Capítulo 07

Angel estava nervosa e se atrapalhou com as palavras.

- Eu... deixei minha roupa no seu banheiro, queria colocar pra secar...

Taylor se afastou da porta e fez sinal para ela passar.

- Pode pegar, eu coloco lá fora.

Ela voltou com a roupa e olhou para ele.

- Onde posso colocar?

Ele estendeu a mão.

- Me dá aqui

Ela apertou a roupa contra o peito.

- Não... não vou deixar você pegar na minha calcinha, né.

O olhar dele escureceu um pouco e ele se aproximou dela.

- Sua calcinha está ai? Então você está...

- Quer calar a boca, por favor!

Ele puxou a roupa da mão dela e jogou no chão e então a puxou para seus braços colando o corpo ao dela de cima a baixo. Angel sentiu o ar faltar em seus pulmões ao sentir a ereção dele pulsando junto ao seu corpo.

Ele desceu a mão até a barra da camisa e subiu por baixo acariciando sua perna até tocar o início das nádegas e descobrir que ela realmente estava sem calcinha.

A respiração dele ficou mais pesada e ele apertou sua nuca com uma mão.

- Por Deus, Angel, você está me provocando demais!

Ela encostou o corpo no dele e roçou os quadris no membro duro dele.

- E você não está me provocando também?

Ele gemeu e segurando o rosto dela com uma mão colou a boca na dela com sofreguidão. Os lábios se tocavam ansiosos e o beijo se tornou uma batalha frenética para saciar aquela sede que os consumia por dentro.

Taylor puxou a camisa com força sem se preocupar com os botões e ele se viu frente a frente com o corpo dela. Era lindo! Perfeito! Sem se conter ele tocou os seios pequenos. Os biquinhos inchados eram um convite tentador e ele encostou a boca ali e sugou lentamente um mamilo. Angel fechou os olhos e apoiou as mão nos ombros dele.

Era maravilhosa a sensação da boca dele ali sugando e lambendo. As pernas dela pareciam gelatina e um arrepio desceu pela barriga fazendo com que ela procurasse apoio no corpo dele. Ele a levantou no colo e carregou-a para a cama.

De pé em frente a ela, ele levou as mão ao cós da calça e olhou para ela pedindo permissão.

- Posso?

Angel apenas sacudiu a cabeça afirmativamente e olhou encantada para o corpo que se delineou em sua frente. Lindo! Forte! Mostrando o quanto a queria na ereção firme e poderosa que ele fez questão de exibir para ela.

Angel estendeu a mão e tocou o membro dele timidamente fazendo-o fechar os olhos e respirar fundo.

Ele segurou a mão dela e a guiou fazendo movimentos lentos de vai e vem. Por ser a primeira vez que ela tocava um homem de forma tão íntima, ela se retraiu um pouco e puxou a mão. Taylor observou as reações dela e ajoelhou na cama pegando o rosto dela e fazendo com que ela o olhasse nos olhos.

- Sua louca! Você nunca fez isso, não é?

Angel sorriu e o beijou sensualmente.

- Não. Mas eu quero aprender.

- Angel, vamos parar por aqui, isso é loucura!

Ela deitou na cama e expos o corpo nu para ele, olhando-o com determinação e desejo.

- Vai recuar agora, Taylor? Tem certeza?

Ele estava quase febril de tanto tesão e resolveu ignorar todas as mensagens de alerta que seu cérebro lhe enviava. Correu as mãos pelas pernas dela e parou no centro úmido e molhado gritando para senti-lo ali dentro e seu auto controle desapareceu por completo.

Deitou sobre ela e segurou as mãos dela acima da cabeça com uma única mão e com a outra separou as pernas dela e encaixou o corpo entre elas. Seu membro duro tocando a maciez quente e úmida dela, mas ele não a penetrou. Encostou a boca na dela e falou baixinho.

- Espero que saiba o que está fazendo porque agora não tem como voltar atrás não.

