Capítulo 04

Enquanto Olívia estava voltando para casa, não muito longe dali em um motel barato, estava Nathan e Kate. Afinal já que não conseguiria comemorar com sua namorada ele decidiu comemorar com outra.

— Nossa por que temos que nos encontrar nesse muquifo? — perguntou Kate, nua ao lado dele também nu na cama do motel, abraçada nele.

— Você sabe que não posso botar tudo a perder, Kate. Preciso ter cuidado.

— É eu sei, mas por que você não casa logo com ela e acaba logo com isso? Sei lá. Eu só queria poder ter a liberdade de ter você só pra mim.

— Calma, princesa. Tudo tem o seu tempo. Assim como eu que já tô pronto pro próximo round! — disse ele de forma maliciosa e então a beijou apaixonadamente.

Nathan tinha um objetivo apenas na vida: ser rico!

Mal sabia Kate que Nate gostava mesmo de Olívia e queria ficar com ela, ainda mais pelo fato dela ser herdeira de uma pequena fortuna. Isso alimentava ainda mais as coisas para ele. Mentira para Kate que daria um golpe em Olívia, quando na verdade nunca pensou em sua vida sem ela.

Nathan era um viciado em sexo, o problema é que ele fazia com qualquer garota que sentisse atração. E infelizmente, sabia esconder isso muito bem da sua companheira.

Kate era mais uma vítima da sua canalhice. Uma válvula de escape para variar.

O dia amanheceu e Olívia dormiu sentada a mesa, com uma taça de vinho e um pequeno bolo que havia uma vela já apagada. Nathan perdeu a hora e deixou a pobre moça esperando.

Ao acordar irritada percebeu que tinha que se arrumar rápido ou se atrasaria para o trabalho.

No caminho para o trabalho mandou uma mensagem para ele perguntando onde ele estava, porém sem resposta. Ao chegar no andar do escritório de Terry ela viu uma mesa ao lado de fora da porta.

— Não acredito que ele fez isso. — falou para si mesma ao senta-se ali.

— Bom dia Srta. White. — ouviu a voz de Terry que rapidamente passou pela sua mesa e adentrou em sua sala.

Ao revisar alguns contratos Olivia precisava levar eles para Terry antes de arquiva-los.

— White, preciso que organize para hoje ainda aqueles arquivos. — disse ele ao apontar para um canto da sala onde haviam três caixas enormes com papéis saindo até a boca.

— Senhor... Uau, parece muita coisa, não acredito que eu termine hoje.

— É bom que termine por que preciso deles prontos até amanhã para eu revisá-los e para que você os arquive pra mim. Ah, e eu estou com fome, quero que busque um sanduíche para mim. Pão integral, alface, sem tomate, queijo prato, sem azeitonas, com peito de frango defumado e maioneses light. Ah e para beber um café sem açúcar.

“Meu Deus, quem bebe café sem açúcar?!” pensou sou Olívia.

— Sim senhor.

— Ah, e sem cebola também. No sanduíche. Odeio cebola crua.

Eram muitas exigências para um sanduíche, mas ela não iria reclamar. Apenas fazer o que lhe foi mandado. Demorou apenas dez minutos para que o pedido ficasse pronto e cinco até volta para empresa.

— White, que porcaria é essa? — disse ele apontando para o sanduíche.

— O seu sanduíche de sempre...

— Cebola! Tem cebola nessa porcaria! Você é burra? Tem problema de audição? — esbravejou — E o café veio errado! Você não verifica quando recebe? Você é idiota, só pode ser!

Olívia que achava que já haviam se entendido no jantar, percebeu que ele ainda estava cumprindo sua “vingancinha” com ela. Ela já estava de saco cheio de ser tratada daquela forma.

— Me desculpe. — era a única coisa que conseguia dizer engolindo em seco.

— Saia. — disse ele bravo. Olívia contrariada, saiu da sala. Sentia seu rosto vermelho de raiva. Será que ele estava fazendo isso apenas para provoca-la?

O que ela não sabia é que nenhuma das objeções do tal sanduíche faziam diferença. Terry apenas queria irrita-la, queria ver ela atingir seu extremo e que pedisse para ir embora. Enquanto isso Terrence ria se divertindo ao ver a pobre moça se descabelar para fazer tudo tão perfeito para ele.

Enquanto isso, Terry se divertia, rindo internamente ao ver a moça se esforçando para agradá-lo.

Sentado em sua cadeira, Terry sorria satisfeito.

— Está sendo interessante tê-la por perto. — admitiu para si mesmo.

Apesar da diversão momentânea, no fundo do coração, Terry ainda guardava mágoa por amar alguém que não confiou nele. Ele não entendia como Olívia preferiu confiar em alguém que mal conhecia em vez dele, seu melhor amigo de longa data. Nada do que ele fazia com ela aliviava sua dor. Ele se questionava o que Olívia via em Nathan, o que o outro homem tinha que ele não tinha.

Enquanto pensava nisso, sua irmã Sarah entrou em sua sala.

— É sério isso, Terry? — perguntou ela, sentando-se na cadeira em frente à mesa dele. — Até quando vai ficar nesse joguinho?

— Sua amiguinha já veio te contar, é? — Terry respondeu, com um sorriso sarcástico.

— Você está sendo ridículo. E desde quando você não come cebola? — Sarah questionou, olhando-o com reprovação.

Ele riu, lembrando da expressão de Olívia durante a discussão sobre o sanduíche.

— Não tem graça, ela está sofrendo. — Sarah continuou, com um tom mais sério.

— Ah, Sarah, pode ter certeza que ela não sofreu nem metade do que ela me fez passar! Ela simplesmente me cortou da vida dela sem ao menos considerar meu lado. — Terry retrucou, com amargura na voz.

— Então tudo isso é vingança mesmo. Olha Terry, se isso te consola, parece que o relacionamento dela já não é mais o mesmo. — Sarah respirou fundo antes de continuar. — Olha, não conte para ela, eu mesma não disse porque ela prefere se fazer de cega. Mas na semana passada eu vi o Nathan saindo de um bar, um lugar bem suspeito, aos beijos com uma garota.

— Não me surpreende. E você preferiu não contar, nem tirar uma foto para mostrar para ela? Ótima amiga você. — Terry respondeu, com ironia.

— E adiantaria? Você conhece a lábia desse cara. Ele sempre consegue conquistar Olívia, é como se fosse magia. — Sarah explicou, olhando para o irmão com compaixão. — Terry, eu sei que ainda a ama.

— E quem disse isso? — ele retrucou, tentando esconder seus sentimentos.

— Seus olhos dizem! Eu sou sua irmã, conheço você como a palma da minha mão. Eu amo Olívia, mas amo você muito mais, odeio ver você sofrer. Por que não segue em frente?

— E acha que não tentei? — Terry suspirou, mostrando sua frustração. — Sarah, eu tentei, você sabe disso! Mas esse sentimento... eu simplesmente não consigo esquecê-la. Mesmo assim, decidi deixá-la seguir e ser feliz da forma que ela quisesse.

— Ou seja, desistiu de lutar por ela. — Sarah concluiu, com tristeza na voz.

— Não é desistir, é apenas cansar. E quando finalmente estava conseguindo me distrair, ela volta! — Terry explicou, expressando sua confusão emocional.

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