Capítulo 08

— Desculpe por ele ter te incomodado.

— Não tem problema, já o bloqueei. Agora, você precisa ligar para seu pai; ele está desesperado procurando por você. Está quase colocando cartazes de pessoa desaparecida!

— Meu Deus, ele está exagerando. Vou ligar para ele agora. Com licença. — Ela saiu do quarto, deixando Sarah e Terry sozinhos.

Sarah cruzou os braços e franziu o cenho para o irmão.

— O que ela estava fazendo aqui?

— É uma longa história. — Ele respondeu, mas Sarah olhou para ele com malícia — Não aconteceu nada, eu juro.

— Você vai ter que me contar tudo direitinho! —

Ela sorriu, dando um tapinha no ombro dele.

— Ela descobriu a verdade sobre aquele idiota do namorado dela. Se sentiu arrependida e veio pedir desculpas. Foi isso!

— E para isso ela precisava dormir aqui?

— Ela dirigiu bêbada da casa dela até aqui. Queria que a deixasse voltar daquele jeito? Se quer saber mais, pergunte a ela. Eu tenho coisas para fazer. — Ele disse, abrindo o guarda-roupa para pegar um terno.

— Está bem... Eu vou falar com ela então.

Assim que Sarah foi falar com Olívia a mesma já havia saído.

Enquanto dirigia para casa, estava em ligação com seu pai.

— Por Deus Olívia! Por que não retornou minhas ligações nem me respondeu? Eu estava quase colocando você como desaparecida!

— Pai calma. Pra que tanta preocupação? Estou bem eu só... Peguei Nathan no flagra com uma garota num motel.

— Eu sabia que aquele garoto não prestava, eu falei pra você, só que prefere não me ouvir, não é mesmo? — ele respirou fundo aliviado. Pois achava que poderia ser tarde demais e a máfia a qual estava devendo poderia ter sequestrado ela como punição.

— Pai — disse Olívia com a voz embargada. — Posso ir morar com você por um tempo. Eu não vou aguentar nem mais um dia naquele apartamento.

— Claro que pode, querida.

— Tá bom. Eu vou lá me ajeitar por que preciso ir trabalhar e já faço as malas. A noite vou pra sua casa.

Eles se despediram e por fim desligou a chamada. Ao chegar no apartamento arrumou-se para o trabalho e fez suas malas, mas quando estava prestes a sair deu de cara com Nathan. A feição em seu rosto, ele parecia transtornado, como se estivesse drogado ou algo do tipo. Olívia ficou congelada, sem reação alguma.

— O que é isso? — perguntou Nathan, já com ar de irritação em sua voz — Hein, que porra é essa?

— É exatamente o que você está vendo, Nathan. Eu vou embora. — ela respondeu, mesmo sentindo medo.

— Então você vai me deixar? — ele riu, e ao se aproximar deu uma bofetada na pobre moça, fazendo com que ela caísse no chão com tamanha força do ato — Quem é você pra decidir isso, hã?

Ele se abaixou e a segurou pelos cabelos fazendo ela gemer de dor.

— Me solta! Meu pai está vindo me ajudar, se ele ver você me batendo você já era seu filha da puta!

— Você acha que eu tenho medo daquele velho maldito do teu pai? — ele falou ao solta-la agressivamente. — Graças a ele você vai ter que trabalhar a vida toda!

Olívia se sentiu confusa, não entendeu sobre o que Nathan estava falando.

— Você é maluco. Está drogado! Do que está falando?

— A você não sabe? É claro que não. Uma "amiga" me contou que um tira havia gastado todo o dinheiro da falecida esposa e que ainda deixou uma dívida milionária de apostas naquela casa famosa, no centro de Londres. Você sabe, aquela gerenciada pela máfia. Então eu fiquei um pouco desconfiado e perguntei se ela sabia o nome do policial. Ela me disse “White alguma coisa”.

— Você está mentindo! Seu desgraçado. Você sempre controlou minha vida! Nunca pude ter amigas de verdade, nem manter contato com meu pai... Você me afastou de todo mundo, e agora que estou tentando me reerguer, me redescobrir, você só mostra o quanto não me merece na sua vida! — Ela disse em prantos, mas ele novamente a esbofeteou.

— CALE A BOCA! VOCÊ NÃO VALE NADA! NUNCA VALEU! — Ele esbravejou. — Antes, pelo menos, você tinha dinheiro. Agora você é apenas uma coitada. Me diz, se você for embora, quem vai aguentar você? Ninguém!

Ele trancou a porta do apartamento e a agarrou pelos cabelos novamente. Olívia estava prestes a gritar por socorro quando Nathan tapou sua boca. Ela chorou desesperadamente. Durante o tempo em que estiveram juntos, eles tiveram algumas brigas. Nathan sempre foi extremamente ciumento e possessivo, mas Olívia nunca achou isso “fora do normal”. Porém, nos últimos meses, ele se tornou mais agressivo depois que Olívia se recusou a ter um filho com ele. Não é que ela não quisesse ser mãe, mas tinha seus próprios sonhos e objetivos na vida, e ser mãe não estava no topo da lista. Isso enfureceu Nathan, levando-o a tratá-la de forma diferente e iniciando os abusos verbais e físicos.

— Sabe, Liv. — ele disse, enquanto mantinha a mão sobre a boca dela para abafar seus protestos. Olívia tentava se libertar, mas ele era mais forte. — Pensei que você estivesse com a sua amiga Sarah, então fui checar. Vi seu carro estacionado na frente da casa dos Sallow. Mas, sabe o que foi engraçado? Quando liguei para ela, Sarah disse que não estava em casa e não sabia onde você estava. A princípio, pensei que ela estivesse mentindo para mim. — Ele continuou, arrastando-a para o quarto do apartamento

. — Mas depois as peças se encaixaram, e isso me deixou furioso! Você escolheu chorar nos braços daquele desgraçado, não é?

Ele a lançou com força na cama. Por um momento, o choro de Olívia ecoou pelo quarto, enquanto seu celular vibrava no bolso da saia. Ela não olhou para ver quem era, apenas atendeu a chamada, deslizando o dedo no bolso para que a pessoa do outro lado ouvisse a situação e pudesse ajudá-la.

— É isso que você chama de ser uma mulher empoderada e independente? Me trair com aquele desgraçado? — Ele gritou, irritado, ao se aproximar dela na cama. — Mas duvido que ele saiba te satisfazer como eu sei!

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