Angel respondeu movendo o corpo contra o dele de forma tão erótica que em questão de segundos ele mergulhava no corpo dela como um náufrago em alto mar sem condições de se libertar. Ele apoiou o corpo nos braços e tentou ir devagar. A cada investida ele abaixava a cabeça e sugava um mamilo dela alternando com beijos molhados e mordidas. Jesus! Como aquela garota conseguia dominá-lo daquele jeito? Ela gemia de olhos fechados e num impulso fechou as pernas nas costas dele sugando o que restava da sua energia. Ela passava as mãos em suas costas e arranhava com as unhas fazendo o corpo dele estremecer e ele responder de volta mordendo e sugando com força os seios dela. O quarto virou um mar revolto de suspiros e gemidos que se confundiam com o barulho da chuva lá fora. Perderam a conta de quanto tempo ficaram ali entregues ao ato de dar e receber prazer, surpresos como seus corpos se encaixavam de tal forma que um parecia adivinhar o que o outro fazia e respondia na mesma medida.

Angel sabia que não seria diferente com ele. Sabia que sentiria todas aquelas sensações, mas sentir aquela corrente frenética correndo pelas veias e entorpecendo seu cérebro era algo sublime. Agarrou-se a ele e deixou-se levar naquele redemoinho de emoções novas e avassaladoras, suspirando e quase delirando.

- Taylor, me ajuda!

Ele a observava totalmente entregue ao momento e chegou a conclusão que aquela foi a melhor transa da sua vida. Entregou os últimos pontos da sua resistência deixando o corpo cair pesadamente sobre o dela, gozando e gemendo em seu ouvido.

- Delícia! Maravilhosa!

E ele permaneceu ali sobre o corpo dela, suado e ofegante sentindo o coração se acalmar com mãos dela alisando suas costas.

Ele rolou para o lado e a olhou sério.

Ela levantou a mão e tocou a boca dele com carinho.

- Foi lindo, não foi?

Taylor sentiu o coração falhar uma batida e não teve como dizer outra coisa a ela.

- Foi perfeito.

Ela encostou a cabeça no peito dele e Taylor soube que tinha feito a pior loucura da sua vida.

                               ***

Ele acordou com o barulho insistente de uma buzina de carro. Quem seria aquela hora da manhã?  Levantou lentamente e vestiu a calça moletom que encontrou jogada no chão do quarto. Olhou para a cama ainda meio confuso com os acontecimentos, mas o quadro à sua frente não deixava dúvidas sobre o que acontecera ali. Angel dormia parcialmente enrolada no lençol, mas deixando entrever metade do corpo nu. Era possível ver várias marcas avermelhadas nos seios e na barriga dela, com certeza feitas por ele nas várias vezes que eles fizeram amor naquela noite insana. Ele correu os dedos pelo cabelo e se aproximou da janela. Ainda chovia levemente e ele já imaginava quem estaria lá em baixo buzinando daquela forma. O carro de Robert Murat estava estacionado bem em frente à sua casa e ele estava em pé de braços cruzados na frente do veículo.

Ele saiu lentamente do quarto e desceu as escadas. Respirou profundamente antes de abrir a porta. Aquele era um momento muito difícil para ele. Iria encarar seu maior inimigo cara a cara pela primeira vez. Lógico que sabia quem era ele e já o vira algumas vezes quando era mais novo, mas seria a primeira vez que iria dirigir à palavra a ele.

Abriu a porta lentamente e se aproximou do homem que ele culpava por todos os males ocorrido em sua família.

- Bom dia.

Ele parecia calmo, embora a posição ali em pé de pernas abertas e braços cruzados evidenciasse que não estava para muita conversa.

- Bom dia, meu jovem, tenho informações que minha filha está aqui na sua casa.

Taylor também cruzou os braços desafiante.

- Sim, está.

- Poderia chamá-la, por favor?

- Ela está dormindo.

Robert tirou o chapéu e se aproximou do rapaz tão alto quanto ele e seus olhares se cruzaram numa luta silenciosa.

- Não vou nem perguntar o porquê de ela está dormindo aqui e você sair desse jeito.

Ele apontou para o fato de Taylor está apenas com a calça do pijama e sem camisa.

