HENRY* * *O choque dos nossos corpos preenchem todo o quarto. Observo o seu aparelho vibrar mais uma vez, mas continuo estocando forte contra o seu interior.Os gemidos de Béatrice se tornam cada vez mais altos e com certeza, os vizinhos irão reclamar, mas sinceramente isso não me preocupa. Pretendo até o final do mês tirá-la desse hotel e colocá-la em uma casa no meu condomínio e transformar o seu sobrenome para sempre. O pensamento obsessivo sobre ela cada dia mais domina a minha mente e às vezes me pego pensando em como seria afastá-la de todos para tê-la somente para mim, mas logo me lembro que isso não daria certo e somente a afastaria.Viro Béatrice de frente para que eu possa fitar seus belos olhos enquanto a fodo. Seus mamilos se movem conforme movimento do meu corpo, os fios dourados se emaranham entre os lençóis e seus olhos quase se fecham de tanto prazer. Para outras pessoas essa poderia ser uma visão tortuosa, mas cada vez que a encaro revirar os olhos tão entregue à lu
HENRY* * *“Você precisa se acalmar.”Foi o que fiz.Pouco a pouco, a exaustão começava a dominar o meu corpo.Os meus olhos cada vez mais cansados começavam a fechar e não querer abrir. O brilho do lado de fora quase não me incomodava mais e não havia nenhum outro barulho no quarto para dissipar a minha atenção. Contudo, algo chamou a minha atenção.— Isso só pode ser brincadeira. — sussurrei enquanto me levantava da cama. Se o barulho do vibrador do celular não fosse suficiente, eu tive quase certeza de ouvir alguém abrir a porta do apartamento.Caminhei descalço somente de cueca até o corredor. Lentamente me aproximando do final do corredor consigo ouvir vozes e me amaldiçoou por deixar a arma no porta luvas do meu carro.— Será que Liam fugiu da polícia e veio atrás de Béatrice? — o pensamento invadiu minha mente, mas não, não poderia ser isso. Continuo a me aproximar e as vozes que escuto se misturam, elas não muito baixas, mas não parecem de assaltantes. Sem qualquer raciona
HENRY* * *— Henry… eu posso explicar. — Béatrice declarou e eu encarei perplexo. A menina em seus braços se contorce de dor, sua pele está completamente vermelha e mesmo que eu quisesse entrar em um conflito resolvo agir ao invés disso. Corri apressadamente até o quarto para vestir minha calça e pegar as chaves do meu veículo.Não demoro muito e já estou na sala. O homem de cabelo acinzentado ainda não havia retornado, sem esperar por ele eu pego a menina dos braços de Béatrice.Assim que a garota está em meu colo ela geme de dor e seu rostinho se contorce. Céus, que menina linda! Meus olhos doem e sinto vontade de chorar pelo desespero, mas me recomponho. Tomando a menina em meus braços, caminhei para fora do apartamento.— HENRY! — Béatrice me gritou do corredor. Não dei ouvidos. Desço os degraus da escada de emergência com medo de vascular e deixar a garota nos meus braços cair. Minha mente está a milhão pensando nas possibilidades dessa garota ser filha de Béatrice e…— Não vo
[ALGUNS DIAS DEPOIS]BÉATRICE* * *Tudo desmoronou, era como se uma avalanche tivesse nos pego de surpresa. Contudo, eu sabia que no final daquela história eu era a errada.Não havia justificativas.Quando eu vi minha filha tremendo nos braços de Henry eu fiquei desesperada e entrei em choque. Foi ainda pior pela forma como ele descobriu.Se eu soubesse que aquelas ligações eram de Sofia e da diretora do internato eu teria atendido, mas eu não poderia imaginar, afinal havia falado com Sofia no dia anterior e estava tudo bem… ou melhor, eu achava que estava.— Ei, não adianta se lamentar agora. — meu pai apertou o meu ombro direito tentando me tranquilizar da merda que eu havia feito.— Eu sei. — respondi tomando um pouco do café da minha xícara. Observo minha filha ainda adormecida em seu quarto na mansão do meu pai.Depois daquele dia a doutora Collins informou que devido a teve um quadro de psicogênica, mais conhecido como febre emocional, o que me deixou parcialmente mais tranquil
