O tempo passou como um passe de mágica.
Angel agora estava formada e trabalhava com os animais das fazenda, além de prestar outros atendimentos para fazendeiros vizinhos.
Taylor tinha investido na criação de cavalos de raça e agora ele vendia embriões até para fora do país.
Robert estava agora com cinco anos e era o melhor amigo do Theo. Melhor amigo era só maneira de dizer porque Theo já ia fazer nove anos e as vezes ralhava com ele porque ele não conseguia acompanhar todas as peraltices que ele fazia.
Vanessa tinha resistido quanto pode, mas acabou aceitando o pedido de casamento de Murilo e eles agora estavam as voltas com os preparativos do casamento. A mãe de Murilo ainda não aceitava de bom grado o namoro do filho com Vanessa, mas Murilo tinha dado um ultimato para ela, avisando que se ela continuasse ofendendo a mulher que ele amava ele ia sair de casa
Taylor Belinari amarrou as rédeas do cavalo ao tronco da árvore e sentou no chão encostado no tronco do velho pé de mangueira. Era final de tarde e o tom alaranjado enfeitava o céu e trazia calmaria ao ambiente. Uma calma que não se estendia para o interior de Taylor. Ele estava inquieto. Não que aquilo fosse novidade, já que fazia muito tempo que ele não sentia paz interior. Olhou ao longe e viu as planícies verdejantes tremulando sob os raios do sol poente. Era uma visão linda de encher os olhos. As últimas chuvas tinham revitalizado o capim e ele agora exibia um verde escuro digno de uma boiada. Pena que ali só existiam duas ou três vacas que não dariam conta do farto capim que se descortinava à sua frente. Ele não lembrava, há quanto tempo não parava para admirar aquelas terras. Nos últimos anos sua vida fora longe dali e as poucas visitas eram rápidas e práticas, apenas para resolver problemas e ajudar a mãe com as decisões de uma fazenda velha e falida.
Angel Murat estava eufórica. Enfim ia poder sair à noite sem os pais. Lógico que tinha sido uma quebra de braços sem tamanho com o pai Robert para que ele a deixasse sair para um barzinho com as amigas.- Mas pai, eu agora já tenho dezoito anos, posso sair à noite sim.Robert tinha achado graça na forma como ela falou.- Você fez dezoito anos na semana passada, mocinha, não pode sair por aí em bares com esses seus amigos que só pensam em beber e namorar.- O que tem beber e namorar?- Não tem nada, mas você precisa ir devagar e além do mais você já tem namorado.Ela tinha torcido o nariz.- Eu não disse ainda que vou aceitar a namorar com o Murilo.- Você sabe que ele estava só esperando você ficar maior para pedir você em namoro, não é?- Sei sim, mas o Murilo é
Uma semana depois daquele vergonhoso encontro Angel procurava coragem para ir falar com Taylor.- Você vai na casa dele?!Ela encarou a amiga.- Vou, sim, Vanessa, vou falar com ele e pedir desculpas.- Porque não deixa isso pra lá? Você nem conhece ele direito.- De jeito nenhum, ele deve estar pensando muito mal de mim. Nunca mais vai querer falar comigo.Ela falou meio chorosa.Vanessa estava curiosa.- E você está doidinha pra falar com ele, não é?- Claro, Vanessa, quem não quer falar, beijar, fazer tudo com um homem daquele?- Cuidado, Angel, você sabe que seus pais não vão gostar nada disso, não é?- Só se você contar pra eles. Então amanhã quando eu voltar da faculdade eu vou lá na casa dele.Angel deixou a amiga em casa e foi para a fazenda. Ao chegar, foi direto en