- Então não vou precisar responder.

Robert respirou fundo como se procurasse calma para não começar uma discussão.

- Sua mãe está em casa?

- Não.

- Escute aqui, meu rapaz, vá chamar minha filha, é com ela que preciso conversar.

Naquele momento Angel apareceu na porta já vestida com a roupa do dia anterior.

Taylor apertou os lábios contrariado por não poder conversar a sós com ela naquele momento.

- Pai?! O que está fazendo aqui?

Ele passou pelo rapaz em direção à ela a passos largos.

- Que diabo você fez, Angel?

Ela se aproximou e segurou no braço de Taylor como se buscasse coragem para enfrentar o pai. Ele passou o braço pelos ombros dela e a puxou para perto dele.

- Calma pai, não precisa ficar nervoso.

- Vamos para casa, lá nós conversaremos.

Taylor virou-se para ela. Precisava ficar sozinho.

-Vá com seu pai, depois a gente conversa.

- Mas...

Ele apertou a mão dela.

- Por favor.

Robert pegou a filha pelo braço e se aproximou de Taylor.

- Se quer namorar minha filha, seja homem e venha até minha casa. Não quero ela dormindo com você como se fosse uma qualquer.

Mesmo contra sua vontade, Taylor teve que admitir que ele tinha razão. Mas   pouco importava o que ele achava, desde que seu plano desse certo e estava, pois naquele momento ele poderia jurar que se fosse preciso, Angel o escolheria ao invés do pai. Era só uma questão de tempo e ele levaria a maior desgraça para aquela família que se sentia perfeita em relação às outras. Eles destruíram sua família e a missão de Taylor era devolver na mesma medida. Não via a hora de derrubar aquela pose de homem sério que Robert ostentava e vê-lo quebrado pela vergonha de ver a filha abandonada às vésperas do casamento.

- Até logo, Sr. Robert, creio que já pode ir embora.

Ele saiu acompanhado da filha que antes de entrar no carro virou-se e deu um sorriso, acenando com a mão para o homem que os encarava de pé lutando contra uma infinidade de sentimentos que o dominava naquele momento.

                               ***

Naquele mesmo dia Taylor tentava desobstruir a estrada que levava à fazenda, pois com as chuvas uma árvore tinha caído e estava bloqueando a passagem dos animais para chegar até o riacho e poder beber água.

Enquanto ele golpeava o tronco com um machado, imagens da noite anterior passavam insistentemente por sua cabeça.

Tudo estava ainda muito recente e ele ainda sentia a pele sensível nos locais onde ela tinha arranhado com as unhas. Os gemidos dela ainda ecoavam em sua mente e ele não conseguia pensar em outra coisa que não fosse estar de novo dentro dela.

Merda, merda! Aquilo não podia ter acontecido.

Não estava em seus planos ir tão longe com ela. Não pretendia prejudica-la no final daquela história. Mas ela era muito envolvente e parecia puxá-lo para o fundo do poço que ele mesmo estava cavando. Como se comportar dali em diante? Não podia voltar atrás, estava muito perto de conseguir o que ele sempre planejou. Não descansaria até ver Robert Murat quebrado pela dor, mesmo que aquilo significasse ganhar o ódio daquela garota.

Pensou no homem que tinha enfrentado pela manhã e golpeou a madeira com mais força. Na verdade ele tinha uma imagem de Robert Murat em sua mente um pouco diferente daquela que se apresentou diante dele. Esperava encontrar uma expressão de raiva em seu rosto, mas lhe pareceu mais um homem triste do que alguém maligno. Talvez o peso da culpa o estivesse corroendo por dentro ao pensar como fora injusto e cruel roubando as terras de um homem fraco e vencido pela bebida. Mesmo que a vida tivesse se encarregado de mostrar para ele os erros que tinha cometido, Taylor não desistiria de fazer sua parte e mostraria que também podia ser cruel e magoar a família dele assim como ele fizera som a sua sem piedade.

Mesmo se recriminado pela forma como ele estava conduzindo aquela situação, não tinha como voltar atrás, a sorte estava lançada.

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