BÉATRICE* * *— Como? — perguntei boquiaberta com as palavras do meu irmão. De repente alguém bater na porta, é uma das empregadas.— Senhor e senhorita. — a mulher se curva — Tem um convidado aguardando pela senhorita, posso informar que a senhorita irá descer ou acompanho o mesmo até aqui?— Não. — respondi por reflexo, mas me recomponho para Aeliana não ouvir o teor da conversa — Não… informe ao convidado que estarei descendo. Peça-o para que me aguarde. Por favor.— Sim, senhorita. Irei transmitir as suas palavras. Com licença. — após se curva, a mulher saiu deixando eu e Ethan a sós.— O que pretende fazer? — Ethan questionou e só uma coisa me veio à mente, a minha filha. Sem pensar muito, respondi:— Irei vê-lo. — digo e oriento Ethan a esperar alguns minutos com Aeliana, para que de tempo até que eu leve Henry para um lugar onde possamos nos falar com tranquilidade. Afinal, é um assunto extremamente delicado.Desço os degraus da escadaria da mansão pensando nas possibilidades
BÉATRICE* * *— Eu sinto muito… Henry. — digo entre as lágrimas. É tudo que o meu pulmão cansado consegue falar. Pedir desculpas de um jeito tão covarde.Mesmo que eu peça perdão de joelhos, eu não conseguirei devolver os anos perdidos de Aeliana ou a primeira vez que ela me chamou de “mamãe” que para Henry teriam sido momentos como “papai” também. No fim, pedir perdão é tudo que me resta.— Eu não posso te devolver os anos perdidos de Aeliana… eu sei. — minha garganta dói e o bolo desce rasgando, mas eu não posso parar — Não desista de Aeliana e por favor, não deixe respingar nela nenhum dos meus erros. Ela tudo que eu tenho… sem ela. Eu não tenho mais nada. — declarei com toda a força que me restava no meu corpo — Eu sei que pareço ser uma mãe negligente que abandonou a filha para se vingar do seu ex marido, mas não é sobre isso. — fungo entre as palavras — Eu precisava me livrar de tudo que me amarrava ao passado. Juro que tentei esquecer, mas, todas às vezes que eu via Aeliana eu
BÉATRICE * * * — Ma-mãe? — Aeliana perguntou, um pouco confusa, ela adentrou o escritório. Assim que os seus olhos se encontraram com os meus, ela sorriu correndo na minha direção, porém, ao perceber outra pessoa no local ela hesitou no meio do caminho — Mamãe… porque tá chorando? — ela pergunta mesmo que os seus olhos estejam fixos em Henry. Ao meu lado, Henry permanece imóvel fitando Aeliana com intensidade. Não sei exatamente como está o seu coração, mas provavelmente deve estar uma bagunça e impressionado como a nossa filha parece tanto com ele. Apesar de sermos muito próximas e até mesmo parecidas, Aeliana é como um espelho de Henry. Seus fios são como a obsidiana, além de resistentes, possuem volume, semelhante aos de Henry que só mantém a elegância pelo corte regular. Sorrio observando os dois se encararem em silêncio. Os orbes como safiras fitam Aeliana dos pés a cabeça e eu imagino o que Henry deve imaginar quando ver sua filha vestida de maneira tão peculiar, ele vai
[SEIS MESES DEPOIS]BÉATRICE MONTMORENCY* * * — PAPAI! — Aeliana gritou sendo jogada no alto por Henry que gargalha com a nossa filha. Observo os dois e penso em como em tão pouco tempo os dois se aproximaram, parecendo que nunca estiveram separados. No começo imaginei que fosse necessário fazer terapia, mas no final as coisas fluíram e agora eles se tornaram inseparáveis. — SOCORRO… MAMÃE! — novamente meu pequeno sol grita pulando da cama. Meu coração quase salta para fora ao ver os dois correndo como duas crianças pelo quarto — PEGA A MAMÃE! — Aeliana declarou e os dois viaram na minha direção. Sinto a cama afundar com o peso dos dois, mas sou mais rápida. — Os dois, vamos parando! — adverti tanto o pai como a filha — Em pleno domingo e vocês dois ainda não tomaram nem mesmo chave? — Aeliana fez beicinho descendo da cama. Seguro a vontade de rir diante do seu pijama de dragão — A senhorita está muito indisciplinada, se continuar assim vai voltar para o internato. — Mas mamãe!