No dia seguinte, pontualmente às sete horas, Angel tocou a buzina na entrada da fazenda de Taylor. Ele demorou apenas alguns segundos e apareceu na frente dela. Estava terrivelmente bonito. Aquelas calças justas, o cinto com uma fivela enorme e uma camisa branca de mangas compridas arregaçadas até o cotovelo deixavam á mostra o braço forte. Ele estava sem chapéu e o cabelo preto cacheado meio grande caía pela testa e dava certo charme ao rosto dele. E a boca? Era linda. Ele só precisava sorrir um pouco mais. Era muito sério, mas as poucas vezes que ela o vira sorrindo era de parar o coração de qualquer mulher. Meu Deus! Eu vou sair com Taylor Belinari sozinha à noite.Ela tentou controlar as batidas do coração e esperou ele entrar no carro.- Você quer ir no seu carro mesmo ou vamos no meu?Ela sorriu meio tonta com o perfume dele.<
Izabel observou o filho virar um copo de uísque e ficou preocupada. Ele não era de beber assim em casa. Alguma coisa o estava preocupando. Ele sempre fora meio calado e introspectivo, mas nos últimos tempos estava com um olhar triste e distante. Ela não fez nenhum comentário, mas sabia que ele tinha saído na noite anterior com a filha de Robert e aquilo pareceu deixá-lo ainda mais nervoso. Ela tentava entender os motivos para ele estar saindo com aquele menina e uma suspeita se formava em sua mente. Será que ele estava querendo se vingar de Robert através da filha? Se assim fosse ela não permitiria de jeito nenhum. Ele não podia envolver uma garota inocente naquela ideia maluca de vingança contra uma pessoa que não era um monstro como ele pensava. Ela só não podia contar todos os detalhes assim de hora para outra, mas tentaria dissuadia-lo daquela loucura.Aproximou-se del
Angel conversava com Murilo e tentava fazê-lo entender que não tinha interesse nele como namorado.Eles estavam sentados num tronco de árvore perto do riacho que cortava a propriedade dos Murat e adentrava nas terras vizinhas, que pertencia à família de Taylor. Ela e Murilo se conheciam desde criança e ela sabia que ele nutria um sentimento maior por ela. Mesmo sabendo que em alguns momentos ela deu a entender que um dia seriam namorados, ela não sentia o coração acelerar quando ele chegava perto, não como sentia com Taylor. Murilo, no entanto, estava decepcionado e triste por saber que Angel não correspondia aos seus sentimentos.- Sinto muito, Murilo, mas não dá pra namorar quando se tem apenas sentimento de amigo.Ele parecia inconformado.- Já sei. Você está saindo com outro cara, não é? É aquele Taylor, eu sei.Ang
Angel estava nervosa e se atrapalhou com as palavras.- Eu... deixei minha roupa no seu banheiro, queria colocar pra secar...Taylor se afastou da porta e fez sinal para ela passar.- Pode pegar, eu coloco lá fora.Ela voltou com a roupa e olhou para ele.- Onde posso colocar?Ele estendeu a mão.- Me dá aquiEla apertou a roupa contra o peito.- Não... não vou deixar você pegar na minha calcinha, né.O olhar dele escureceu um pouco e ele se aproximou dela.- Sua calcinha está ai? Então você está...- Quer calar a boca, por favor!Ele puxou a roupa da mão dela e jogou no chão e então a puxou para seus braços colando o corpo ao dela de cima a baixo. Angel sentiu o ar faltar em seus pulmões ao sentir a ereção dele pulsando junto ao seu corpo.Ele desceu a mão
Angel estava sentada com Karen na lanchonete da faculdade e contava para amiga os últimos acontecimentos da sua vida.- Não! Não acredito que você transou com ele!Angel jogou a cabeça para trás e respirou sonhadora.- Sim, passamos a noite inteira nos amando.Karen fez um gesto de abano para um calor que não existia.- Jesus! Imagino aquele homem fazendo amor. Deve ser uma coisa!- Nossa! Ele é muito gostoso.Karen se aproximou mais e cochichou no ouvido de Angel.- O p... é grande?Angel tapou a boca, sorrindo baixinho e fez uma medida com as mãos respondendo para a amiga.- Ai Meu Deus! Não machuca não?- Machucar de verdade não, mas eu ainda estou toda quebrada.- E seus pais? Sabem?Angel torceu o nariz e revirou os olhos.- Meu pai foi me buscar lá na casa dele e me passou um serm&atil