Finalmente depois de tantos t***s, Nathan conseguiu se enrolar num lençol. A garota que o acompanhava estava perplexa apenas assistindo.
— Como pode fazer isso comigo? — dizia em meio as soluços. — Olívia eu... Droga a culpa é toda sua! Você sabe que eu preciso de sexo e nesses últimos dias você só trabalha e fica o tempo todo a disposição daquele bastardo do Sallow! Como você espera que eu me sinta vendo você trabalhando com um cara que vivia dizendo ser perdidamente apaixonado por você? — ele esbravejou. — Você é a única culpada! Olha vamos resolver isso, ok? — ele tentou se aproximar dela, porém ela se afastou. — O quê? Agora a culpa é minha? — ela chorava indignada — Meu Deus e ele estava certo sobre você! Você é doente! Esse tempo todo... Meu Deus eu perdi alguém que realmente gostava de mim, que me respeitava de verdade por causa de você! Um bosta como você! Por sua causa eu passei por cima de todos, até do meu pai! — ela chorava — Tá tudo acabado. — Não! Olívia, me escuta. Você tá se precipitando. Eu te amo!Ele falou, mas era em vão, Olívia ficava ainda com mais raiva. — Você me ama? Se me amasse de verdade jamais teria feito o que fez. Jamais teria me afastado das pessoas que me amam, que eu amo! Meu Deus como eu fui idiota! — Olha aqui — ele correu para perto dela e segurou seu rosto com agressividade — Você nunca vai ser feliz sem mim, tá me ouvindo? Nunca. Você precisa de mim!Ela se desvencilhou dele.— Nunca mais me procure! Seu desgraçado! — ela foi até a porta mas antes olhou para a garota que estava envolta em um lençol — Toma cuidado, por que com a quantidade de vagabundas que ele pega você pode ter contraído uma gonorréia! Saiu com tanta raiva daquele motel, que ao chegar em casa pegou todas as roupas de Nathan do guarda roupa e as jogou pela janela do prédio. Além disso queimou todas as fotos que tinha com ele, e ainda jogou fora todos os presente que havia ganhado dele durante os dois anos que ficaram juntos.Chorou por algumas horas e bebeu todo sua garrafa de tequila. E em meio ao devaneio, bêbada resolveu pegar seu carro. A aquela altura já não estava ligando para a própria vida. Dirigiu em direção a casa de Sallow. E chegando lá apertou a campainha até que fosse atendida, e então finalmente a porta daquela mansão enorme se abriu. — White? — ouviu a voz dele ainda rouca. — É bom que seja importante eu estava dormindo. — Você tinha razão. — falou em meio ao soluço de álcool e choro — Eu sou uma idiota, a única que confiava naquele desgraçado! — O que? Do que você está falando? E que cheiro de álcool é esse!? — Eu sou corna, Terry! C-O-R-N-A! Eu tenho os maiores chifres dessa merda de Londres eu odeio essa cidade, deveria ter vivido pra sempre em Brighton! — ela chorou desesperada. — Ah droga... Você tá bêbada? — ele disse e ela caiu de joelhos na frente dele como uma criancinha. Ele se abaixou segurando em seus ombros. — Me perdoa Terry! Eu fui a pior pessoa do mundo com você. Você tem razão, nada do que fizer comigo como sua secretária será pior do que o que eu fiz com você! — Pensando bem eu não me sinto melhor agora. — disse ele. — Você não sabe como dói ver você assim. E olha que eu sonhei e desejei muito ver você descobrindo tudo o que aquele desgraçado fazia pelas suas costas. Ele sentiu pena em ver ela daquele jeito. Ajudou ela a se levantar. — Não, está tudo bem. Eu vou voltar pra casa. — O quê? Não você não está em estado de sair desse jeito. Me admira ter conseguido pegar um metro e vir até aqui. — Quem disse que vim de metrô? Eu vim com meu carro, tá ali ó! — ela apontou para a rua. — Meu Deus, Liv você é maluca? Poderia ter morrido! Vamos entra. Não vou deixar você aqui. Ele a levou para dentro e preparou um café forte, para fazê-la acordar. — Sabe, por que você não vai tomar um banho. Vai se sentir melhor. Olívia estava tão bêbada que resolveu apenas obedecer a sugestão. — Você que manda, chefe!Ele riu balançando a cabeça enquanto a levava para o banheiro. — Você consegue tomar banho sozinha? — Consigo, consigo. Pode sair. — ela disse. — Ok, o meu quarto é... — Eu lembro onde é seu quarto. — Ok, eu vou deixar uma roupa pra você se trocar se quiser...Ele saiu e foi terminar de preparar o café. Jamais imaginou que seria assim quando ela descobrisse o mau caráter de Nathan. Dirigir bêbada até sua casa! Parecia demais até para ele. Após o banho, Olívia ainda se sentia um pouco aérea mas já mais sóbria. Decidiu usar a roupa que Terry deixou em cima da cama para ela. Era uma camiseta preta, que nela ficava enorme e um short, que provavelmente era uma daquelas cuecas grandes. O que não fazia muita diferença pois a camiseta cobria o mesmo. Ele bateu a porta.— Oi, eu.. trouxe café. — disse entrando no quarto. — Se sente melhor? — Um pouco sim, obrigada. – disse ao pegar a xícara de café e sentar na cama. — Isso é bom. Bem eu preparei o quarto de hóspedes pra você. — Me desculpa Terry. Eu, sei lá o que deu na minha cabeça. Simplesmente me arrependi de tudo assim que eu vi ele na cama com aquela garota... — Não precisa se desculpar. — ele sorriu de canto um pouco envergonhado. — Não é sério Terry. Você era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais podia confiar nesse mundo. Esteve ao meu lado quando minha mãe morreu... Sempre me apoiou em tudo até nas ideias mais ridículas. — Eu sei. Senti sua falta... Ela largou a xícara no criado mudo. Terry estava sentado ao seu lado. Ela olhou Terry nos olhos, sentiu seu cheiro. Por um instante havia esquecido o por que de ter chegado até ele. Então o abraçou. — Eu também! — confessou. Terry ficou surpreso com gesto mas correspondeu. Colocou lentamente seus braços por volta dela. Sentiu seu cheiro, levantou uma de suas mãos para a cabeça dela e acariciou seus cabelos. Apesar de ter tomado banho, ainda havia resquícios do seu perfume, e era o mesmo que ele lembrava. Ao se afastarem um pouco do abraço, Terry olha nos olhos de Olívia, e ela nos dele. Sem saber se conter aproximou seu rosto ao dela, selando seus lábios em um beijo apaixonado e tímido. Logo se afastou. — Desculpa eu... Você está num momento delicado, eu jamais me aproveitaria de você... — antes que pudesse fazer ou falar qualquer coisa Olívia o puxou novamente para si retomando o beijo agora com mais desejo e paixão.Os lábios se encontraram em um beijo ardente, algo que Terry desejara e sonhara por muito tempo. Porém, não era dessa forma que ele havia imaginado, e definitivamente não era assim que queria ter Olivia para si. Sentia-se como uma válvula de escape para o que ela estava passando, uma maneira de esquecer ou se vingar de seu ex traidor. Apesar de seu profundo desejo por ela, Terry ainda mantinha seu orgulho masculino e a coerência de suas ações. Ele sabia que não poderia ficar com ela enquanto estivesse bêbada, não dessa forma.Com todos esses sentimentos fluindo, ele interrompeu o beijo com delicadeza.— Não, Olivia. Isso não está certo. — ele se afasta.— O quê? —Ela parecia um pouco confusa. — Espere, você está certo. O que eu estava pensando? Você é meu chefe...— Não é só isso. — Ele a olhou nos olhos. — Você está bêbada, magoada com o seu ex. Eu nunca quis ficar com você nessas circunstâncias. —Eu sei, eu sei. Droga, me desculpa Terry. — Eu acho melhor eu descansar e... — É, e
— Desculpe por ele ter te incomodado. — Não tem problema, já o bloqueei. Agora, você precisa ligar para seu pai; ele está desesperado procurando por você. Está quase colocando cartazes de pessoa desaparecida! — Meu Deus, ele está exagerando. Vou ligar para ele agora. Com licença. — Ela saiu do quarto, deixando Sarah e Terry sozinhos.Sarah cruzou os braços e franziu o cenho para o irmão. — O que ela estava fazendo aqui? — É uma longa história. — Ele respondeu, mas Sarah olhou para ele com malícia — Não aconteceu nada, eu juro. — Você vai ter que me contar tudo direitinho! — Ela sorriu, dando um tapinha no ombro dele. — Ela descobriu a verdade sobre aquele idiota do namorado dela. Se sentiu arrependida e veio pedir desculpas. Foi isso! — E para isso ela precisava dormir aqui? — Ela dirigiu bêbada da casa dela até aqui. Queria que a deixasse voltar daquele jeito? Se quer saber mais, pergunte a ela. Eu tenho coisas para fazer. — Ele disse, abrindo o guarda-roupa para pegar
Sarah ficou um pouco chateada ao ver que a amiga saiu sem nem ao menos dizer tchau, pois ela queria saber como havia sido a conversa com Terry na noite passada. — Ela foi embora? — perguntou Terry para Sarah, que confirmou — Deve ter ido pra casa se trocar, logo ela vai estar na empresa. Se quiser passar lá na hora do almoço, aí vocês podem fofocar a vontade. — Ah, engraçadinho! — ela riu — Bom, eu também tenho meu curso agora pela manhã, e alguns ensaios. Te vejo depois, maninho. — disse ela ao dar um beijo no rosto do irmão e sair. Terry chegou ao escritório e notou que a mesa de Olívia estava vazia. Ele imaginou que ela estivesse resolvendo algo em outro andar. Percebeu também que a recepção precisava de melhorias, já que a mesa atual não combinava com o padrão do escritório dele. E talvez essa "vingança" dele pode ter sido boba e exagerada. Já havia passado uma hora desde que ele chegará ao escritório e nada de Olívia chegar. Terry começou a ficar preocupado,
