Capítulo 06

Finalmente depois de tantos t***s, Nathan conseguiu se enrolar num lençol. A garota que o acompanhava estava perplexa apenas assistindo.

— Como pode fazer isso comigo? — dizia em meio as soluços.

— Olívia eu... Droga a culpa é toda sua! Você sabe que eu preciso de sexo e nesses últimos dias você só trabalha e fica o tempo todo a disposição daquele bastardo do Sallow! Como você espera que eu me sinta vendo você trabalhando com um cara que vivia dizendo ser perdidamente apaixonado por você? — ele esbravejou. — Você é a única culpada! Olha vamos resolver isso, ok? — ele tentou se aproximar dela, porém ela se afastou.

— O quê? Agora a culpa é minha? — ela chorava indignada — Meu Deus e ele estava certo sobre você! Você é doente! Esse tempo todo... Meu Deus eu perdi alguém que realmente gostava de mim, que me respeitava de verdade por causa de você! Um bosta como você! Por sua causa eu passei por cima de todos, até do meu pai! — ela chorava — Tá tudo acabado.

— Não! Olívia, me escuta. Você tá se precipitando. Eu te amo!

Ele falou, mas era em vão, Olívia ficava ainda com mais raiva.

— Você me ama? Se me amasse de verdade jamais teria feito o que fez. Jamais teria me afastado das pessoas que me amam, que eu amo! Meu Deus como eu fui idiota!

— Olha aqui — ele correu para perto dela e segurou seu rosto com agressividade — Você nunca vai ser feliz sem mim, tá me ouvindo? Nunca. Você precisa de mim!

Ela se desvencilhou dele.

— Nunca mais me procure! Seu desgraçado! — ela foi até a porta mas antes olhou para a garota que estava envolta em um lençol — Toma cuidado, por que com a quantidade de vagabundas que ele pega você pode ter contraído uma gonorréia!

Saiu com tanta raiva daquele motel, que ao chegar em casa pegou todas as roupas de Nathan do guarda roupa e as jogou pela janela do prédio. Além disso queimou todas as fotos que tinha com ele, e ainda jogou fora todos os presente que havia ganhado dele durante os dois anos que ficaram juntos.

Chorou por algumas horas e bebeu todo sua garrafa de tequila. E em meio ao devaneio, bêbada resolveu pegar seu carro. A aquela altura já não estava ligando para a própria vida. Dirigiu em direção a casa de Sallow. E chegando lá apertou a campainha até que fosse atendida, e então finalmente a porta daquela mansão enorme se abriu.

— White? — ouviu a voz dele ainda rouca. — É bom que seja importante eu estava dormindo.

— Você tinha razão. — falou em meio ao soluço de álcool e choro — Eu sou uma idiota, a única que confiava naquele desgraçado!

— O que? Do que você está falando? E que cheiro de álcool é esse!?

— Eu sou corna, Terry! C-O-R-N-A! Eu tenho os maiores chifres dessa merda de Londres eu odeio essa cidade, deveria ter vivido pra sempre em Brighton! — ela chorou desesperada.

— Ah droga... Você tá bêbada? — ele disse e ela caiu de joelhos na frente dele como uma criancinha. Ele se abaixou segurando em seus ombros.

— Me perdoa Terry! Eu fui a pior pessoa do mundo com você. Você tem razão, nada do que fizer comigo como sua secretária será pior do que o que eu fiz com você!

— Pensando bem eu não me sinto melhor agora. — disse ele. — Você não sabe como dói ver você assim. E olha que eu sonhei e desejei muito ver você descobrindo tudo o que aquele desgraçado fazia pelas suas costas.

Ele sentiu pena em ver ela daquele jeito. Ajudou ela a se levantar.

— Não, está tudo bem. Eu vou voltar pra casa.

— O quê? Não você não está em estado de sair desse jeito. Me admira ter conseguido pegar um metro e vir até aqui.

— Quem disse que vim de metrô? Eu vim com meu carro, tá ali ó! — ela apontou para a rua.

— Meu Deus, Liv você é maluca? Poderia ter morrido! Vamos entra. Não vou deixar você aqui.

Ele a levou para dentro e preparou um café forte, para fazê-la acordar.

— Sabe, por que você não vai tomar um banho. Vai se sentir melhor.

Olívia estava tão bêbada que resolveu apenas obedecer a sugestão.

— Você que manda, chefe!

Ele riu balançando a cabeça enquanto a levava para o banheiro.

— Você consegue tomar banho sozinha?

— Consigo, consigo. Pode sair. — ela disse.

— Ok, o meu quarto é...

— Eu lembro onde é seu quarto.

— Ok, eu vou deixar uma roupa pra você se trocar se quiser...

Ele saiu e foi terminar de preparar o café. Jamais imaginou que seria assim quando ela descobrisse o mau caráter de Nathan. Dirigir bêbada até sua casa! Parecia demais até para ele.

Após o banho, Olívia ainda se sentia um pouco aérea mas já mais sóbria. Decidiu usar a roupa que Terry deixou em cima da cama para ela. Era uma camiseta preta, que nela ficava enorme e um short, que provavelmente era uma daquelas cuecas grandes. O que não fazia muita diferença pois a camiseta cobria o mesmo.

Ele bateu a porta.

— Oi, eu.. trouxe café. — disse entrando no quarto. — Se sente melhor?

— Um pouco sim, obrigada. – disse ao pegar a xícara de café e sentar na cama.

— Isso é bom. Bem eu preparei o quarto de hóspedes pra você.

— Me desculpa Terry. Eu, sei lá o que deu na minha cabeça. Simplesmente me arrependi de tudo assim que eu vi ele na cama com aquela garota...

— Não precisa se desculpar. — ele sorriu de canto um pouco envergonhado.

— Não é sério Terry. Você era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais podia confiar nesse mundo. Esteve ao meu lado quando minha mãe morreu... Sempre me apoiou em tudo até nas ideias mais ridículas.

— Eu sei. Senti sua falta...

Ela largou a xícara no criado mudo. Terry estava sentado ao seu lado. Ela olhou Terry nos olhos, sentiu seu cheiro. Por um instante havia esquecido o por que de ter chegado até ele. Então o abraçou.

— Eu também! — confessou.

Terry ficou surpreso com gesto mas correspondeu. Colocou lentamente seus braços por volta dela. Sentiu seu cheiro, levantou uma de suas mãos para a cabeça dela e acariciou seus cabelos. Apesar de ter tomado banho, ainda havia resquícios do seu perfume, e era o mesmo que ele lembrava.

Ao se afastarem um pouco do abraço, Terry olha nos olhos de Olívia, e ela nos dele. Sem saber se conter aproximou seu rosto ao dela, selando seus lábios em um beijo apaixonado e tímido. Logo se afastou.

— Desculpa eu... Você está num momento delicado, eu jamais me aproveitaria de você... — antes que pudesse fazer ou falar qualquer coisa Olívia o puxou novamente para si retomando o beijo agora com mais desejo e paixão.

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