Belinda nunca poderia imaginar que a noite que deveria marcar um futuro brilhante se transformaria em um pesadelo devastador. Enquanto luta para sobreviver entre as ferragens retorcidas do veículo, ela vê, com um misto de desespero e incredulidade, seu marido Liam Beaumont fugindo com sua amante nos braços, ignorando seu grito de socorro. Sentindo o sangue escorrer por suas pernas, Belinda segura seu ventre de doze semanas, temendo pela vida de seu bebê e pelo seu próprio destino. À beira do abismo, com o corpo sucumbindo à escuridão e a alma em frangalhos, Belinda faz uma promessa ardente: "Se eu sobreviver, me vingarei desse homem!" Em um último vislumbre do carro azul que leva Liam e Viviane para longe, ela grava a imagem na mente, transformando a dor em uma determinação feroz. A tragédia poderia ter sido seu fim, mas se torna o ponto de partida para uma transformação radical. Recuperando-se lentamente, Belinda emerge das cinzas com uma nova identidade e um único propósito: vingar-se de Liam Beaumont e todas as mentiras que ele representava.
Ler mais[SEIS MESES DEPOIS]BÉATRICE MONTMORENCY* * * — PAPAI! — Aeliana gritou sendo jogada no alto por Henry que gargalha com a nossa filha. Observo os dois e penso em como em tão pouco tempo os dois se aproximaram, parecendo que nunca estiveram separados. No começo imaginei que fosse necessário fazer terapia, mas no final as coisas fluíram e agora eles se tornaram inseparáveis. — SOCORRO… MAMÃE! — novamente meu pequeno sol grita pulando da cama. Meu coração quase salta para fora ao ver os dois correndo como duas crianças pelo quarto — PEGA A MAMÃE! — Aeliana declarou e os dois viaram na minha direção. Sinto a cama afundar com o peso dos dois, mas sou mais rápida. — Os dois, vamos parando! — adverti tanto o pai como a filha — Em pleno domingo e vocês dois ainda não tomaram nem mesmo chave? — Aeliana fez beicinho descendo da cama. Seguro a vontade de rir diante do seu pijama de dragão — A senhorita está muito indisciplinada, se continuar assim vai voltar para o internato. — Mas mamãe!
BÉATRICE * * * — Ma-mãe? — Aeliana perguntou, um pouco confusa, ela adentrou o escritório. Assim que os seus olhos se encontraram com os meus, ela sorriu correndo na minha direção, porém, ao perceber outra pessoa no local ela hesitou no meio do caminho — Mamãe… porque tá chorando? — ela pergunta mesmo que os seus olhos estejam fixos em Henry. Ao meu lado, Henry permanece imóvel fitando Aeliana com intensidade. Não sei exatamente como está o seu coração, mas provavelmente deve estar uma bagunça e impressionado como a nossa filha parece tanto com ele. Apesar de sermos muito próximas e até mesmo parecidas, Aeliana é como um espelho de Henry. Seus fios são como a obsidiana, além de resistentes, possuem volume, semelhante aos de Henry que só mantém a elegância pelo corte regular. Sorrio observando os dois se encararem em silêncio. Os orbes como safiras fitam Aeliana dos pés a cabeça e eu imagino o que Henry deve imaginar quando ver sua filha vestida de maneira tão peculiar, ele vai
BÉATRICE* * *— Eu sinto muito… Henry. — digo entre as lágrimas. É tudo que o meu pulmão cansado consegue falar. Pedir desculpas de um jeito tão covarde.Mesmo que eu peça perdão de joelhos, eu não conseguirei devolver os anos perdidos de Aeliana ou a primeira vez que ela me chamou de “mamãe” que para Henry teriam sido momentos como “papai” também. No fim, pedir perdão é tudo que me resta.— Eu não posso te devolver os anos perdidos de Aeliana… eu sei. — minha garganta dói e o bolo desce rasgando, mas eu não posso parar — Não desista de Aeliana e por favor, não deixe respingar nela nenhum dos meus erros. Ela tudo que eu tenho… sem ela. Eu não tenho mais nada. — declarei com toda a força que me restava no meu corpo — Eu sei que pareço ser uma mãe negligente que abandonou a filha para se vingar do seu ex marido, mas não é sobre isso. — fungo entre as palavras — Eu precisava me livrar de tudo que me amarrava ao passado. Juro que tentei esquecer, mas, todas às vezes que eu via Aeliana eu
BÉATRICE* * *— Como? — perguntei boquiaberta com as palavras do meu irmão. De repente alguém bater na porta, é uma das empregadas.— Senhor e senhorita. — a mulher se curva — Tem um convidado aguardando pela senhorita, posso informar que a senhorita irá descer ou acompanho o mesmo até aqui?— Não. — respondi por reflexo, mas me recomponho para Aeliana não ouvir o teor da conversa — Não… informe ao convidado que estarei descendo. Peça-o para que me aguarde. Por favor.— Sim, senhorita. Irei transmitir as suas palavras. Com licença. — após se curva, a mulher saiu deixando eu e Ethan a sós.— O que pretende fazer? — Ethan questionou e só uma coisa me veio à mente, a minha filha. Sem pensar muito, respondi:— Irei vê-lo. — digo e oriento Ethan a esperar alguns minutos com Aeliana, para que de tempo até que eu leve Henry para um lugar onde possamos nos falar com tranquilidade. Afinal, é um assunto extremamente delicado.Desço os degraus da escadaria da mansão pensando nas possibilidades
[ALGUNS DIAS DEPOIS]BÉATRICE* * *Tudo desmoronou, era como se uma avalanche tivesse nos pego de surpresa. Contudo, eu sabia que no final daquela história eu era a errada.Não havia justificativas.Quando eu vi minha filha tremendo nos braços de Henry eu fiquei desesperada e entrei em choque. Foi ainda pior pela forma como ele descobriu.Se eu soubesse que aquelas ligações eram de Sofia e da diretora do internato eu teria atendido, mas eu não poderia imaginar, afinal havia falado com Sofia no dia anterior e estava tudo bem… ou melhor, eu achava que estava.— Ei, não adianta se lamentar agora. — meu pai apertou o meu ombro direito tentando me tranquilizar da merda que eu havia feito.— Eu sei. — respondi tomando um pouco do café da minha xícara. Observo minha filha ainda adormecida em seu quarto na mansão do meu pai.Depois daquele dia a doutora Collins informou que devido a teve um quadro de psicogênica, mais conhecido como febre emocional, o que me deixou parcialmente mais tranquil
HENRY* * *— Henry… eu posso explicar. — Béatrice declarou e eu encarei perplexo. A menina em seus braços se contorce de dor, sua pele está completamente vermelha e mesmo que eu quisesse entrar em um conflito resolvo agir ao invés disso. Corri apressadamente até o quarto para vestir minha calça e pegar as chaves do meu veículo.Não demoro muito e já estou na sala. O homem de cabelo acinzentado ainda não havia retornado, sem esperar por ele eu pego a menina dos braços de Béatrice.Assim que a garota está em meu colo ela geme de dor e seu rostinho se contorce. Céus, que menina linda! Meus olhos doem e sinto vontade de chorar pelo desespero, mas me recomponho. Tomando a menina em meus braços, caminhei para fora do apartamento.— HENRY! — Béatrice me gritou do corredor. Não dei ouvidos. Desço os degraus da escada de emergência com medo de vascular e deixar a garota nos meus braços cair. Minha mente está a milhão pensando nas possibilidades dessa garota ser filha de Béatrice e…— Não vo
HENRY* * *“Você precisa se acalmar.”Foi o que fiz.Pouco a pouco, a exaustão começava a dominar o meu corpo.Os meus olhos cada vez mais cansados começavam a fechar e não querer abrir. O brilho do lado de fora quase não me incomodava mais e não havia nenhum outro barulho no quarto para dissipar a minha atenção. Contudo, algo chamou a minha atenção.— Isso só pode ser brincadeira. — sussurrei enquanto me levantava da cama. Se o barulho do vibrador do celular não fosse suficiente, eu tive quase certeza de ouvir alguém abrir a porta do apartamento.Caminhei descalço somente de cueca até o corredor. Lentamente me aproximando do final do corredor consigo ouvir vozes e me amaldiçoou por deixar a arma no porta luvas do meu carro.— Será que Liam fugiu da polícia e veio atrás de Béatrice? — o pensamento invadiu minha mente, mas não, não poderia ser isso. Continuo a me aproximar e as vozes que escuto se misturam, elas não muito baixas, mas não parecem de assaltantes. Sem qualquer raciona
HENRY* * *O choque dos nossos corpos preenchem todo o quarto. Observo o seu aparelho vibrar mais uma vez, mas continuo estocando forte contra o seu interior.Os gemidos de Béatrice se tornam cada vez mais altos e com certeza, os vizinhos irão reclamar, mas sinceramente isso não me preocupa. Pretendo até o final do mês tirá-la desse hotel e colocá-la em uma casa no meu condomínio e transformar o seu sobrenome para sempre. O pensamento obsessivo sobre ela cada dia mais domina a minha mente e às vezes me pego pensando em como seria afastá-la de todos para tê-la somente para mim, mas logo me lembro que isso não daria certo e somente a afastaria.Viro Béatrice de frente para que eu possa fitar seus belos olhos enquanto a fodo. Seus mamilos se movem conforme movimento do meu corpo, os fios dourados se emaranham entre os lençóis e seus olhos quase se fecham de tanto prazer. Para outras pessoas essa poderia ser uma visão tortuosa, mas cada vez que a encaro revirar os olhos tão entregue à lu
HENRY* * *— H-Henry? — Béatrice gaguejou. Seus lábios avermelhados e grossos em formato de coração se abriram e fecharam assustados.— Estava preocupado. — sou direto fitando o seu rostinho úmido pela água que escorre por sua face. Desvio os meus olhos observando o seu pequeno corpo coberto somente com uma das minhas camisas de algodão em seu corpo úmido, os mamilos endurecidos por detrás do tecido me excitam de imediato fazendo meu membro pulsar na calçada.Ultimamente tenho agido como um tarado, mas não importo e aparentemente a minha mulher também não. Seus longos fios dourados como ouro úmidos pela água são amparados por uma toalha em suas mãos. Encaro-a por alguns segundos para ter certeza que não há nada errado.— Henry… entre por favor. — Béatrice propõe com a voz aveludada — Os vizinhos…Ela não precisou pedir outra vez. Atravessei a porta tomando minha mulher em meus braços. Seu corpo pequeno e macio está gelado provavelmente pelo banho. A água que escorre pelos seus fios