Apesar de todos os esforços de James para encontrar Nathan, ele não conseguiu. O rapaz conseguiu simplesmente desaparecer. James, frustrado em não encontrar o agressor de sua filha chegou irritado no departamento de polícia. — Spancer! — disse ele ao ir até a mesa de outro oficial — Faz um registro de criminoso foragido para mim, no nome de Nathan Parker. Eu tenho a foto. Coloca no sistema. Procurado por violência doméstica e estupro. — Senhor, mas eu vou precisar das provas antes de abrir isso no sistema... — Peter está trazendo as provas, ele está com a vítima no hospital. — Ok. Nome da vítima para o inquérito? — Olívia White. — o agente parou perplexo por um momento, mas logo tornou sua atenção para o computador e terminou de preencher no sistema. Algumas horas depois, Olívia já havia sido examinada e medicada. Seus hematomas externos eram superficiais e apesar de não conseguir caminhar direito pela dor da violência que sofrera de seu ex, tudo indicava que na
Todd’s Pub não era exatamente um bom lugar para as pessoas se encontrarem após o trabalho e tomar umas para relaxar. Pelo contrário. Localizado na mais sombria e decadente parte da cidade, se erguia como um farol de perdição. O cheiro de álcool misturado com fumaça de cigarro impregnava o ar, como se fosse o próprio aroma da decadência. Era exatamente nesse bar que James White e Arthur Sallow fizeram seu acordo, e era nesse mesmo bar que estavam nesse exato momento. — E então, nenhuma pista daquele desgraçado? — perguntou Sallow a James. — Não. Aquele bosta conseguiu evaporar feito fumaça! — respondeu enquanto dava uma tragada no cigarro — Mas sabe o mais engraçado nessa história? Olívia me contou que ela recebeu, no mesmo dia em que firmamos o acordo, um envelope com as fotos que você me mostrou mas com um adendo dizendo onde pegar ele em flagrante com uma vagabunda. — Sim. Sarah me contou tudo. — Foi você, não foi? — Claro que foi. Eu disse que faria ela descobrir t
Após alguns dias, Olívia já se sentia um pouco melhor na casa de seu pai. Contudo, a realidade de morar com ele não parecia muito diferente de morar sozinha. Ele estava constantemente imerso em seu trabalho, uma cena que ecoava os dias de sua infância. No entanto, o que Olívia não sabia era que muitas vezes, durante sua infância, seu pai passava horas envolvido em jogos de azar nos bares da cidade, arriscando tudo o que tinha e até mesmo o que não tinha.Naquele dia, Olívia estava recolhida em seu quarto, folheando um de seus antigos diários da adolescência. Parecia que ela estava em busca da resposta para quando exatamente sua vida se tornou tão complicada e melancólica. Ela já conhecia a resposta, e havia apenas uma pessoa a ser responsabilizada por isso: ela mesma.— Querida? — ela ouviu o pai bater na porta.— Oi pai, pode entrar.Ele entrou e se sentou ao pé da cama de Olívia.— Lendo seus antigos diários? — sorriu, mas seu olhar denotava preocupação.— É, por causa da nostalgia.
Ela perguntou ao olhar furiosa para Terry e entregando o documento para ele que chocado e indignado responde. — Claro que eu não sabia! Mas eu imaginava que haveria um preço. — Como você pode me vender assim desse jeito? Eu não sou uma mercadoria! — ela chorou de raiva e — Por que todos querem controlar a minha vida? Pelo amor de Deus! — E você, pai. Acha que eu ficaria feliz com isso? — Perguntou Terry. — Com certeza. Você ama essa garota a muito tempo e eu pensei... — Pai não importa se eu amo ela. Ela não sente o mesmo e... Jamais forçaria ela. — Filha, pensa em tudo que está em jogo. Nossas vidas literalmente dependem disso. Se você não se casar Arthur não vai pagar a dívida. Você precisa fazer isso, eu te imploro! Olívia não acreditava no que estava acontecendo, parecia cena de novela. Terry estava irritado com os papéis em mãos, ele se levantou e analisou novamente o contrato. — Não tem adendos nesse contrato. — ele olhou e por fim se virou para seu pai — Posso a
Terry odiava aquilo, mas precisava fazer. Precisava ser frio e cauteloso. Ele tirou o paletó que usava e se aproximou de Myles. Colocou uma de suas mãos na mão dele e segurou com força um dos dedos e o entortou para o lado contrário, quebrando o dedo do homem fazendo com que ele gritasse de dor. Arthur assistia tudo friamente. — Qual é Myles. Você tem cinco segundos até o próximo dedo. — ele disse. — Eu não sei! Eu juro!! — Resposta errada. — ele quebrou mais um dos dedos, deixando uma fratura exposta horrível. Terry suspirou de tédio. — Você sabe que de todos os métodos de tortura que eu sei esse é o mais leve deles. Está querendo que eu chegue no pior deles? — disse ao ir em direção a uma mesa enferrujada de metal que havia na sala, pegando um alicate. — Não, não. Terrence o que você vai fazer, cara? — perguntou apavorado enquanto Terry se aproximava do rosto dele. — É melhor você falar então! Onde tá a porra do dinheiro, Myles? Acha que pode passar a gente pra trás a