas você sabe que eu sempre gostei de segurança, de poder controlar pelo menos uma coisa na minha vida e esse tipo de trabalho eu realmente gosto de fazer. Passei minha infância inteira preocupada sem saber se meu pai voltaria pra casa, e depois da morte da mamãe... Eu realmente prefiro isso, sabe. Segurança!

— E você já conseguiu um emprego? — perguntou Sarah.

— Ainda não, está bem difícil. Mas não tenho pressa. — respondeu ela ao beber um gole do seu café. Por um instante os olhos de Sarah brilharam.

— Eu acho que já sei onde você pode ir trabalhar! Na empresa do meu pai. Sabe, meu irmão ele é um chato, e vive dizendo que precisa de uma secretária mas nunca ninguém é bom o suficiente. E talvez você possa mudar isso.

— Ah Sarah! Você sabe que isso jamais daria certo! Seu irmão... Você sabe que o Nate odiaria isso, ele morre de ciúmes do Terry.

— Qual é, Liv. Isso já faz tempo. Acha que Terry ainda não te superou? E se não superou está mais do que na hora dele entender que você ama o Nate e não ele.

—O que você não entende é que eu magoei ele, mantive ele por perto por puro egoísmo. Eu fui uma péssima amiga pra ele, Sarah. Não sei se ele me perdoou...

— Liv, trabalho é trabalho e se tem uma coisa que meu irmão sabe ser é profissional. Eu vejo ele todo os dias e ele é super profissional, tenho certeza que ele não se importaria e até ficaria mais a vontade com alguém que ele conhece sendo secretária dele.

— Não sei não, Sarah.

Olívia ainda não tinha certeza se era isso o que queria, mas aceitou a oferta da amiga na que na mesma noite a telefonou dizendo que era para ela ir até a Sallow Investimentos no dia seguinte às 7 da manhã para que começasse logo no novo emprego.

No dia seguinte lá estava ela, pontual como sempre teve orgulho de ser, aguardando na recepção quando foi recebida pelo senhor Arthur Sallow. Um homem já com sessenta anos, porém muito saudável. Cabelos escuros, pele clara. Usando um terno cinza da melhor alfaiataria de Londres, provavelmente a roupa mais cara que ela já vira na vida.

— Pequena Liv! — disse ele ao abraça-la. Olívia o conhecerá ainda quando criança quando estudou na mesma escola que Terry e Sarah. Ela sempre foi estudiosa o suficiente que ganhou essa bolsa na escola mais cara. Ela sempre foi motivo de orgulho para pai.

— Senhor Sallow! Que bom ver o senhor. — disse ao retribuir o abraço.

— Ora, vamos. Vamos até minha sala, para conversarmos sobre a empresa e como funciona.

O senhor Sallow tinha um belo escritório na cobertura do prédio, havia até mesmo um mini golfe ao canto da espaçosa sala, dois sofás elegantes para receber clientes com uma mesa de centro que parecia folhada a ouro.

— Fiquei surpreso quando Sarah me disse que gostaria de trabalhar conosco.

— Ah bem, na verdade foi ideia dela e eu pensei "Ah por que não" — ela brincou e o senhor Sallow sorriu.

— Sabe Liv, essa empresa eu ergui com muito custo, muito suor. Trabalho duro! Meu sonho era que pudesse dar aos meus filhos e futuros netos algo para herdar. É uma pena que minha filha não queira... Mas meu filho! Ah, meu filho jamais me decepcionou. Terrence é um rapaz maravilhoso, nunca me envergonhou.

Antes mesmo que Olívia pudesse responder, a porta do escritório é aberta abruptamente como se alguém estivesse com pressa.

— Papai, me desculpe o atraso, eu sei que prometi ao senhor que estaria aqui antes de... — ele parou de falar no instante em que seus olhos pararam em Olívia. — O que ela está fazendo aqui?

— Oi pra você também... Terrence. Ou melhor, senhor Sallow já que você é meu chefe.

— Chefe? Mas que palhaçada é essa? Pode me explicar o que ela está fazendo aqui?

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo